𝐒𝐞𝐯𝐞𝐧 𝐒𝐭𝐚𝐫𝐬 𝐂𝐢𝐠𝐚𝐫𝐞𝐭𝐭𝐞𝐬

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Eu havia criado o mais novo e pequeno monstro, não havia volta a dar.
Eu alterei a química do cérebro daquela linda garota, e agora eu tinha certeza que ela seria minha mais facilmente, ela continuava com sua grande essência, eu não havia mudado a pessoa que ela era, apenas a ajustei ao meu gosto, eu previa grandes estragos daqui para a frente, previa colisões, explosões, sangue, amor e ódio.

Pela estrada vaga eu dirigia meu carro, com minha garota ao meu lado, a noite quente era estrelada e debaixo da grande lua meu carro acelerava inúmeros quilómetros por hora, Cat aplaudia, sorria e ria de felicidade ao sentir a fúria da estrada, ela colocava o corpo por fora da janela, deixando o vento da noite de verão bater em seu rosto, a adrenalina percorria todo seu corpo e alma, agora eu teria desbloqueado uma nova descoberta, era assim que ela se sentia feliz, dentro de carros, com a velocidade imensa, era disso que ela gostava, a viva adrenalina.
Podia ver suas madeixas voarem com aquele bruto vento, meu pé cada vez aprofundava mais o acelerador, eu deixava escapar inúmeros sorrisos ao ver tudo aquilo, nossos olhares sempre se encontravam e eu podia ver a loucura e o poder dentro de seus olhos, ela se divertia, ela atirava com sua arma para o céu como se estivesse tentando acertar uma estrela, insane.

A verdade era que eu não tinha amor para lhe dar, como eu iria dar oque nunca recebi? Eu não sabia nem por onde começar, eu conseguia ver que ela sentia necessidade de conforto e carinho, mas eu olhava para ela e tinha vontade de a ver chorar, gritar e implorar por mim, ao mesmo tempo eu gostava de quando ela sorria ou quando ela demonstrava felicidade, talvez por isso ser algo raro de se ver nela, pelo menos até os dias de hoje.
Me perguntava se essa palavra "amor" realmente existia, ou era apenas delírio de pessoas fracas que estavam fora da realidade, mas eu não sou fraco, nunca serei.

"Tom?" - O timbre da voz dela mudou ao me chamar, quando parei para olhar para seu rosto seu espírito tinha mudado completamente, ela parecia preocupada e prestes a chorar.

"Algum problema?" - Perguntei, não conseguindo decifrar sua mudança repentina de humor.

"Hanse irá voltar em breve certo?" - Eu revirei os olhos com sua pergunta e travei o carro bruscamente.

"Saía do carro." - Mandei, a raiva voltava para meu corpo e algo mau iria acontecer.
Ambos saímos do carro eu cerrei a porta de maneira bruta, e caminhei em passos pesados até Cat.

"Você é assim tão apaixonada por esse cara? Oque tem ele? Oque caralhos ele tem que você gosta assim tanto?!" - Eu não gostava da relação deles dois, não gostava do sentimento que Cat tinha por ele, ela era tão agarrada a ele, oque havia de especial naquele coreano maldito.
Cat olhava para mim com seu olhar estrelado, ela se mantia calada, para variar, eu me aproximei dela e a joguei contra o capô de meu carro, a deitando lá, fazia seu rosto olhar para o meu, e aquele rosto sem qualquer medo existente me olhava, a fúria caía sobre mim da mesma maneira que a água do chuveiro caía sobre meu corpo, ela não tinha medo de mim.

"Me responda! Oque você quer tanto dele?!" - Eu remexia o corpo dela violentamente tentando obter resposta.

"Não existe paixão em mim Tom, isso são merdas inventadas por fracos." - Disse a garota intrigada com suas pequenas mãos segurando meus pulsos fortemente.
Eu sorri de canto enquanto passava a língua em meu piercing labial, ela não amava Hanse então, o facto de que ela pensava exatamente o mesmo que eu me agradava totalmente.

