Do ódio ao amor

🧡🤎Capítulo 68🤎🧡

Barcelona - Espanha

Não estava sendo nada fácil para Sebastián saber do caso de sua namorada com o seu irmão mais velho e o que mais lhe doía era que nenhum dos dois tinha sequer a decência de lhe contar que estavam juntos. Mas ele não estava com raiva, não era bem esse o sentimento que havia brotado no seu coração com relação a sua namorava e ao seu irmão. Ele estava desapontado, mas não só apenas com eles dois, mas consigo mesmo por ter se metido em algo que não era de sua conta, tendo se apaixonado por uma mulher que jamais seria cem por cento sua em hipótese alguma. O seu único erro foi amar alguém que não estava com o coração livre para ser amada novamente e por ventura, também amar de volta.

Enquanto dedilhava algumas notas suaves em seu piano, cantando uma canção bastante romântica, lenta e cheia de significados que apenas ele entendia, o mesmo se perguntava se alguma vez seria amado de verdade como tanto ansiava. Mas certas coisas pareciam que não eram para ser, e ao que tudo indicava, ele amar e ser amado de volta, era uma delas.

- Você parece triste - Era a sua mãe Catalina o abraçando por trás e o beijando no rosto - Algo aconteceu?

- Acho que não quero falar sobre isso, ainda mais com você, mamãe.

- E por que não?

- Bem, é complicado - Pega ambas as mãos dela e as beija, uma seguida da outra, com muito carinho - E não quero te preocupar com os meus problemas, simplesmente não paga a pena.

- Isso quem decide sou eu - Diz ela - E pela sua carinha posso presumir que a Alejandra tem alguma coisa haver com isso, e o Santiago também.

- Então, a senhora já sabe de tudo, né?

- Até as pedras já sabem o quanto seu irmão e ela ainda são apaixonadas um pelo outro, filho - Suspira - E por conta disso, eu nunca pude aceitar que você se envolvesse com ela, querido.

- Eu acho que agora entendo isso - Diz ele que sempre foi mais maduro e sensível do que o seu irmão mais velho jamais foi - E creio que o melhor que eu possa fazer seja deixar eles em paz para que possam ser felizes juntos sem o meu fantasma sempre os atrapalhando em tudo, mamãe.

- Você sempre teve um coração de ouro, meu bem - Beija o topo da cabeça dele com ternura - Sempre soube quando e como abdicar daquilo que desejava já sabendo que nunca deveria ser seu.

- Chamo isso de ser um tolo e eu sou o maior de todos os tolos, acho até que sou o rei de todos eles.

- Ora, não seja tão duro consigo mesmo, querido - Diz ela sentindo um nó na garganta e uma dor profunda em sua alma - Você ainda vai ser muito feliz, apenas não desista de tentar.

- Acontece que já estou cansado de tentar, ser feliz não é pra mim - Ele diz por fim - Pois, acho que nasci apenas para amar, sem jamais ser amado por ninguém em troca, mãe.

- Ah, meu querido....

Ela o envolve mais ainda no calor do seu abraço, de uma forma protetora.

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Cidade do México - México

Renata e Roberto estavam passando um tempo juntos e se lembrando o quanto difícil para a Renata o chamar de pai, já tendo uma figura paterna tão boa, o Gonçalo. Ele teve de ter muita paciência com ela, mas no final, acabou dando tudo certo, para eles dois, e também para o Gonçalo que continuava tendo a Renata como sua filha.

Além de ter o Gonçalo como o seu pai, Renata também tinha agora o Roberto, o seu pai, eles se davam muito bem, além de ter várias coisas em comum.