𝘾𝙝𝙖𝙥𝙩𝙚𝙧 𝙎𝙞𝙭𝙩𝙮 𝙁𝙤𝙪𝙧

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Assim que o trem parou em Hogwarts. Saímos e andamos até nossa Comunal, as meninas ao meu lado, e os meninos um pouco atrás de nós. Assim que Daphne, Pansy e e adentramos nossso dormitório, se jogamos em nossas camas, finalmente descansando.

- Viajar de trem é tão cansativo. - diz Pansy resmungona

- Isso é porque a viagem até Hogwarts é longa demais. - digo sorrindo

- Eu gosto, dá mais tempo para conversarmos e botar o papo em dia. - Daphne fala

- Nem me fale. - diz Pansy e logo a mesma se senta em sua cama - falando nisso...

- O que foi? - pergunto, pois a mesma me olhava

- Nada não, só queria saber uma coisinha. - ela diz sorrindo - como vão as coisas com a doninha?

- Doninha? - pergunta Daphne rindo

- O novo apelido do Draco, tá famoso. - Pansy diz rindo e eu não aguento e dou uma leve risada junto

- Essa é nova. - digo

- Mas então? - pergunta Daphne - fiquei curiosa também.

- Eu não sei o que somos. Não temos um rótulo nem nada. - digo

- Mas estão juntos - diz Pansy - logo, estão namorando.

- Não acho que já estejamos namorando... - digo

- Então se outras garotas chegarem nele, você vai ficar de boa? - pergunta Daphne e isso me faz refletir

- Não, quer dizer, eu não sei. Nunca conversamos sobre isso. - digo

- Então vocês tem de conversar. Já escutei garotas falando que querem tentar alguma coisa com ele. - Pansy fala

- Quem? - pergunto

- Chloe. Sabe como ela é atirada. - diz Pansy. Chloe era uma garota da Sonserina na qual não gostava de mim por motivo de que não acreditava que eu poderia ser realmente filha de Tom Riddle. Como se eu fosse querer uma coisa dessas

- Tinha que ser. - digo revirando os olhos, e de repente, minha coruja chega pousando na janela do quarto, e junto dela, tinha uma carta

Logo levanto da cama, andando até a mesma e pegando a carta, faço um carinho na mesma que logo entra para dentro da gaiola.

Era uma carta de Dumbledore, o mesmo havia escrito que já havia voltado de sua viagem, e que estava me esperando em sua sala caso eu quisesse ver mais algumas lembranças.

- Meninas, eu já volto. Tenho que resolver algo. - digo para as mesmas

- Tá bom, qualquer coisa estaremos aqui. - diz Pansy sorrindo e logo saio do dormitório, indo até a sala de Dumbledore

Ando pelos corredores apressadamente, até que chego de frente para sala de Dumbledore e bato duas vezes, até que escuto o mesmo falar para que eu entre.

- Estava aguardando sua chegada. - diz o mesmo

- O quê você quer? - pergunto olhando para o mesmo, e nem percebo que havia sido grossa desnecessariamente - desculpe, dias difíceis.

- Tudo bem, apenas lhe chamei para caso quisesse saber mais um pouco sobre Tom Riddle.

- Aceito. - diigo em disparada

Parecia ser uma reunião de Horácio com os alunos da epóca, que nem o mesmo fez conosco na noite do jantar, pelo jeito era um costume seu. Vejo um garoto de pele clara e cabelos negros começar a fazer uma pergunta para o professor.

- Senhor... é verdade que a professora Merrythought está se aposentando?

- Tom, não lhe diria mesmo se soubesse, não é? E alias, obrigado pelo abacaxi, acertou, é o meu preferido. Mas como você soube? - pergunta o professor

- Intuição. - diz o mesmo olhando fixadamente para o professor que sorri obrigatóriamente e logo pigarreia para mudar o assunto

- Ora essa, já está tarde. Melor vocês irem, ou o professor Dippet irá colocar todos nós em detenção. - o professor disse, e então, todos os alunos saem de sua sala, restando apenas o professor e Tom

- Fique atento Tom. Você não quer ser pego fora da cama depois da hora. - Horácio diz e Tom fica quieto, olhando para o mesmo - está pensando em alguma coisa?

- Sim, senhor. Eu não imagino ninguém melhor, os outros professores, bem, não são como o senhor. Eles poderiam me entender mal.

- Continue.

- Estava na biblioteca em uma dessas noites, na sessão reservada, e li uma coisa estranha sobre uma magia bem rara. E pensei que o senhor pudesse me esclarecer. Se entendi bem, ela se chama Horcrux.

- Como é que é? - ele pergunta crédulo - eu não sei nada sobre esse assunto. E mesmo se soubesse, não lhe diria! Agora saia daqui imediatamente, e nunca mais quero ver você mencionar nisso outra vez!

E de repente, eu voltei.

- Confusa? - Dumbledore me pergunta já sabendo a resposta - seria surpresa não estar.

- Eu não entendi. O que aconteceu?

- É a memória mais importante que já recolhi. E também uma mentira. Essa memória foi alterada pela própria pessoa a quem ela pertence. Nosso velho amigo, Professor Slughorn.

- Mas por que ele faria isso com a própria memória? - pergunto

- Em minha opinião, por vergonha.

- Por quê?

- Essa é a questão. Eu pedi para você e para Harry conhecerem melhor o professor Slughorn, e vocês fizeram. Agora quero que o convença a revelar sua memória verdadeira... do jeito que puder.

- Eu não o conheço tão bem, senhor. - digo e Dumbledore olha para a memória

- Essa memória é tudo. Sem ela, estamos cegos. Sem ela, entregamos o destino do nosso mundo à própria sorte. Você não tem escolha. Você não pode falhar. - ele diz e então eu concordo lentamente com a cabeça

Saio de sua sala, precisava esvaziar um pouco a cabeça, eram muitas coisas me atordoando, e eu nem havia falado com Draco ainda.

Será que eu poderia confiar em Harry para pedir sua ajuda em conseguir arrancar alguma coisa de Horácio? Afinal, Dumbledore pediu isso a nós dois.

Começo a andar em direção a Torre de Astronomia, eu precisava de ar puro enquanto pensava no que faria em seguida. O que devo fazer primeiro? Falar com Draco? Falar com Harry? Ir direto até o professor?

Minha cabeça descansa quando chego na Torre de Astronomia e percebo que já estou apoiada no parapeito do lugar. Olho para baixo vendo a altura que me cercava, o vento frio percorre pelo rosto, o dia já estava caindo, e logo ouço um trovão e um vento em minha direção, fazendo meus cabelos voarem e eu me sentir viva novamente, nem tinha percebido que havia segurada o ar por tanto tempo. 

Me sento no parapeito para aproveitar um pouco mais desse momento, balançando meus pés suavemente enquanto aproveitava o vento, até que sinto os pingos de chuva começarem a cair sobre meu rosto.

Só volto para realidade quando ouço a porta da torre se abrir e alguém me puxar para trás rapidamente. Sinto meus pés tocarem no chão quando abro meus olhos para ver quem era.

- Que merda você estava fazendo? - Draco me pergunta apavorado, seus cabelos suados e sua roupa de quadribol me fez ficar sem entender absolutamente nada

𝓐𝓷𝓸𝓽𝓱𝓮𝓻 𝓛𝓸𝓿𝓮  - 𝓓𝓻𝓪𝓬𝓸 𝓜𝓪𝓵𝓯𝓸𝔂Onde histórias criam vida. Descubra agora