• Cat's POV •

Era daquilo então que Harley me contava, os ataques de raiva.
Agora Tom sorria ladino, como se tivesse conseguido algo que ele tanto queria. Kaulitz pegou em meu quadril e me girou, me deixando de costas para ele, agora eu estava totalmente empinada, ele pressionava minha cabeça sobre o metal de seu carro, essa posição...pai era você denovo?
Coisas se passavam em minha cabeça e agora estava tudo piscando novamente, com cores, eu tinha uma visão esfumada exatamente a mesma visão que eu tive quando meu cérebro foi electrocutado, e aquelas horríveis memórias passavam diante de mim, mesmo eu sabendo que meu pai não estava ali, não era ele quem me agarrava dessa vez.

Ele desviou meus longos cabelos deixando meu pescoço totalmente visível, senti uma grande e forte mordida em meu pescoço, minhas longas unhas arranhavam a tintura do carro negro abaixo de mim, soltava pequenos gemidos tentando abafar a dor, eu estava imóvel, eu sentia que estava permitindo que Tom fizesse isso comigo.
Parecia que ele estava se vingando de mim, pois sua mordida era como a que eu lhe havia dado, mas no braço, uma nova cicatriz para a coleção.

Derrepente eu parei de sentir aquele corpo pesado sobre o meu, sua boca já não estava em meu pescoço e nem seu hálito quente eu sentia mais, eu conseguia sentir a mordida pulsar de dor, Tom entrou no carro e apertou a buzina dando sinal para eu entrar no carro também.

Ele estava na enorme varanda, fumando um cigarro de marca japonesa, Seven Stars Cigarettes, eu estava sentada exatamente no centro da cama confortável o olhando, eu olhava seu corpo alto e largo de costas para mim, ele parecia pensar em tudo, abso...

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Ele estava na enorme varanda, fumando um cigarro de marca japonesa, Seven Stars Cigarettes, eu estava sentada exatamente no centro da cama confortável o olhando, eu olhava seu corpo alto e largo de costas para mim, ele parecia pensar em tudo, absolutamente tudo, eu passava a mão na marca da mordida que havia em meu pescoço, que agora estava apenas se tornando uma marca roxa, assim como a mordida que eu deixei em seu braço.

O corpo de Tom se virou para mim, eu dei um pulo, o mesmo fez um gesto com a mão pedindo para eu ir até ele, me levantei, eu estava usando uma grande blusa a qual pertencia a Tom, e por baixo apenas uma calcinha, minhas pernas nuas se roçavam uma na outra enquanto caminhava até ele, parei ao seu lado e agora estávamos frente a frente, ele me olhava com um olhar vazio, completamente vago, lentamente seu rosto se aproximou do meu, sua grande mão foi para a meu queixo levemente ele inclinou minha cabeça me fazendo olhar para ele, com seus dedos ele fez uma leve pressão em meu queixo para baixo, deixando minha boca levemente aberta, então ele tragou fortemente no cigarro, e sem encostar os lábios nos meus ele passou a fumaça do cigarro da sua boca para a minha e ali foi como se estivessemos brincando com a fumaça, eu fechei os olhos, deixando meu corpo sentir aquele momento, Tom me tocava de maneira gentil agora, como se ele fosse sempre assim, mas não era.

Kaulitz abriu os olhos, viu que os meus continuavam cerrados e então ele selou nossos lábios, eu senti minha pele arrepiar, eu podia muito bem me afastar e recusar aquele gesto íntimo mas eu não o fiz, senti vontade de ficar ali, ele pegou em meus braços e os colocou em volta de seu pescoço, suas mãos foram parar na minha cintura, eu conseguia sentir o gelado do metal do seu piercing labial tocar em meus lábios, se encaixavam perfeitamente, se moldavam de um jeito único, o beijo que cada vez era mais intenso e caloroso, eu sentia que queria ficar assim por muito mais tempo, eu nunca senti um beijo assim. Antes ele foi tão bruto comigo e agora estava me beijando carinhosamente.

Foi então nosso primeiro beijo.

Ultraviolence - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora