You can't scape

431 36 1
                                    


Lalisa pov

Manhã de sábado casa de praia Manoban.

"Por mínimo que seja o que um homem possua, sempre descobre que pode contentar-se ainda com menos. " – Charles Bukowski

Nunca uma frase fez tanto sentido para mim, dois meses de volta a esta cidade e veja só, nada novo novamente. Sentada na poltrona na ponta do meu grande quarto da minha mais nova casa na praia apreciando o som das ondas e brisa fresca após uma noite agitadíssima.

O relógio me chamava a atenção em meu pulso me mostrando que já se aproximavam das oito horas. Você ainda deve estar se perguntando "Lalisa é sábado porque esta acordada tão cedo " pois bem, me perdoem pelo sumiço mas deixarei tudo claro neste exato momento.

Após a minha chegada a Tailandia eu fui aos médicos que meus pais conseguiram recebi todos os tratamentos devidos e mudei completamente minha rotina, ou seja, consigo controlar meu corpo e está maldita doença agora. Seria hipocrisia dizer que o tempo lá não me ajudou em nada na verdade me fez abrir os olhos para muita coisa só nunca me fez desistir de Los Angeles que é a minha verdadeira casa onde eu construí a Lalisa que sou hoje.

Passei a maioria do tempo que estive lá com minha mãe, fomos aos hospitais fiz ações e mais ações comunitárias com elas, visitei todas as crianças conheci pessoas novas e até me envolvi com pessoas novas, mas a minha mente nunca me deixou ficar lá criar raízes ou...amores. Concluindo, visto que eu estava melhor e tinha condições de me cuidar sozinha a única forma de sair de baixo da ditadura Manoban foi aceitar algo que ele sempre quis, que eu assumisse a presidência da empresa em L.A, e depois de muito relutar eu acabei aceitando apenas para sair de lá, mas não está sendo tão ruim quanto parece a empresa vai muito bem os funcionários são muito bons apesar de eu não os ver muito e Jimin e Jaspear me ajudam com restante do que eu não consigo fazer sozinha.

Nunca avisei nenhuma das pessoas que eu tinha contato que havia voltado a não ser Rose que disse que contaria a JK e eu a implorei que não pois essa notícia chegaria aos ouvidos de quem eu ainda não estaria preparada para ver.

Vinte e três anos e CEO de uma empresa? Sim, e com muito orgulho, mas não abandonei meus antigos hábitos já fui até a faculdade avisar que voltaria e na primeira semana aqui fui até o Bom'apetit da forma mais discreta possível e estava tudo exatamente como eu me lembrava o cheiro do café moído os pães frescos, JK havia deixado o cabelo crescer e tinha tatuagens pelo braço o deixando ainda mais sedutor e misterioso, estava tudo indo muito bem como eu esperava, na verdade estava tudo indo muito bem até a noite de ontem.

Noite passada casa de praia Manoban 2:00am...

Estava no meio da festa já eram quase duas da manhã quando uma bela moça me puxou para a pista de dança dizendo se chamar Momo que tinha traços coreanos muito bonitos e um sorriso estonteante, dançamos por uns quarenta minutos seu corpo se mexia com maestria sobre o meu me levando de volta aos meus dias de trainee na Tailandia quando fazia minhas aulas de dança, era libertador aquilo me deixava leve.

Ela se aproximou do meu ouvido me chamando para que fossemos para um lugar mais calmo e eu apenas acenei com a cabeça que sim e ela saímos de mãos dadas entre a multidão e por um momento me espremendo para passar por todo aquele pessoal vi de longe uma silhueta conhecida, apenas de sutiã e calça jeans trazendo consigo um rapaz alto e bonito que não me era estranho também, cabelos soltos ondulados e carregava consigo um sorriso aquele sorriso, mesmo em meio a pouca luz e algumas luzes piscando eu reconheceria. Jennie.

Meu coração disparou e um desespero me atingiu na mesma hora que ela passou ao meu lado eu apenas escondi o rosto por entre meus cabelos e continuei a segui Momo, aquele perfume aquele maldito perfume me perseguiu por todos esses meses, sem dúvida era ela.

maybe , Just FriendsOnde histórias criam vida. Descubra agora