🖤 Capítulo 37🖤

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Cidade do México - México

Era noite, uma chuva fina caia no gramado, uma bela musa dançava sem música, ao menos, não uma usual, por assim dizer, ela vestia branco, e seus cabelos claros estavam escurecidos pelas gotículas de água caiam em sua cabeça. O seu vestido branco, que na verdade, era uma camisola, estava colado ao seu corpo quase como uma segunda pele, e transparente. A chuva aumentava gradativamente, mas não a ponto de se tornar uma tempestade. Roberta se sentia livre ali no jardim da casa do seu pai. Livre como jamais se sentiu antes em toda a sua vida, e muito provavelmente, jamais se sentiria novamente, caso seguisse em frente com a sua ideia meio apressada demais, de viajar para Paris com a sua amiga. Mas naquele exato momento, Roberta não se importava com aquilo. Ela simplesmente não se importava com nada e nem ninguém que não fosse ela, e isso de uma maneira boa, sem ser egoísta com as demais pessoas, como a mesma já foi em um passado não muito distante, sobretudo com a Renata.

Após um banho de chuva bem demorado, Roberta foi até o quarto na casa do seu pai e da sua madrasta, que era meio que seu, quando ela decidia dormir lá. Após tomar um banho bem quente no banheiro que tinha no seu quarto, na sua suíte, se secar com a maior calma do mundo e vestir um vestido florido, da cor lilás, e de pano leve, seu pai bateu na porta do seu quarto, pedindo para entrar, algo que a mesma deixou enquanto ela escovava os seus longos cabelos cor de caramelo.

- Oi papai - Diz Roberta ainda escovando seus cabelos - Tudo bem?

- Sim, eu estou bem sim - Ele suspira, pensativo - Você está cada dia mais linda, a minha menininha está crescendo e querendo voar alto, alçar vôos longos, e tenho medo disso. Muito medo mesmo, Roberta. Não quero te perder. E isso vai acabar acontecendo se você for embora daqui do México.

- As coisas também não são assim, eu só preciso de um tempo - Diz ela - Um tempo longe disso tudo, só isso.

- Mesmo assim, não gosto da ideia de me afastar de você - Pega as mãos dela, e junta com as suas - Você é uma das melhores coisas da minha vida, e não quero ter de ver você apenas pela tela de um celular, ou de um computador, não é a mesma coisa de te ver pessoalmente, podendo te abraçar, como aqui e agora, por exemplo, ao vivo e a cores, minha florzinha linda.

- Também não me agrada ficar longe de você, papai, nem da Regina e muito menos dos meus irmãos e amigos - Ela engole em seco - Mas eu preciso viajar, pelo bem da minha sanidade mental, apenas não fique decepcionado comigo de novo, por favor.

- Jamais ficaria decepcionado contigo novamente, Roberta - Sorri - Você não é nem de longe a mesma Roberta facilmente manipulável de antes, e isso muito me orgulha querida.

- Você é demais pai - Diz ela - Te amo.

- Eu também te amo - Diz ele - Te amo muito mesmo, minha florzinha.

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Na manhã seguinte...

A vida nem sempre era justa, e disso Adriana estava farta de saber, seu vestido de noiva estava na casa dos seus pais, e não no seu apartamento, para que assim o Matias não o visse antes da hora. Não que Adriana fosse de acreditar em superstições bobas, é que, a do vestido de noiva meio que, a fazia se sentir estranha, meio mal mesmo, sendo algo que a perturbava um pouco, e isso para não dizer o mínimo. Ainda na casa dos seus pais, no seu antigo quarto, Adriana estava sentada na beirada de sua antiga cama, que agora era da Mariana, que havia saído com a Constança para fazer compras, para comprar roupas novas para o casamento dela com o Matias. Sendo que o casamento seria realizado no final de semana, no sábado, dia cinco de agosto, o mês do desgosto.

- Sabia que ia te achar aqui - Era o Honório - Ainda dá tempo de desistir dessa palhaçada, Adriana.

- O meu casamento com o Matias não é nenhuma palhaçada papai - Ele se senta ao seu lado - Eu o amo desde que era apenas uma garotinha, e não é só isso, ele e eu, nós temos um filho agora, e querendo ou não, isso muda tudo, pai.

Do ódio ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora