Do ódio ao amor

🖤Capítulo 33🖤

Monterrey - México

As coisas entre Malu e Rafael não iam nada bem, e tudo isso por conta dos ciúmes quase doentios dela, não é que ela fosse uma megera má, não totalmente, pelo menos. É que o Rafael a traiu tantas vezes, que a auto estima da mesma era quase inexistente, assim como o seu amor próprio. Rafael estava começando a cuidar de verdade dos vinhedos que o seu irmão passou para ele, e o mesmo era muito bom nisso. Só que toda vez que o Rafael ia para a fazenda onde estavam os vinhedos, Malu pensava que ele ia se encontrar com uma outra mulher, ou quem sabe, até com mais de uma, como já aconteceu por mais de uma vez, em um passado não muito distante. Sendo que o Rafael, apesar de seu rostinho e nome de anjo, era um verdadeiro especialista em orgias, por assim dizer. Só que o Rafael estava mudando gradativamente, apenas a Malu não percebia isso, sendo que ela mesma não conseguia mais mudar o seu jeito de ser. Bem na realidade, ela não queria mudar. Pois de acordo com ela mesma, não havia nada nela que precisasse ser mudado.

Além de muito ciumenta, Malu também era cabeça dura, e isso meio que já estava cansando o Rafael, que quase não tinha mais paciência com ela. E isso para não dizer o mínimo da situação do relacionamento deles. Relacionamento esse cada vez mais desgastado e insalubre, bem na verdade.

- Olha Malu - Começa Rafael, ambos estavam tomando café da manhã - Eu sei que errei pra caramba com você, mas as coisas estão mudando entre a gente, e não sou mais o mesmo cara de antes, e nem você, a mesma garota que conheci. Não sou mais um garoto, mas sim um homem, e nem tão pouco, você é mais uma menina. Você é uma mulher feita agora, e já devia agir como tal.

- Na boa - Ela bebe um gole do seu chá, com uma cara de poucos amigos - Na boa Rafael, eu não faço a mínima ideia de onde você tá querendo chegar me dizendo tudo isso, então, você poderia ser mais claro e específico, por obséquio?

- Eu tô falando desses seus ciúmes doentios, Maria Lúcia - Suspira - Não nego que antes, eu até me divertia com eles, mas hoje não. Pois, eles me irritam em um nível que você nem imagina, sendo que nem passa mais pela minha cabeça te trair de novo, quero me casar com você, formar uma família contigo, e ser fiel aos meus votos matrimoniais.

- Se eu pudesse mesmo acreditar em você, nas suas palavras - A mesma engole em seco - A nossa vida seria bem diferente do que ela é hoje. Só que, na boa, eu não confio mais em você, e bem, sinto muito mesmo por isso, Rafael.

- Quer dizer que você não quer mais se casar comigo? - Pergunta ele - É isso mesmo, Maria Lúcia?

- Honestamente? Eu não sei - Mira ele, bem nos olhos do mesmo - Já que, com relação a nós dois, você e eu como um casal, eu já não sei de mais nada, Rafael.

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Cidade do México - México

Renata estava um pouco gripada, e justamente por isso, a sua mãe estava tomando conta dela, enquanto a babá das crianças cuidava delas e do filho da Regina ao mesmo tempo. Adriana estava cuidando pessoalmente do Matheus, já que estava de folga, e o Matias a estava ajudando, já que não se imaginava mais longe do seu filho, ainda mais depois de tudo que aconteceu, um pouco antes de o conhecer, naturalmente.

Só que Renata odiava dar trabalho as pessoas, sobretudo a sua mãe que tinha de tomar conta de seu irmão mais novo que era apenas um bebê. Só que para a Regina, mesmo a Renata já tendo filhos, ela jamais deixou de ser a sua bebê.

- Ah mamãe - Começa Renata - Não gosto de te dar trabalho, e gosto menos ainda de tomar esses remédios amargos.

- Os remédios podem ser um pouco amargos, mas vão te curar e sem nenhum efeito colateral, sendo remédios da natureza - Sorri - E filha, você não está me dando trabalho nenhum, amo cuidar de você, e te encher de mimos, querida.