🖤Capítulo 34🖤

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Barcelona - Espanha

Catalina não sabia mais o que fazer com a sua filha mais nova, a Isabella, sendo que a mesma não aceitava mais o Rodolfo na vida delas. Sendo que a mais nova tinha muitos ciúmes de sua mãe com o seu pai, não querendo deixar de dormir com ela, sendo que isso era algo mais do que indiscutível para a mesma, e isso em todos os sentidos da palavra. Rodolfo entendia, ou pelo menos tentava entender a sua caçula, mas nem sempre ele conseguia, por mais que tentasse, e muito fazer isso. Isabella odiava mudanças drásticas, e como um todo, ainda mais uma em cima da outra, como estava acontecendo. No quarto que dividia com a sua mãe, Isabella estava sentada na cama, os seus sentimentos e pensamentos estavam mais confusos do que nunca, e a sua mente estava um verdadeiro caos.

Mesmo tendo quase dezenove anos, Isabella tinha a mentalidade de uma criança de três anos de idade, o seu autismo leve meio que a impedia de enteder muitas coisas. E a sua baixa visão a fazia usar bengala de vez em quando, algo que a mesma não gostava muito, mas meio que era obrigada pelas circunstâncias e a necessidade de ser um pouco mais independente.

- Isa - Começa Catalina - Sabia que ia te encontrar aqui, meu amorzinho.

- Mamãe? - Diz Isabella - Por que eu não sou igual a todo mundo? Por que eu não posso ser uma pessoa normal? Por que tenho de ser uma retardada? Por quê?

- Filhota, você não é uma retardada, nunca foi - Diz Catalina - Você é o meu maior orgulho. Você e os seus irmãos são tudo o que eu tenho de mais valioso. E sim, também estou contando com o Santiago, ele ainda é meu filho, apesar de tudo, anjinha da mamãe.

- Muitas vezes me vejo como um estorvo na vida de todos - Ela logo começa a chorar, deixando Catalina com o coração na mão - Mãe, se não fosse por mim, o papai e você já teriam se acertado. Mas por minha causa, você não aceita ele de volta nas nossas vidas. Tenho medo que ele te machuque de novo, eu não iria suportar isso. Simplesmente não iria, mamãe. Já que te amo mais que tudo.

- Eu também te amo, nunca duvide disso, querida - Força um sorriso - Sem você, nem sei o que seria de mim, te amo muito, as vezes até demais, tanto que acabo de sufocando com esse meu amor e todos esses meus cuidados.

- Mas mamãe - Franze o cenho - Eu gosto dos seus cuidados, eles me fazem sentir, muito amada e especial.

- Você é muito amada - Se senta ao lado da mais nova - Você é especial, seu pai e eu te amamos muito. Muito mesmo, e isso desde muito antes de você nascer.

- É verdade que, o papai e você já sabiam que eu seria como sou, antes mesmo do meu nascimento?

- Sim, a gente já sabia sim - Ela então, logo suspira - Há como saber disso, através de um exame, descobrimos que você seria diferente das demais crianças, quando eu já estava no quarto mês de gestação, minha linda. Vida minha... Meu tesouro.

- E mesmo assim vocês dois me quiseram? Mas... Por quê? Eu não entendo isso mamãe. Eu juro que não entendo, por mais que eu tente muito.

- Porque nós nos apaixonamos por você, assim que soubemos... Assim que soubemos que você viria - Ela tenta conter suas lágrimas, mas simplesmente não consegue - E esse amor que sempre sentimos por você, ele só aumenta a cada dia, minha filha. Te amo.

- Também te amo - A abraça - Assim como também amo o papai... Peça pra ele voltar pra casa, sinto a falta dele.

- Eu também, minha menina - Diz a mais velha, emocionada - Eu também, Isa.

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Mesmo tendo sido rejeitada mais de uma vez, Ana Paula não estava nem um pouco disposta a desistir do Matias, pois se ele não fosse dela, da Adriana, o mesmo também não seria. Era uma questão de honra ter o Matias somente para ela, e a mesma sabia bem disso.

Do ódio ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora