𝓐𝓷𝓸𝓽𝓱𝓮𝓻 𝓛𝓸𝓿𝓮 - 𝓓𝓻𝓪𝓬𝓸 𝓜𝓪𝓵𝓯𝓸𝔂

𝘾𝙝𝙖𝙥𝙩𝙚𝙧 𝙎𝙞𝙭𝙩𝙮 𝙏𝙝𝙧𝙚𝙚

O jantar se passou, e eu fiquei com todas aquelas coisas que rondavam meus pensamentos a todo momento comigo. A carta de minha mãe, a minha angústia em querer saber o que aconteceu com ela, a conversa de Draco e Snape no corredor, o colar enfeitiçado do dia em que fui para Hogsmeade, a forma estranha de como Draco estava agindo ultimamente. Quando eu voltar para Hogwarts terei de interrongar Draco e tentar entender o que está acontecendo, e torcer para que minha intução não esteja certa. Draco não pode estar do lado de aquele que dizem ser meu pai.

Nesse exato momento, estávamos levando Tonks e Lupin até a porta. O jantar havia acabado, e sempre que temos visitas, temos o costume de leva-los até a porta.

- Obrigada pelo convite, o jantar estava ótimo. - diz Tonks sorrindo para Molly

- Tem certeza de que não querem ficar? - pergunta Molly insistindo e logo que estou no lado de fora, olho o redor escuro e sinto um arrepio se formar em meu corpo, estava me sentindo observada

- Não, temos que ir. A primeira noite do ciclo é sempre a pior. - Tonks diz e eu continuava olhando para um ponto fixo

- S/n? - Arthur me chama e eu não respondo, e logo vejo que Lupin começa a encarar também

- Querido? - Tonks chama Lupin e ele não responde

- Tem alguém aqui. - eu digo e então, em questão de segundos todos me olham e algo cai do céu queimando, era um feitiço

O feitiço de fogo, fez com que cercasse a parte de fora inteira da casa em um círculo. E então pude ver alguém chegando. Belatriz Lestrange. Logo pego minha varinha que sempre ficará em minha cintura, e logo vejo todos fazerem o mesmo.

Belatriz me olha e percebe meu olhar de ódio para a mesma, e logo sai correndo. No impulso e sem pensar duas vezes, corro atrás da mesma mata à dentro, passando pelo fogo e logo escutando Molly gritar meu nome e Lupin tentar correr para me segurar, mas fui mais rápida e corri antes.

Escutava sua risada e seus gritos.

- Você vem me pegar? Venha se for capaz! - a mesma gritava e eu corria atrás de sua voz

Espinhos e folhas batem em meu corpo, mas em nenhum momento deixei de correr.

- Vem me pegar, vem! - a mesma grita

Corria trás da mesma e já estava ficando sem ar de tanto correr, meus pulmões doiam e o ar não chegava. Até que de repente, o barulho de sua corrida simplesmente some, e eu paro de correr imediatamente, olhando para todos os lados.

- S/n... - escuto sua voz em um sussuro

Escuto um barulho e de repente, volto a correr novamente. De repente escuto a voz de Harry me chamando, corro ainda mais quando chego e vejo Harry de frente para um Comensal.

- Estupefaça! - grito enquanto aponto a varinha para o mesmo e ele desvia de meu feitiço, e logo sumindo em fumaças

Escutamos barulhos por toda a parte, e olhavamos em volta sem parar. Escuto Arthur chamar por mim e por Harry, nos olhamos e logo começo a escutar barulhos nos arbustos. Começo a lançar feitiços, mas não acertamos em nada, e Harry fazia o mesmo. Escutamos Arthur gritar por nossos nomes mais uma vez, até que Tonks, Arthur e Lupin chegam ao nosso lado.

Cada um de nós olhando para um lado, esperando algum sinal para que pudessemos atacar. E de repente vimos um deles em fumaça, subindo para o céu, e logo o outro vai de atrás de Belatriz.

E quando menos esperávamos, escutamos um barulho e uma grande chama vindo da casa. E corremos novamente até chegar em casa. A fumaça do fogo parecia ser totalmente irreal, e eu torcia para que não fosse verdade.

Quando chegamos todos estavam na rua. E a nossa casa, todalmente destruida. Totalmente em chamas. Todas as coisas que tinhamos. E de repente, o maior pensamento egoísta veio em minha mente. A caixa de minha mãe. A única lembrança que eu tinha dela, se foi.

Uma lágrima minha teimou a descer, e então eu sinto uma mão em meu ombro, me viro e vejo Harry.

- Sinto muito, Ron me falou que você havia conseguido uma lembrança de sua mãe e agora se foi. Eu sei como é. - ele diz e sorrio fraco

- Obrigada.

{...}

Estava de volta a estação, entrando no vagão, me despeço de Fred e George que vieram conversando comigo. E logo que ando em direção a cabine minha e de meus amigos, encontro Draco, o mesmo me olha, e quando o seu olhar encontra o meu, parece que consegue criar um pouco de vida que ainda lhe resta.

Ele vem até mim e me abraça fortemente.

- Eu sinto muito, princesa. - ele diz se referindo a minha casa, já que eu teria lhe enviado uma carta contando o acontecido

- Tá tudo bem. Todos estavam bem. - digo e parecia que em seu olhar transmitia um pouco de culpa pelo o que havia acontecido. E minha mente continuava martelando e desejando que fosse mentira - quando chegarmos temos de conversar. - digo

Ando até meu amigos que logo que chego, me cumprimentam, e logo Draco chega também, se sentando ao meu lado.