Ultraviolence - Tom Kaulitz.

𝐒𝐡𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐎𝐟 𝐂𝐨𝐨𝐥

"Você acha que quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha?" - Perguntei olhando para o teto iluminado do quarto de Georg, o maior estava deitado abaixo de mim com minha cabeça em sua barriga, eu tinha a sensação de que ele não estava me ouvindo.

"Você pensa antes de falar essas besteiras?" - Ele resmungou, eu estava ali á horas conversando com ele, na verdade apenas eu estava conversando pois Georg parecia estar em outro planeta.

"Cat, você é uma garota foda demais mas eu estou morrendo de sono." - Eu me levantei logo em seguida, soltei um rosnar e revirei os olhos.

"Você só sabe dormir." - Reclamei.
"É verdade, não posso dormir." - Disse Georg despertando e ficando sentado na cama enquanto tentava se manter totalmente acordado.

"Porquê não?" - Questionei o alemão.
"Porque nosso sócio está vindo aqui em pouco tempo, tenho de estar lá embaixo para recebe-lo.....aliás você também tem de estar lá." - Relembrou ele, eu não fazia ideia da existência dessa tal visita, Tom não havia me contado absolutamente nada.

"É mesmo...." - Murmurei já me levantando da cama, deixei um beijo suave no rosto de Georg o que o fez sorrir, acenei para ele e em seguida abandonei o quarto.
Assim que abri a porta e a fechava atrás de mim dei de cara com a assustadora presença de Tom, ele estava encostado na parede ao lado da porta com os braços cruzados como se já estivesse ali esperando há tempos, eu dei um pequeno pulo com a ação repentina.

"Porquê estava trancada no quarto com o Georg?" - Tom perguntou serio, ele não parecia muito feliz.

"Não estava trancada você podia entrar a qualquer momento." - Respondi simples começando a caminhar até que Tom me segurou pelo braço e me puxou para perto dele novamente.

"Escuta, você não fica no quarto com outros homens, entendeu?" - Ele sempre agia como se fosse meu dono e eu odiava isso.

"Eu não te devo nada Tom, nada." - Cuspi as palavras em seu rosto, pude ver sua respiração ficar pesada.

"Você me pertence, então você faz o que eu mando." - Ele estava apertando meu braço com tanta força e estava realmente me machucando, tentei soltar meu braço até que ele o fez por si mesmo, ele olhou para mim e respirou fundo, me puxando para um abraço, agora eu estava tão confusa, porquê ele fazia isso? Será que ele se lembrava derrepente que estava sendo cruel e então mudava repentinamente?

"Se arrume, um amigo meu está vindo aí, você tem 20 minutos." - Em momento nenhum eu retribuí aquela espécie de abraço que ele estava me dando deixei meus braços pendurados, não iria deixa dessa vez, ele apenas olhou para mim e sorriu, eu era tão fraca.
Ele me deixou seguir então, eu fui até "nosso" quarto para poder então me arrumar, tenho que confessar que eu tinha uma vontade imensa de chorar, ele era rude comigo e depois apenas me tratava como se nunca o tivesse feito, como se fosse completamente normal, porquê? Era isso que eu pensava todos os dias ao olhar para ele, porquê?

Ali estava eu limpando o pequeno borrado do batom vermelho em meus lábios, rapidamente saí do quarto e desci as escadas, não havia ninguém na sala, nem na cozinha, eu podia ouvir o barulho vindo da garagem, me direcionei então até la.

"Que monstrão!" - Exclamou Tom fascinado. Entrei pela grande porta que dava acesso á garagem, chamando a atenção de todos, havia um carro incrível ali, um Lotec Sirius, era um carro disportivo, criado por uma companhia Alemã em 2000, Tom analisava o carro como uma criança que havia acabado de ganhar um doce, eu não posso deixar de concordar eu fiquei boquiaberta com aquele incrível carro metalizado.

Havia também um homem bastante alto, loiro dos ombros largos e olhos verdes, não era asiático visivelmente, pude ver Tom e o tal homem conversando em alemão, deduzi que era da Alemanha assim como os outros garotos.
Os olhares se voltaram todos para mim, incluindo Tom, mas eu estava tão fascinada com aquele incrível carro que nem liguei.
Tom fez um gesto com a mão me chamando até ele, eu caminhei então em direção a ele, mantendo os olhos no carro.