𝓐𝓷𝓸𝓽𝓱𝓮𝓻 𝓛𝓸𝓿𝓮 - 𝓓𝓻𝓪𝓬𝓸 𝓜𝓪𝓵𝓯𝓸𝔂

𝘾𝙝𝙖𝙥𝙩𝙚𝙧 𝙏𝙬𝙚𝙣𝙩𝙮 𝙁𝙞𝙫𝙚

Nesse exato momento eu estava pegando um livro na biblioteca, a primeira aula do dia seria de Herbologia, não era uma das minhas aulas favoritas, mas eu era obrigada a aprender sobre. Sinceramente eu não sei o porque de ainda termos aulas, sendo que daqui a três dias já entraremos de férias.

Após o acontecido na Torre de Astronomia mais cedo, Malfoy e eu descemos para cada um seguir com suas aulas. Eu não sabia o que eu sentia pelo mesmo, eu não sabia se eu realmente sentia algo, ou se é apenas uma atração carnal, também não sei se o que ele sente realmente é verdadeiro, eu não posso me entregar tão rápido assim, eu quero decifrar esse enigma que é Draco Malfoy.

{...}

Chegou o dia que voltaríamos para casa, esse foi um ano que passou muito rápido, mas que aconteceram muitas coisas. Nesse exato momento estava terminando de arrumar as minhas coisas, e logo já estava tudo pronto, me olho uma última vez no espelho, ajeitando alguns cabelos ondulados. Quando de repente eu sinto uma mão em minha cintura, tomo um leve susto e logo vejo no reflexo do espelho, eu já sabia quem era.

- Draco, que susto! - eu digo retirando suas mãos de minha cintura e me virando para ele - você já vai?

- Sim, e você? - ele me pergunta se olhando ao espelho arrumando seu cabelo, mas tinha uma mecha que ficava em seu rosto

- Deixa que eu arrumo - eu disse tocando em seu cabelo e ele da um tapa em minha mão - aí, isso doeu sabia?

- Não toca no meu cabelo. - ele diz ajeitando no espelho

- Para de ser fresco, só estou tentando ajudar! - digo - mas foi mal aí, madame! - digo ajeitando sua gravata que estava afrouxada - vai passar o natal com sua família?

- Na verdade, só com minha mãe, meu pai vai estar viajando, como sempre. - ele diz e eu vejo um certo desapontamento em sua voz

- Ele não é muito presente né? - eu pergunto finalmente o olhando nos olhos, e ele já me olhava fixadamente

- Eu já me acostumei - ele diz e logo encosta uma de suas mãos em meu rosto, seu toque gelado em minha pele faz com que um arrepio passe por todo o meu corpo - você é linda de uma forma indescritível, Weasley. - ele diz me olhando

- Você também não é nada mal, Malfoy. - eu digo por implicância, não ia deixá-lo convencido que o achava bonito - eu tenho que ir. - digo pro mesmo, mudando de assunto

- Quer ajuda com as bagagens? - ele me pergunta

- Não precisa, Draco. - eu digo mas logo ele pega uma das malas

- Deixe de ser teimosa, estou sendo gentil. - ele diz

Saímos de nosso quarto e logo dou uma última olhada em nossa comunal, logo saímos da Comunal dos Monitores, seguindo para o lado de fora de Hogwarts, onde encontro Harry, Hermione e meus irmãos. Quando eles me viram com Draco ficaram confusos e fecharam a cara, então me virei para Draco.

- Obrigada por me ajudar. - eu digo pro mesmo que me entrega as bagagens

- Não precisa agradecer. Princesa, se você ficar mal, ou acontecer alguma coisa, me envie uma carta, dou um jeito de ajudá-la. - ele diz me olhando, ele estava falando sério

- Tá bom, Draco, obrigada por tudo. - digo o olhando

- Não precisa agradecer, mas não vai se acostumando - ele diz implicando e eu dou um leve tapa em seu ombro - aí, isso doeu, sabia? - ele diz me imitando o que me faz sorrir

- Tchau, Draco. - eu digo

- Tchau, S/n. - ele diz e logo eu me viro e saio em direção aos meus amigos

Chego até eles que estavam me olhando com uma feição de que esperavam respostas.

- O quê foi? - eu pergunto

- Virou amiguinha de Malfoy agora, S/a? - Harry me pergunta indignado

- Até onde eu saiba, eu não devo satisfações a você Harry. - eu digo saindo

{...}

Estávamos chegando em casa, Harry já havia ido para casa de seus tios, eu tinha certeza que ele viria para cá daqui alguns dias provavelmente, ele sempre vem, Hermione foi pra sua casa também, ela estava ansiosa para ver seus pais.

Chegando em casa, adentramos o lugar e logo vimos nossos pais, eles estavam rindo e conversando.

- Crianças! Vocês chegaram, que felicidade em vê-los! - mamãe disse vindo nos abraçar

- Não somos mais crianças. mamãe. - disse Ron, o mesmo não gostava de ser chamado de criança

- Para seu pai e eu, vocês serão sempre nossas criancinhas! - ela diz abraçando o mesmo

- Como foram as aulas? - papai nos pergunta

- Normais, como sempre. - diz Gina

- Vão guardar suas coisas em seus quartos e venham almoçar! - diz mamãe ajeitando a mesa

Fomos para nossos quartos, chegando em meu quarto e de Gina, guardamos nossas coisas, eu fiquei a viagem inteira em um completo silêncio, e não me importaria em ficar assim até as aulas voltarem.

- Posso te fazer uma pergunta, S/n? - Gina me pergunta se sentando em sua cama, enquanto eu faço o mesmo

- Claro. - eu digo sorrindo de leve

- O Malfoy... vocês dividem o mesmo quarto por serem monitores, certo?

- Sim.

- Vocês... é... vocês já transaram? - ela me pergunta e então logo eu raciocínio o porquê da pergunta

- Ron pediu para me perguntar, não é? - eu pergunto e ela faz uma cara de quem não queria ter perguntado isso - olha Ginny, eu não transei com Malfoy, e nem com nenhum outro garoto. - eu digo me levantando e saindo do quarto

Volto para cozinha onde quase todos já estavam sentados para começar a comer. Me sentei em uma cadeira e permaneci em completo silêncio o resto do dia todo, logo quando já estava anoitecendo eu fui para o lado de fora da casa.

Me sentei escorada em uma árvore que havia por perto, tinha que andar um pouco até chegar nela, mas era um ótimo lugar para pensar e relaxar, diria que meu lugar favorito daqui.

Eu estava com um bloco de notas em minha mão, decidi escrever um pouco, já que não conseguia falar sobre o que eu sentia.

23 de Dezembro de 1994

"Eu não sei o que eu sinto, eu não sei me expressar, não sei como agir ou como falar, como se eu tivesse que refletir e pensar antes de responder a qualquer coisa. Cedric era meu melhor amigo desde que entrei em Hogwarts, ele sempre esteve comigo, sempre me ajudou, e como namorado, Cedric era bom, ele cuidava de mim, se preocupava comigo. Mas após a morte dele, parece que algo em mim morreu junto com ele, parece que eu não consigo ver o mundo da mesma forma. Por isso, eu decidi mudar, depois de dias trancada em um quarto, triste e abalada, eu resolvi mudar. A nova velha eu. Chega de ser ingênua, chega de ser uma boba garotinha. Está na hora de eu mudar."