Ultraviolence - Tom Kaulitz.

𝐏𝐫𝐞𝐭𝐭𝐲 𝐖𝐡𝐞𝐧 𝐈 𝐂𝐫𝐲

Andrew havia deixado o local, depois daquela longa tarde, eu podia sentir meu corpo totalmente elétrico e risonho, acabei por ingerir alguns shots me oferecidos no momento, eu me sentia culpada mas eu não podia negar o quão aquela sensação era ótima, eu não queria parar, eu queria mais e mais.

Agora eu subia as escadas sozinha, entrei no espaçoso quarto onde apenas eu era presente no momento, procurava algumas roupas para poder me duchar quando o som de toque do meu celular tocou altamente, fazia tempo que ninguém me ligava, fiquei curiosa, quando peguei no celular e vi quem estava ligando para mim senti meu coração disparar, era ele, Hanse!!
Eu atendi sem pensar duas vezes e me sentei no chão em frente á cama com minhas costas totalmente encostadas na madeira da cama larga.

"Hanse? Você está bem? Onde está? Quando vai voltar?" - Eu estava tão feliz, tudo saiu da minha boca repentinamente, eu apenas ouvi aquela típica risada nasal atrás daquela ligação telefónica.

"Olá princesa.....com calma." - Ele disse com sua voz forte mas suave, como eu estava aliviada por ouvir sua voz novamente.
"Eu sinto muito por isso tudo que está acontecendo, eu estou bem, sempre fugindo mas estou escapando." - Eu não podia deixar de sorrir loucamente ao ouvir o coreano falar.

"Você não imagina o quão eu sinto sua falta Hanse....." - Eu abracei meus joelhos fortemente ainda com o celular em meu ouvido, só Deus sabia o quão eu gostava daquele garoto.

"Eu sinto sua falta também princesa.....soube que está na casa dos Kaulitz, eles estão te tratando bem? Tom não encostou em você, certo? Onde você dorme?" - Eu dei uma pequena risada totalmente desanimada, ele se preocupava com tanta razão.

"Está tudo bem Hanse, eles estão sendo super gentis, não se preocupe com isso." - Eu não podia simplesmente dizer a verdade, não estava no momento de fazê-lo ganhar outra preocupação, por mais que eu quisesse lhe contar tudo o que eu tinha guardado eu não iria, uma forte martelada de culpa me atingiu ao me relembrar o que eu tinha acabado de fazer, eu acabava de desfazer o tempo em que estava livre das drogas, se Hanse descobrisse iria ficar tão desapontado.

"Se eu souber que algum deles está te fazendo mal, eu juro Cat, eu- ." - Tive que o interromper.
"Estou bem aqui! Acredite, é super divertido." - Era tão difícil ter que mentir para ele.

"Quando vai voltar?" - Um forte suspiro foi ouvido através da linha telefónica.
"Eu não sei Cat, sinto muito...." - Meu olhar se baixou, aquilo me deixava apavorada, Hanse parecia tão triste assim como eu, eu apenas o queria por perto novamente.

A porta do quarto se abriu fazendo um ruído totalmente irritante.
"Cat, você não vai acreditar no que o Bill- .....está falando com quem?" - Tom caminhou até mim com as sobrancelhas franzidas, sem que eu tivesse tempo de qualquer reação ele arrancou o celular de minha mão, olhando para a tela do mesmo.

"Hanse?!" - Ele rapidamente desligou a ligação, eu me levantei em um pulo tentando pegar o celular de volta, mas era sem sucesso, eu tentava agarra-lo, puxar seu braço e puxar suas roupas mas ele apenas me deu um forte empurrão que fez com que eu caísse naquele chão frio.

"Você só pode estar brincando comigo garota!" - Exclamou Tom totalmente irritado, o que o fez jogar o celular pela grande varanda a fora, eu arregalei meus olhos, senti o sangue ferver e o desespero começar a me dominar, a única oportunidade que eu tive de falar com Hanse desde sua deixa e Tom a estragou completamente.

"Qual a parte que você não entendeu que você não fala com outros homens!" - Agora eu já estava de pé novamente, eu empurrei Tom contra seu peitoral, ele fez um leve impulso para trás mas nada demais. Eu conseguia sentir o odor da raiva que ele transmitia, mas eu esperava que ele soubesse que eu também estava totalmente furiosa.