Ultraviolence - Tom Kaulitz.

𝐇𝐞'𝐬 𝐀𝐥𝐢𝐯𝐞

Minha cabeça martelava constantemente, eu não conseguia permanecer com os olhos cerrados e o corpo adormecido, até porquê além daquela ressaca horrível a cama não estava preenchida como normalmente.
Eu finalmente abri meus olhos, e de fato, Tom não estava ao meu lado mais, no pequeno relógio que ficava na mesa de cabeceira ao lado da cama, apontava 15:40, eu havia dormido demais.
Criei forças para me sentar, só eu sei o quão minha cabeça estava doendo fortemente, sentia meu estômago revirar, ugh! Eu amo beber e fugir da realidade, mas o dia a seguir era sempre terrível.

Ontem eu simplesmente apaguei, me lembro de começarmos a beber sem parar, também me recordo da quantidade de heroína que inalei, aquele sentimento de culpa me predominava novamente, mas eu não queria parar agora, parecia que eu havia me esquecido do quão boa essa sensação era, e o porquê de eu ter parado, eu sabia que aquelas substâncias não era boas para mim, eu iria me viciar em menos de nada novamente, agora com muita mais facilidade, mas enquanto elas me fizessem bem, eu não ligava, para estar nessa casa e suportar a confusão que Tom causa em minha cabeça, eu bem preciso de coisas assim.

Mas Hanse.....ele iria odiar saber.

Após pegar algumas roupas limpas eu entrei então no banheiro, imediatamente liguei o chuveiro para que a água pudesse aquecer enquanto eu tirava minhas roupas.
A água quente, porém um quente suportável, escorria sobre meus fios negros, eu precisava apenas de um banho para melhorar o estado em que eu estava, sentia minha cabeça girar, era insuportável.

As nuvens de vapor após o banho relaxante contaminavam o banheiro, o espelho que refletia meu perfil estava totalmente embaçado, o que me obrigada a passar a mão sobre ele para que eu tenha a possível visão de mim mesma, agora eu passava alguns cremes super cheirosos sobre minha pele, vestia umas calças jeans de cós baixo, deixando visível toda minha silhueta, com um sinto preto e alguns detalhes metalizados, na parte de cima um simples top-cropped preto, cobria até um pouco acima de meu umbigo, embora eu finalmente estivesse totalmente cheirosa e confortável comigo mesma, a pulsação permanência em minha cabeça ressacada.

Saí então do quarto finalmente, eu supunha que todos estavam acordados, até ver Harley sair de seu quarto com o mesmo ar que eu.

"Eu preferia levar um tiro na cabeça agora mesmo." - Resmungou ela com suas mãos sobre sua testa, eu apenas ri, eu conseguia entender perfeitamente.

"Você se lembra de algo?" - Perguntei enquanto descia as escadas ao lado da cacheada, que negou com a cabeça.
"Isso me preocupa." - Disse ela com um ar preocupado, realmente, não me recordar de absolutamente nada ontem, me assustava.

Lá estavam eles então, os quatros garotos estavam na cozinha, a cozinha que era totalmente aberta para o resto da casa, Tom e Bill estavam de pé, Bill apoiado na ilha central na cozinha, Tom encostado sobre a bancada perto da pia, com uma grande xícara de café preto na mão, Georg e Gustav estavam sentados nas cadeiras altas que rodeavam a ilha central, os olhares se viraram todos para nós as duas, que já estávamos no último degrau da escada.

"Olha só quem são elas." - Exclamou Bill ajeitando a postura com um ar divertido, sinceramente eu não estava para humores agora, e penso que nem mesmo Harley estava.
Meu olhar encontrou o do Tom, que bebia um grande gole de seu café amargo, desviei o olhar rapidamente, porém Tom me fitava ainda com seus olhos castanhos e penetrantes. Harley foi até Bill, o abraçando, Bill retribuía o ato carinhoso de sua namorada, porém permanência com um ar engraçado.

"Que ar mal-humorado é esse? Não me lembro disso ontem...." - Disse Gustav enquanto segurava a risada, eu rosnei para ele enquanto Harley apenas afundava o rosto no peitoral do namorado.
"Essas duas princesas se revelaram ontem." -  Murmurou Bill entre risadas, enquanto acariciava os cabelos de Harley. Me perguntava o que havia de tão engraçado, todos estavam com uma expressão engraçada, como se eu e Harley tivessemos acabado de contar uma piada, o que não era o caso.