𝐏𝐮𝐭 𝐌𝐞 𝐈𝐧 𝐚 𝐌𝐨𝐯𝐢𝐞

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Na parte traseira do carro, eu era mantida presa por um dos homens de Niragi, ele cobria minha boca e me prendia contra ele fortemente, várias vezes pude sentir aquelas mãos sujas percorrerem meu corpo, descendo para meu traseiro e acariciando minhas coxas, porquê? Que tipo de pecado eu cometi para passar por esse tipo de coisa.
Seu toque era nojento e não ironicamente eu sentia uma vontade imensa de vomitar, queria chorar, queria voltar para perto de Tom.
Odiava a maneira como aquele cara se aproveitava da horrível situação, alguém me dê um tiro porfavor, eu queria gritar, queria tirar aquelas mãos masculinas de cima de mim, eu não sabia como explicar a grande revolta que eu tenho contra os homens, especificamente homens, e meu pai era o responsável por todo esse medo e trauma.

Cuidadosamente eu tentava alcançar a arma em minha cintura, quando finalmente consegui não evitei em atirar na cabeça daquele, o sangue atingiu meu rosto e continuava escorrendo, um lado de mim se sentia satisfeita por acabar de matar aquele me tocava de maneira suja.

"Filha da puta!" - Gritou Niragi ao ver seu homem morrer pelo retrovisor, rapidamente pude ver o carro de Tom alcançando o seu, não demorou muito para Tom para o carro em posição lateral mesmo em frente ao de Niragi, o carro de Bill, Georg e Gustav pararam ali em frente também, deixando Niragi totalmente cercado e sem qualquer passagem, oque o obrigou a parar o carro, os restantes dos carros cujo pertenciam aos homens de Niragi pararam atrás dele.
Saí do carro rapidamente, mas Niragi foi mais rápido ao me agarrar e me puxar pelos cabelo, eu soltei um doloroso gemido.

"Você acha que eu sou burro porra?" - Gritou ele, com meu corpo colado ao seu. Pude ver o olhar desesperador de Tom ao ver que eu estava coberta de sangue.
Da mesma maneira que Niragi me agarrava, Tom agarrava um dos homens de Niragi, ele apontava uma arma no pescoço daquele, com a fúria no olhar.

"Você apenas está perdendo mais pessoas por sua burrice." - Disse Tom nervosamente zangado.
Aquela faca de antes foi apontada ao meu pescoço novamente, Niragi não aguardou e fez um corte, não foi um corte fundo "felizmente" tenho certeza que foi apenas para deixar Tom aflito.
Eu murmurei com a dor, Tom respirava descontroladamente e a arma que antes estava no pescoço daquele agora estava em sua boca, aquele ser transbordava de medo e desespero.
Eu daria tudo para correr para os braços de Tom naquele momento, eu não suportava nem sequer ouvir a respiração de Niragi.

"Eu iria levá-la para longe e matá-la longe do seu campo de vista mas você parece desesperado para vê-la morrer em sua frente." - Niragi cuspia aquelas palavras com um sorriso maluco no rosto.

"Mate-a! Vamos, faça isso! E eu te matarei da pior maneira que você pode imaginar. Eu repito, se essa garota morre, todos morrem, e nós estaremos no inferno juntos, Niragi, e nem depois da morte eu te darei paz." - Aquilo fez com que Niragi gargalhasse, o japonês largou a faca, e com sua mão livre ele foi descendo a mão, passando por meus seios e percorrendo todo o resto de meu corpo, ele fazia isso olhando diretamente para Tom, com um olhar provocador, e eu.....eu deixei as lágrimas caírem, eu as teria aguentado bastante á pouco, eu não poderia mais aguentar esse toque cheio de memórias horríveis.

Tom atirou então na boca daquele homem, expulsou sua raiva finalmente, eu cerrei meus olhos bruscamente ao ver aquela cena perturbadora.
Aquilo foi como dar um doce a uma criança para Niragi, era isso que ele queria, provocar Tom, e agora sim ele poderia me matar.

"Não! Porfavor, não! Eu me rendo!" - Eu gritei, fazendo com que Niragi parasse de me tocar, seu olhar se tornou esperançoso.

"Me leve de uma vez e tudo isso acaba!" - Então Niragi me deu uma liberdade controlada, fazendo com que eu ficasse de frente a frente com ele, então eu me ajoelhei perante Niragi.
A tensão do momento assustava todos, incluindo eu.

"Cat, não se atreva!" - Gritou Tom já avançando, mas Bill agarrou o ombro do irmão, não permitindo que Tom avançasse e então sussurrou em seu ouvido.
"Confie nela."

Niragi sorria para mim orgulhoso e totalmente satisfeito com oque estava vendo, minha mãos estavam em minhas coxas e minha cabeça baixa, deixava as lágrimas caírem no chão como se estivesse começando a chover, calmamente Niragi tirava sua arma, e a apontava sobre minha testa.

Sentia tudo em silêncio, provavelmente não estava tudo em silêncio, apenas um grande zumbido em meu ouvido, desconfortável zumbido, mas famíliar, os murmúrios daquele dia em que fui electrocutada voltaram mais uma vez, sinto que conhecer Tom foi um grande pecado.

"Pela vida da Akemi."
E então o gatilho foi puxado.

• Akemi era a falecida mulher de Niragi.
Capítulo minúsculo, me perdoem.

Ultraviolence - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora