Don't Blame

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[...]

A sala do tribunal estava cheia dividida em filas, jornalistas, repórteres de sites e revistas e algumas pessoas que apenas presenciariam entre elas estavam Jaspear Brighton e Hiu Jong-in que assim que me viram entrar me direcionaram um olhar de confiança.

Não demorado muito mais logo atrás vinha Jennie graciosamente com seus documentos em mãos em uma maleta preta, seu conjunto de terno e saia tubo e um óculos de grau que eu desconhecia, mas que a deixara um tanto mais sexy. Em momento algum seu olhar se direcionou ao meu e eu sabia o motivo, nós não poderíamos transparecer nenhum tipo de relacionamento aqui dada todas as notícias que foram soltas a tempos atrás sobre nós sendo assim apenas repeti o ato e me concentrei ao que viria.

— Pois bem, após todos aqui daremos início a segunda sessão ordinária do caso Harris x Manoban... – Cartas na mesa.

O senhor velho e auto já lia os direitos e a acusação do caso aos jurados a aproximadamente meia hora por protocolo, mas meus olhos se prendiam todo o tempo a Jennie tão posturada e centrada no que fazia, ela com certeza merecia mais muito mais do que tinha eu a daria, eu daria a ela liberdade para ser o fazer o que quisesse.

— Agora por ordem, daremos voz ao acusador senhor Jorge Harris e sua advogada de defesa Senhorita Jennie Ruby Jane Kim – o juiz disse ao microfone e todos se atentaram a eles.

— Obrigado Doutor Hamilton – ela disse em direção ao juiz — Senhor Harris, conte a nós como era sua relação com a empresa e os funcionários na TDM? – Ela perguntou direcionado ao homem que dessa vez não trajava roupas de marca nem tinha um olhar superior parecia como um pequeno cão abandonado.

— Era muito boa, sempre me dei bem com todos inclusive com meu patrão – ele respondeu

— Perfeito, agora, conte a nós a sua versão de como tudo isso se procedeu? – Sua versão Jennie Kim, palavra chave de mestre será incontestável

— Trabalhei por muitos anos lá, e recebia um salário de funcionário normal como todos os outros juntei algumas economias afim de buscar algo maior para mim e para minha família e abri minha própria empresa, porem quando me demiti acredito que o dono da empresa na época não tenha se agradado e então me causou acusações sem fundamentos e coisas horríveis deixando um prejuízo enorme em minha conta e sobre minha família, eu nunca soube sobre nada daquilo até... – A não choro não cara ­— Até todos aqueles policiais invadirem minha casa e levarem meus únicos bens mais precisos minha mulher e minha filhinha ­- a merda, ele vai fazer de novo. ­

— Noah, ele vai usar ela – cochichei em seu ouvido esperando alguma atitude

— Eu não tive como lutar ­– O homem dizia e suas lágrimas falsas se escorriam pelo rosto — Me desculpem é muito difícil lembrar daquele pesadelo, minha filha era tão pequena – O teatro se seguia e eu via em 60% do júri um olhar de compaixão sobre ele. Esperto Harris.

Aquele discurso se estendeu por mais alguns minutos até por fim ser nossa vez, Noah sempre foi objetivo e direto sobre cada pergunta e era como um tipo de roteiro tudo o que nós ensaiamos para ser dito de forma mais convincente possível.

Um único instante onde meus olhos desviaram encontrei Kai em meio a banca de jurados de mais mulheres do que homens, seu olhar parecia penetrante sobre mim, exalava ódio e rancor como se ele quisesse a todo custo acabar comigo e estivesse disposto isso ali mesmo, mas eu não me deixaria levar por aquilo ou mesmo abaixar a cabeça então mantive a postura e dei continuidade tranquilamente.

[...]

— Ok Lisa, durante esse intervalo o júri vai se reunir e após tudo isso o juiz decidira o final, então sabemos que agora é a hora – Noah explicou enquanto estávamos em uma sala afastada esperando o retorno de tudo.

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