𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐀𝐧𝐝 𝐇𝐚𝐭𝐞

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Hanse's POV

Estacionava o carro mesmo na grande garagem dos TokioHotel, enquanto Georg me indicava o quão fundo eu poderia entrar a dentro da garagem, meu carro entrava a dentro lentamente.
Observava Tom, de braços cruzados, com aqueles seus olhos vermelhos de raiva e o orgulho explodindo.
Bill ao seu lado, assim como Gustav. Eles analisavam a minha chegada.

Longos três meses longe de Cat.
Fugindo e enfrentando aquela máfia enorme que Niragi conduzia. Fora da cidade, com meus homens, nos escondendo e lutando contra aqueles leões.
Enquanto Niragi permanecia em Tokyo, mandava seus milhares de homens atrás de mim.

Foi então quando eu soube através de Loren, tudo o que havia acontecido na minha ausência.
Me tornei um grande amigo de Loren após sua saída do trabalho sujo de Niragi. Vi que aquele cara é diferente, e que seu propósito não é apenas maldade.
Desde aquele dia em que minha ligação com Cat caiu, eu tentava retornar a ligação várias vezes, mas simplesmente parava no VoiceMail.
Eu não descansei um segundo enquanto ela esteve longe de mim, ela simplesmente não atendia as ligações, e sabendo que ela estava na mesma casa que Tom, aquilo me enchia de raiva.

Mesmo minha gangue e a do Tom estando juntas nesta guerra contra a máfia Squad, isso não elimina o rancor que sentimos um pelo outro.
E eu sabendo que Tom é um homem perigoso e que nem as mulheres ele poupa de seu perigo, eu não sabia se preferia deixar Cat sozinha com Niragi á solta buscando por ela, ou se preferia deixá-la com aquele homem maluco.
No entanto eu preferia que ela estivesse comigo.
Mas tudo foi decidido derrepente, e eu nem sequer tive tempo para dar uma explicação a Cat. Eu tive que deixar a cidade imediatamente.
E só eu sei o quanto eu me culpo pela confusão que devo ter causado naquela garota.

Ela não confia em nenhum homem, na verdade ela os teme, ela entrega o seu coração a mim com fidelidade, ela confia em mim com tudo o que tem, talvez porque eu fui o único que ficou com ela e lhe deu a proteção que ela merece, nos conhecemos desde que ela possuía seus 7 anos de idade, e eu tinha 11.

Cat pegou um tipo de refúgio em mim, as coisas eram complicadas em casa, ela simplesmente não me contava o terror que seu pai lhe causava, ela sempre aparecia em minha casa perturbada, meus pais a recebiam como sua filha, e ás vezes eu mesmo a obrigava a passar a noite em minha casa.
Eu sabia que sua mãe não era presente, que ela apenas vivia com seu pai, sabia que seu pai era violento, já assisti a muitos surtos daquele homem, então sempre mantive Cat perto de mim, em segurança, até eu flagrar o momento perturbante na qual ela nunca me contou, talvez porque era tão difícil que ela simplesmente não conseguia me contar. E eu consigo entender.

Ainda me lembro exatamente, de entrar pela janela de seu quarto, como eu sempre fazia, pois seu pai não me suportava. As imagens daquele homem arrastando a pequena criança, e então ela gritava, ela gritava mais uma vez, até que ela ficou em silêncio, silêncio de terror.
Eu posso não ser realmente uma boa influência, eu era muito novo e já estava envolvido com o perigo de Tokyo.
Eu acertei em cheio com uma cadeira na cabeça daquele homem, e então meu plano era simplesmente matá-lo, até ver a expressão horrorizada da pequena Cat, vendo seu pai sendo espancado.
Não que ela possua algum tipo de afeto por ele, mas ela apenas tinha 8 anos naquela época, eu não podia permitir que ela observasse tudo aquilo.
Com seu pai inconsciente, eu chamei a polícia, o entreguei á cadeia.
Cat foi acompanha por uma psicóloga, e então ela se abriu, e expulsou tudo o que havia dentro daquele pequeno coração infantil.

Crianças não precisam de ser maduras ou fortes, crianças precisam de protegidas e inocentes.

Desde então Cat passou o resto do tempo comigo, meus pais a acolheram com todo o carinho, meu pai sempre foi um homem bondoso e minha mãe sempre foi uma mulher de glamour.

Ultraviolence - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora