❤Capítulo 11❤

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Cidade do México - México

Era uma linda tarde de domingo, e Julieta meio que estava se cansando das parcas migalhas que Matias sempre lhe dava, sendo que ela sentia que merecia mais que isso. Só que mesmo sabendo disso tudo e de que o Matias jamais a amaria como ela tanto ansiava e necessitava, a mesma não conseguia deixar de ficar com ele. O mesmo já aconteceu entre o Carlos e ela no passado, sendo que agora o loiro só vivia para a sua filha, a pequena Alicia. Matilde continuava pensando que o Carlos era gay e ao que parecia, ninguém tinha coragem o suficiente para desmentir essa mentira mais do que cabulosa.

Alicia era um bebê adorável e Julieta estava mais do que completamente encantada com ela, e com o Carlos também. Sendo que Priscila foi uma grande amiga de Julieta, apesar dos altos e baixos de ambas, e a mesma via na bebê de sua falecida amiga, a própria, só que, com os belos olhos azuis do Carlos, pai dela. Carlos sentia a falta de Priscila, ela era uma mulher incrível e extraordinária como poucas, e mesmo o grande amor da vida dele senso a Matilde, ele ainda nutria uma forte afeição pela Priscila. E o mesmo valia para a Julieta, que o loiro agora via como apenas mais uma de suas amigas do que, como uma futura namorada em potencial.

Carlos e Julieta meio que já estavam desacreditados do amor, principalmente ela, que ainda tinha esperanças de ter algum futuro feliz com o Matias. Mesmo ele tendo várias mulheres, sendo incapaz de ficar com apenas uma mulher em sua vida, já que nem mesmo quando namorava a Adriana, ele era fiel a ela. E como se isso não bastasse, agora o mesmo também estava saindo com a meia irmã da Renata, a Roberta.

- Sua filha é adorável - Diz Julieta com a filha de Carlos no colo - Ela se parece com a Pri, mas os olhos dela, sem a menor sombra de dúvidas são os seus, Carlitos. Lindos iguais aos seus.

- Obrigado - Ele sorri meio acanhado e sem jeito - Antes da Licia aparecer na minha vida, eu meio que já tinha desistido de ser pai e de formar uma família só minha, você sabe, por causa dela.

- Sim, da Matilde - Revira os olhos - Só ela que acha que você é gay, aliás nem sei de onde ela tirou isso.

- Deve ser porque sou mais sensível do que os caras com quem ela já ficou, Juju - Dá de ombros - Ou então, porque ela nunca me viu como um homem mesmo, ou eu sei lá.

- Que absurdo - Diz ela - Mesmo porquê, se ela te conhecesse como eu te conheço, jamais pensaria uma obscenidade dessa ao seu respeito.

- Creio que você tem razão - Faz uma pequena pausa antes de continuar com a sua linha de raciocínio - Mas vamos mudar de assunto, sim? Bem, fiquei sabendo que o Matias e você voltaram, mas como pode isso, se ele está saindo com a Roberta?

- E não só com ela - Suspira - Mas com a Ana Paula e eu também.

- Sério isso?

- Pior que sim, Carlitos - Diz a mesma, meio triste - Pior que sim.

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Matilde sabia que Carlos estava recebendo a visita de Julieta no seu apartamento e não gostava nem um pouco disso. Ao passo que Roberta gotava, e muito de saber disso, já que estando com o Carlos, a Julieta não iria mais correr atrás do Matias, e muito menos, daria em cima dele. Roberta ficava com o Matias apenas para tentar se esquecer do Jerónimo, e mesmo gostando muito dele, ainda não o amava, e nem queria o amar, como amou o Jerónimo. Para assim, tentar evitar mais sofrimento em sua vida. Matilde e ela, agora mais do que nunca, desejavam viajar para Paris, e isso o quanto antes, para que assim, nenhuma delas continuasse sofrendo por um homem que não as amava e que não as amaria nunca.

Ambas estavam cansadas de mendigar amor e receber apenas mogalhas de algo que, de muitas maneiras, elas jamais tiveram por inteiro. Mesmo estando apaixonada pelo Matias, o que Roberta sentia pelo mesmo não era um amor genuíno propriamente dito, sendo que ela só sentiu isso por dois homens em toda a sua vida. Homens esses, que por ironia do destino eram irmãos.

Do ódio ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora