Ao sair como um furacão pela entrada e saída principal da grande casa, eu apenas corri, seguindo em frente e atravessando a longa e vaga estrada.
Dei entrada á imensa floresta que havia por ali, de dia era possível observar a beleza da natureza que havia naquele campo imenso de árvores e plantas, mas de noite parecia sombrio e escuro.A verdade era que eu me sentia extremamente revoltada, Tom não tinha noção do que ele acabava de fazer, aquelas substâncias eram a minha única salvação para escapar da realidade em que eu vivia.
E eu estou pouco me fudendo para overdoses e merdas assim, a maneira que eu me sentia após deixar as drogas percorrer meu sangue e veias era maravilhosa, e assim a guerra em minha cabeça se acalmava um pouco.Eu não quero realmente morrer, apenas quero que a dor acabe.
Eu sei que tenho falado disso o tempo inteiro e que tem se tornado difícil ficar sóbria.
Então eu conheci Tom e ele explodiu minha mente, isso foi como game-over.Enquanto meu peito subia e descia bruscamente, meu coração batia aceleradamente, assim como eu corria por aquela floresta a dentro.
Eu percorria o matagal imenso como nunca, como se eu estivesse fugindo de alguém, e talvez eu estivesse, fugindo do meu pesadelo.Quando menos reparei, eu estava longe de qualquer caminho conhecido, eu parei ali no meio, com aquelas longas árvores me observando, eu olhava ao redor, eu não estava capacitada de sequer pensar.
Deixei que minhas pernas guiassem calmamente agora, enquanto meus olhos percorriam o lugar assombrado.
As pupilas dilatadas e o corpo elétrico como um raio.
Comecei a ouvir passos, passos pesados e velozes, poderia ser alucinação, mas fez com que eu voltasse a correr novamente.Eu estava completamente perdida, eu não sabia o que fazer, eu não sabia se queria voltar para Tom, ou se queria apenas desaparecer, e mesmo que eu quisesse voltar para Tom, eu não saberia como, eu me sentia em um labirinto sem saída.
A meio da fuga eu tropecei em uma raiz de madeira arvorada que crescia pela terra, a qual ligava a um enorme pinheiro.
Meu corpo colidiu com a terra húmida coberta de folhas de diversas cores, eu gemi sutilmente com a queda, eu caí de barriga para baixo, eu podia dizer que estava quase tolerante a dor, pois eu mal sentia meu corpo.
Minha mãos se apoiaram no chão e ao inclinar levemente a cabeça para a frente eu me deparo com pequenos cogumelos, aqueles que cresciam rente ao pinheiro, eles cresciam juntos, como irmãos.
Podia dizer que haviam pelo menos uns 8 ali, mas não tenho certeza, eu não tinha certeza nem da minha existência naquele momento.
Eram bejes e possuíam um aspeto terroso, não eram apetitosos, eram altamente venenosos, mas eu sabia exatamente o efeito desse fungo.
Eu deixei um sorriso ladino escapar então.Cuidadosamente eu voltei a me endireitar, ficando de joelhos mesmo em frente aos cogumelos, planeando minha ação a seguir.
"Cat!" - Eu ouvi meu nome ser chamado, e eu conhecia muito bem essa voz, Tom.
Não pensei duas vezes, arranquei dois cogumelos de suas raizes, e imediatamente os coloquei em minha boca, deixando que meus dentes os esmagassem.
A textura era borrachuda, o sabor era amargo e nada saboroso, mas eu faria um esforço, o efeito não foi de imediato, mas não demoraria muito.
A voz masculina de Kaulitz foi ficando cada vez mais próxima, podia ouvir o som de galhos sendo pisados e o mesmo chamando por mim.Comecei a correr novamente, para longe, na direção contrária de onde eu pudesse ouvir sua voz.
"Cat!"
Ouvi novamente, mas agora longe.
A velocidade em que eu corria havia me feito chegar à exaustão, eu havia corrido tanto.
Eu estava parada no meio da floresta sem saber para onde seguir, eu não sabia onde eu estava mais, e minha visão se tornou conturbada agora.
Os efeitos começaram.
Meu corpo estava leve por um segundo, e eléctrico por minutos.
Era como se fosse uma explosão de fogo de artifício com cores vivas e chamativas, tudo estava se movendo, tudo se tornava colorido, agora não era mais escuro ou sombrio, era alegre e psicandélico.
Eu ouvia meu nome ser chamado novamente, mas dessa vez não era a voz de Tom.
Eu podia sentir presenças diferentes ao meu lado a todos o segundos, eu me virava em todas as direções em susto, mas não havia ninguém, não que minha visão me permitisse ver.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ultraviolence - Tom Kaulitz.
FanficHe hit me and i felt like a kiss. Ela dirigia uma Lamborghini rosa e ele um carro veloz e negro assim como uma pantera. Eles eram estranhamente parecidos, uma grande colisão entre eles. Tom Kaulitz, o rei de Tokyo, manipulador, autoritário e perigos...