Suspiro ao terminar de ler aquela carta, coloco a mesma ao meu lado, e olho para cima, olhando o céu azul que me cercava enquanto respirava fundo. É tão difícil aceitar que toda sua vida teria sido uma completa farça, mesmo que tenha sido pelo meu bem, mas teria sido igual, tudo uma completa mentira. Saber quem é o meu verdadeiro pai, me causa uma angústia sem fim. E saber que ele voltou, me deixa com medo. Mas o que mais me deixa com medo, é notar a minha sede por vingança. Ele matou Cedric, e levou junto dele, Sirius. O que mais me deixa em dúvida, é tentar pensar o quê aconteceu com minha mãe e minha avó.
Me desencosto da árvore na qual eu passará vários minutos refletindo. Levanto-me e pego a carta na mão novamente, guardo a mesma em seu envolepe novamente, e caminho, andando até a casa, e assim que adentro a mesma, eu vou até o meu quarto e guarda a carta na caixa. Deito em minha cama e respiro fundo. Até que escuto batidas em minha porta.
- Ei, maninha. - escuto a voz de Fred - podemos entrar?
- Claro. - digo me sentando em minha cama e logo, ambos ruivos entram e se sentam na cama de Gina
- Vimos você lá fora, parecia pensativa. - diz George - Está bem? - ele pergunta e então, decido perguntar algo
- Sim. Será que eu poderia fazer uma pergunta?
- Até duas. - diz Fred sorrindo
- Vocês já sabiam que eu era adotada? -pergunto e vejo eles engolirem em seco
- Não use essa palavra. Nunca. Para nós, você não foi adotada, você foi a irmã que nos faltava e um anjo lhe enviou para nossas vidas. - fala George e logo os mesmos sentam no pé de minha cama
- Mas, vocês sabiam? - pergunto
- Sim. No mesmo dia em que você chegou, e que George e eu pousamos os olhos sobre você, nós sabíamos que você nasceu para ser uma de nós, sempre foi uma de nós, e prometemos cuidar de você a qualquer custo. Mas como eu já disse, você sempre foi e empre será a nossa maninha. Não importa o que aconteça, sempre estaremos aqui para quando você precisar. - diz Fred segurando em minhas mãos
- Vocês também sempre serão os meus maninhos. - digo sorrindo e logo eles me abraçam
O dia havia caído, e havia chegado a hora do jantar das festas de fim de ano, me arrumei, colocando uma calça jeans escura e uma blusa de manga cumprida verde, que ficava justa em meu corpo. Me olho ao espelho de meu quarto e toco em meu colar que Draco me deu, ele era lindo. Gina estava comigo ao quarto quando eu vejo que já tinha que tomar minha poção, Blásio havia me entregado antes de eu vir para casa.
Ando até o criado mudo que havia do lado de minha cama e abro a gaveta, onde dentro, estava o frasco com minha poção. Sinto o olhar de Gina sobre mim quando viro todo o líquido em minha boca.
- Isso dói? - Gina pergunta receiosa - o que têm em você? Machuca? - ela pergunta com receio de que não fosse uma boa coisa a se perguntar
- Me acalma, mantém que eu fique sobre meu controle por alguns dias. - digo me referindo a poção - mas, o que têm em mim, não machuca, só acabo não sendo eu mesma quando fico fora de mim. - digo sorrindo fraco - vamos descer? Você está linda.
- Vamos. Você também está muito bonita. - ela diz sorrindo
Descemos e quando entrei na sala de estar, pude ver Lupin,Tonks, Harry e Arthur conversando, me sentei em uma poltrona enquanto começava a escutar a conversa.
- Voldemort escolheu Draco Malfoy para uma missão? - Lupin pergunta a Harry e eu imediatamente me engasgo com a água que havia tomado nesse exato momento, Harry me olha e fala
- Eu sei que parece loucura.
- Já lhe passou pela sua cabeça, Harry, que Snape estava simplesmente fingindo oferecer ajuda ao Draco, para descobrir os planos dele? - pergunta Lupin e logo percebo que Harry também pode ter escutado a conversa de Snape e Draco no corredor, assim como eu
- Não era o que parecia. - Harry diz e eu não sei o porquê, mas invento de me pronunciar
- Talvez o Harry esteja certo. - eu digo - também escutei a conversa de Draco e Snape no corredor, se for disso que estiverem falando. Mas não acho que Snape esteja contra Dumbledore, e não quero acreditar que Draco esteja tentando matar Dumbledore.
- E para fazer um Voto Perpétuo é... - Tonks iria falar, porém, Remus a corta
- Isso quer dizer que ou você confia ou não confia no julgamento de Dumbledore. Dumbledore confia no Snape. Então, eu confio. - diz Lupin
- Dumbledore pode cometer erros. - diz Harry
- Você está cego de ódio. - Lupin fala e eu concordo lentamente em minha mente
- Não estou. - diz Harry
- Está sim. - diz Lupin - pessoas estão desaparecendo Harry, diariamente. Só podemos confiar em poucas pessoas. Se começarmos a brigar entre nós, estamos perdidos. - ele diz e então se levanta e u me levanto também
Vou até a cozinha e fico conversando com Molly e Gina. Até ver a mesma saindo com os salgados para por na mesa, e logo começando a conversar com Harry, até Ron chegar.
Sou uma pessoa muito observadora, então depois de um tempo, vejo Harry se levantar e ir conversar com Arthur. E novamente, não pude deixar de ir atrás para escutar a conversa de ambos.
- Sabe, Harry, você tem que perdoar o Remo. - diz Arthur e Harry o olha - sua condição é um fardo.
- Está se sentindo bem, Sr. Weasley? - pergunta Harry
- Estamos sendo seguidos. Todos nós. - diz Arthur - a maioria dos dias a Molly não sai de casa, não tem sido fácil.
- Recebeu minha coruja? - pergunta Harry
- Recebi, sim. - diz o mais velho - se Dumbledore está viajando, isso é novidade para o Ministério, mas talvez seja assim que Dumbledore queira. Em relação ao Draco Malfoy... ele namora a minha filha, mas... eu sei um pouco mais. - diz Arthur e eu engulo em seco
- Continue. - diz Harry
- Eu enviei um agente a Borgin Burkes. Eu acho que pelo o que você descreveu, o que você e Rony viram no final do verão, o objeto pelo o qual o Draco está tão interessado... é um Armário Sumidouro.
- Um Armário Sumidouro? -pergunta Harry
- Eram bem populares na primeira vez em que Voldemort apareceu. Dá para entender o porquê. Se os Comensais da Morte viessem atacar, era só entrar nele e desaparecer por uma ou duas horas. Eles podem nos teletransportar para basicamente, qualquer outro lugar. Mas são aparelhos perigosos, sabe? Muito imprevisíveis.
- E o que aconteceu com ele? Com aquele da Borgin Burkes?
- Nada. - diz Arthur - ainda continua lá.
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𝓐𝓷𝓸𝓽𝓱𝓮𝓻 𝓛𝓸𝓿𝓮
RomanceS/n Weasley, uma garota cujo a popularidade não era existente em sua vida. Era filha de Molly e Arthur Weasleys, estudava em Hogwarts como seus irmãos. S/n nunca teve muitos amigos, seu irmão gêmeo, era muito protetor em relação a garota. Mas um dia...