Cidade do México - México
Por mais que Augusto e Alexia estivessem ao seu lado, Estefânia ainda se sentia culpada pela perda dos seus bebês. Ela só queria sumir, desaparecer da face da Terra, e nunca mais voltar, só que isso não lhe era nem remotamente possível, a vida tinha de continuar, e o seu marido e a sua filha ainda dependiam, e muito dela.
- Por favor Fanny - Começa Augusto, ambos estavam sozinhos em seu quarto, e ela não parava de chorar - Você não teve culpa de nada que aconteceu, minha querida. De nada mesmo.
- Eu só queria poder te dar o filho homem que você tanto queria, que você sempre quis, só isso - Diz ela com uma certa dificuldade em sua voz e garganta, por causa das suas lágrimas - Mas nem isso, eu poderei fazer mais. Me perdoe por isso, Augusto. Por favor, me desculpe, querido. Te peço perdão, mesmo sabendo que não mereço, sinto muito.
- Não há o que perdoar - Diz ele acariciando o rosto dela com ambas as suas mãos - Eu já tenho bem mais do que quero e desejo ao seu lado, Fanny, eu te amo, e isso é para sempre.
- Tem certeza? - Pergunta ela com um fio de voz - Tem certeza de que me ama, mesmo eu não sendo mais uma mulher completa, como antes?
- Para mim, você é mais do que completa e tem mais, você me deu a melhor filha do mundo - Beija a testa dela com carinho e ternura - A Alexia e você são tudo na minha vida, eu os amo muito. Bem mais do que posso dizer com meras palavras que o vento leva embora consigo no calor do momento.
- Eu também te amo muito - Diz ela com os olhos inchados e roxos por conta de suas lágrimas e Insônia, cada vez mais constante - E é justamente por isso, que eu queria poder te dar mais filhos.
- Ora, não vamos nos entristecer por causa do que não podemos ter - Sorri para ela, meio de lado - Mas sim focar no que já temos para sermos felizes.
- Por mais que eu saiba que você está falando a verdade - Começa ela - Não consigo parar de sofrer pela perda dos nossos filhos, enquanto me culpo muito amargamente pelo que aconteceu.
- Meu bem - Começa ele - Não se culpe mais por isso, por favor, eu imploro.
- Eu estou tentando não me sentir mais culpada pelo que aconteceu com os nossos filhos e comigo - Ela não parava de chorar - Mas eu não consigo. Juro que não consigo, meu querido.
- Vamos passar por tudo isso juntos, como uma família - Diz ele - Pois é isso justamente o que somos, uma família.
- Sabe Augusto - Diz ela - Você é um homem muito especial, um cara como poucos, simples incrível, e acho que não te mereço. Que nunca te mereci.
- Não diga mais isso - Diz ele - Você é uma mulher maravilhosa, e além do mais, também já tenho as minhas cotas de erros e idiotice, não se esqueça.
- Mas ao contrário de você, que está mudando para melhor, eu continuo a mesma, estagnada na estrada sombria e sem volta do meu passado - Diz ela - E isso... Isso Augusto, faz toda a diferença, e você melhor do que ninguém, sabe muito bem disso, não é mesmo?
- Pode ser que sim, mas também pode ser que não - Diz Augusto - Só que, mesmo assim não pretendo sair do seu lado, nem agora, e nem nunca, meu bem. Minha vida. Pois te amo, e te ver triste me deixa mal. Muito mal.
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Renata e Adriana sempre foram melhores amigas, irmãs de alma, por assim dizer, e sempre que podiam estavam juntas, ainda mais agora que eram mães, junto com os seus filhos. Elas eram duas super mãezonas para os seus filhotes, sendo que eles eram os grandes amores de suas vidas. E por eles, elas seriam capazes de tudo. Tudo mesmo, até mesmo, capaz de dar as suas vidas por eles, e sem, sequer hesitar.
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Do ódio ao amor
FanfictionVolume 3 da série "quando me apaixono" Matias e Adriana se conhecem desde crianças, já que a tia dele, Constança, se casou com o pai dela, quando os dois tinham dez anos de idade, sendo que a sua mãe morreu de câncer, quando ela tinha apenas seis an...