𝐁𝐫𝐢𝐧𝐠 𝐌𝐞 𝐓𝐨 𝐋𝐢𝐟𝐞

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Seu pequeno rosto adormecido sobre a branca almofada me deixava hipnotizado, que porra de sentimento de culpa era esse que eu estava sentindo?

Bill, eu te devo o mundo.
Se meu irmão não tivesse me levado para longe e me trancado no carro a noite toda, eu não sei oque seria da Cat, eu teria a matado ali mesmo e depois eu iria viver com esse arrependimento para o resto da minha vida, na verdade eu estava disposto a protege-la até ao fim, eu não faço ideia oque está acontecendo mas ela me faz querer viver ao olhar para dentro de seu olhos, que porra essa garota está fazendo comigo, eu quero beijá-la e sentir seu calor, eu quero lhe fazer sangrar e chorar, eu realmente gostaria de ter autocontrole sobre mim mesmo.

O rostinho dela não tinha qualquer resíduo de maquiagem, sem maquiagem ela tinha um ar tão puro e me permitia ver cada detalhe, podia dizer que ela era mais nova assim, possuía um rosto infantil e angelical, como eu podia machucá-la assim?

Uma pontada em meu coração me atingiu quando vi as marcas que eu havia causado em seu pescoço, ainda podia ver seus olhos em pânico, aquela que se fazia de forte o tempo inteiro, rezava por sua vida naquele momento, eu já tirei vidas, eu já vi olhares de pânico inúmeras vezes, mas ela....ela era diferente, me doía de um jeito inexplicável.

• Cat's POV •

Quando menos reparei eu havia pegado no sono, mesmo tendo lutado contra mim mesma para ficar acordada, Harley me confortava tanto que a exaustão me pegou.
Podia sentir um toque familiar em meus cabelos, mas dessa vez esse toque era gentil e carinhoso, aquele seu cheiro a perfume masculino entrava por minhas narinas, oque me fez abrir os olhos e ver aquele rosto que eu temia, resistia e pedia.
Eu podia ver a dor e culpa no olhar do maior, ás vezes queria estar em seu corpo apenas por um dia, para poder ver se é tão incontrolável assim.

"Eu te esperei a noite toda..." - Quebrei o silêncio, Tom olhava em meus olhos.

"Você não deveria." - Sua mão desceu para meu rosto o acariciando com delicadeza.
Eu deveria estar frustada e furiosa com ele, ele literalmente tentou me matar, mas algo em mim queria abraçá-lo e sentir seu raro toque carinhoso, quando ele não estava totalmente agressivo estava me agarrando com desejo para me beijar e suas mãos percorriam todo meu corpo de maneira prazerosa, agora que ele estava calmo e sentido eu queria senti-lo.

Me levantei assim me sentando e logo lhe abracei, meus braços abraçavam seu pescoço, pude sentir sua forte respiração em meus ouvidos, ele estava surpreso com minha ação imprevisível, seus grandes e fortes braço se envolveram em minha cintura, Tom soltou um grande suspiro em meu pescoço, sabe aquele profundo suspiro como se houvesse muito dentro dele querendo sair para fora?

"Cat, eu estava fora de mim, eu juro." - Se ele não fosse tão duro consigo mesmo, eu tenho certeza que ele choraria de arrependimento. Eu conseguia perceber que ele não conseguia pedir desculpas, fazia-o sentir fraco, eu podia entender.

"Você é tão cruel, mas eu queria tanto te ter ao meu lado essa noite." - A posição dos abraços permanecia estável, a verdade era que ultimamente eu estava dormindo na mesma cama que Tom, acabava sempre por deixar o sono me levar acidentalmente e daí para a frente passou a ser hábito, cada vez que eu virava as costas sentia que havia uma grande presença negativa atrás de mim, como um monstro dos contos infantis, mas quando me virava olhava para seu rosto que adormecido parecia estável sentia um grande conforto.
Eu não entendia, eu o odiava mas o queria perto de mim, ele fez isso comigo, desde aquele dia em que fui electrocutada por ele, meu apego foi se tornando cada vez maior.

Ultraviolence - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora