𝐈'𝐦 𝐭𝐢𝐫𝐞𝐝 𝐨𝐟 𝐟𝐞𝐞𝐥𝐢𝐧𝐠 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐢'𝐦 𝐟𝐮𝐜𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐜𝐫𝐚𝐳𝐲

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O escuro foi se tornando cada vez mais claro, podia sentir tudo se tornando leve, lentamente abri meus olhos, eu estava deitada e por cima havia um teto branco, senti que estava respirando e agora sentia meu corpo, que não doía mais, levantei meu corpo e tudo desmoronou.
Eu estava em uma sala branca, totalmente branca, não era grande, mas também não era pequena, as paredes, teto e chão eram brancos, eram feitos de um material almofadado, como se eu fosse muito frágil.
Eu estava usando roupas brancas e largas, não havia nada calçado em meus pés, nem mesmo meias.
Meu corpo, que antes era inteiramente machucado e dolorido agora não possuía nem sequer um arranhão e a dor? Ela sumiu.

Eu conhecia aquele lugar, foi ali que me colocaram quando fui entregue á clínica de toxicopendentes, minha respiração se tornou ofegante denovo, senti minhas mãos tremerem, meu corpo tremia, parei de sentir as pernas, e lágrimas sairam de meus olhos rapidamente, eu queria chorar, não podia evitar, não conseguia acreditar que estava ali denovo, porquê? PORQUÊ? quem havia me colocado ali?

"Hanse?" - Eu chamei, eu queria que Hanse estivesse perto de mim, mas não estava, então eu chamei mais uma vez, e não obtive resposta, chamei mais uma vez e nada.
Eu queria gritar, queria gritar até perdar a voz.
A última coisa que eu me lembrava era que eu estava com os Kaulitz.

"Tom?" - Tentei, na esperança que caísse algum milagre sobre mim. A verdade é que mesmo eu não querendo o Tom perto de mim, qualquer coisa seria melhor que estar naquelas quatro paredes novamente. E então eu comecei a gritar, comecei a gritar de desespero, batia nas paredes, eu queria sair dali, eu tinha de sair dali.

Meus olhos se abriram rapidamente dessa vez, eu continuava gritando, mas dessa vez meu corpo estava sendo agitado descontroladamente, Tom estava em minha frente com as mãos nos meus ombros me agitando de um lado para o outro, eu podia ver seu rost...

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Meus olhos se abriram rapidamente dessa vez, eu continuava gritando, mas dessa vez meu corpo estava sendo agitado descontroladamente, Tom estava em minha frente com as mãos nos meus ombros me agitando de um lado para o outro, eu podia ver seu rosto bravo e confuso. Voltei a sentir dor, meu corpo inteiro estava doendo, eu estava vestindo minhas típicas vestimentas, mas agora eu não estava naquela sala branca, eu estava em seu carro novamente, o mesmo de antes.
Dessa vez nem Bill nem Harley estavam no carro, porém havia outro carro ao lado.

Eu despertei finalmente, me dei conta de onde estava e com quem estava, podia ver a marca da minha dentada ainda visível no braço de Tom, estava vermelha e bem marcada, eu esperava que aquilo ficasse ali para sempre, para que ele nunca esquecesse aquilo que estava fazendo comigo.

Tom deu um forte tapa em meu rosto, ele pedia para eu falar, pois eu estava acordada mas não respondia ás suas perguntas, aquilo doeu, minha pele estava gritando, todo meu corpo gritava de dor, foi aí que eu olhei para o alemão em minha frente, para os olhos castanhos que queimavam com as chamas dentro deles.
Em seguida Tom abriu a porta do carro, pegou em mim e me jogou para fora do carro, literalmente ele me jogou, como se eu não fosse nada, como se eu fosse o saco de lixo que ele estava deitando fora, meu corpo sangrento caiu na estrada, aquela estrada deserta onde o silêncio da noite a predominava e apenas nós e os dois carros estavam presentes.

Levantei a cabeça e olhei para a grande sombra de Tom em minha frente, eu sentia que ele ia me matar ali mesmo, pois era isso que sua expressão demonstrava, morte, ele queria me matar.

Ele se abaixou perto de mim, e com uma de suas mãos ele pegou em meu rosto fortemente, me fazendo olhar para ele, eu tentei recuar, tentei me soltar, me debater, mas eu já não tinha quaisquer forças, eu estava fraca, eu demonstrei fraqueza e isso agradava Tom.

Tom pegou de suas jeans uma pequena faca, pequena mas extremamente afiada, e a passou em minha coxa, eu pude sentir a minha pele rasgar e o sangue se libertando, eu gritei, eu havia segurado meus gritos antes mas dessa vez...dessa vez eu não resisti.
Ele deixou um corte profundo em minha perna, meus olhos ardiam, as lágrimas estavam desesperadas para sair, mas eu não podia mostrar que era vulnerável a ele, se ele estava tentando me matar mas me torturando até eu não aguentar mais, então por favor, que meu coração pare de bater, se essa dor continuará para pior, então eu estou desesperada para morrer de um vez.

Tom soltou meu rosto bruscamente fazendo com que minha cabeça batesse no chão.

• Tom's POV •

"Onde estão as suas palavras de medo?! Quando você vai finalmente implorar para que eu pare, quando irá implorar por sua vida?" - Eu cuspi as palavras na garota em minha frente.
Ela não me respondia, porque caralhos ela não me respondia, porque era tão difícil ouvi-la falar?!

Eu me levantei, olhando todo o estrago que eu havia feito com ela só naquela noite e eu pretendia fazê-lo até que ela se rendesse a mim, ela seria minha, eu garanto.
Eu apontei então uma arma em direção a Cat, ela olhava para mim, com aquele seu olhar doce mas intenso, assim como seu cheiro, era doce mas intenso.

Eu queria apertar o gatilho, queria vê-la morrer, mas não podia, ainda não. Porque mais que fosse um prazer matar todos aqueles que me incomodam e até mesmo aqueles que não me faziam diferença alguma, com ela era diferente, ela tinha uma áurea especial.
Ela era insana como eu, louca como eu e perigosa assim com eu.

Senti o toque de Bill em meu ombro, aquele toque daquele que era o único que eu amava.
"Tom você não pode matá-la." - Bill avisou.
Eu continuei mirando a arma na Cat, que olhava para mim com a respiração ofegante, podia ver seu peito subir e descer varias vezes por segundo, e sua perna apenas perdendo mais sangue.

"Se você matá-la iremos ter que perder tempo com Hanse, e nosso foco é a penas Niragi no momento, não se esqueça que ela faz parte de isso tudo, se ela morrer agora, todos nós estamos condenados." - Bil foi preciso em suas palavras, ele tinha razão, eu não ia matá-la naquele momento de qualquer maneira.

"Some da minha frente!" - Eu gritei para a garota das madeixas negras, baixei a arma e bati as mãos em meu carro, cerrei os punhos e bati mais uma vez, queria expulsar toda essa raiva que estava sentindo.

• Cat's Point Of The View •

Meu corpo estava em total tensão, conseguia sentir meu sangue circular dificilmente e sair pela abertura que Tom havia feito.
Bill me pegou no colo com seu toque gentil, diferente de Tom, Bill tinha um toque gentil e cuidadoso, o gémeo me colocou na parte de trás de seu carro pois na frente estava Harley e assim deu partida.
Eu tive que lhe dizer onde eu morava, ou então eu teria que ser levada para casa dos gémeos, e depois dessa noite eu excluía totalmente essa opção.
Bill me deixou em casa, e cuidadosamente me ajudou a entrar, meu carro estava na garagem, por algum motivo ele estava lá, e isso me aliviou.
Bill se despediu e eu agradeci, como eles podiam ser tão diferentes um do outro?

Em suspirei aliviada por finalmente estar em casa, entrei debaixo do chuveiro, sentindo a água escorrer pelo meu corpo que fazia com que todos aqueles machucados ardessem fortemente, a água estava vermelha, aquele era todo o sangue que estava saindo de mim.
Após o banho eu fiz um grande curativo em minha perna, deixando que o sangue não saísse mais por aquele corte profundo e que me doía arduamente.

Eu deitei minha cabeça em meu travesseiro finalmente, eu sentia que estava afundando naquela cama, sentia meu corpo pesado de cansaço.
Acendi um cigarro e puxei a fumaça para dentro de mim, a soltando em seguida, fechei os olhos e sem dar por conta, caí no sono pesado, e o cigarro? Seu odor se espalhava pelo quarto enquanto ele queimava por si só.

• Esses dois ainda vão causar muito estrago •

Ultraviolence - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora