𝐍𝐚𝐧𝐚 & 𝐇𝐚𝐜𝐡𝐢

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O quarto estava completamente escuro porém era possível ver a claridade explodindo atrás da cortina da grande varanda.
Minha cabeça martelava, a dor de cabeça era intensa, sentia meu rosto inchado e de repente todas as memórias de ontem voltaram, parecia como se eu tivesse sonhado e agora finalmente acordei.
Tom estava ainda dormindo ao meu lado, eu tinha uma grande camiseta branca vestida e apenas uma calcinha por baixo, me perguntava se teria sido Tom quem me colocou essa blusa, eu realmente esperava que não.
Eu ainda tinha em minha pele restos de sangue, me questionava como Tom conseguiu dormir ao meu lado no estado em que eu estava, para ser sincera o meu cheiro não era nada agradável.

Me levantei silenciosamente e com minhas mãos esfreguei os olhos, tentando tirar da cabeça aqueles momentos perturbadores de ontem, deixei que novamente Tom assistisse a um ataque de pânico meu, eu me sentia uma fraca total.

Fui até o guarda-roupa e peguei uma roupa limpa e em seguida entrei dentro do banheiro do grande quarto, eu estava desesperada por um banho quente, eu odiava me sentir mal cheirosa, adorava passar cremes cheirosos e perfumes doces.
Comecei a tirar as poucas roupas que eu tinha, deixando meu corpo totalmente nu, em seguida entrei debaixo do chuveiro deixando a água quente percorrer todo meu corpo, senti finalmente minha alma relaxar.

Agora eu estava finalmente com as minhas roupas limpas, meu cabelo estava hidratado novamente e minha pele suave e com um cheiro adocicado, eu adorava essa sensação, Tom permanecia dormindo profundamente, acredito que ele estava tão exausto quanto eu. Saí então do quarto e desci as escadas, não havia ninguém na sala nem na cozinha, mas pude ouvir leves batidas músicais vindo do quintal traseiro, onde ficava a grande piscina, ali estavam eles, o cheiro da carne salgada percorria minhas narinas, aquilo despertou minha fome.
Georg estava em frente á churrasqueira, grelhando diversas variedade de carne enquanto seu cigarro queimava entre os lábios, Gustav estava sentado na ponta da piscina apenas com os pés dentro de água e uma latinha de cerveja na mão, Harley estava sentada no colo de Bill, os dois gargalhavam e ambos com uma latinha de cerveja na mão.

Harley assim que me viu pulou do colo do namorado rapidamente e sorriu indo até mim, ela me abraçava com tanta força que eu sentia que eu iria me quebrar inteira.

"Você deve estar cheinha de fome amor, venha!" - Ela era tão cuidadosa e simpática eu amava aquela garota, eu sorri para ela e assenti com a cabeça, Bill me sorriu com aquele sorriso reconfortante que ele tinha, não deixei de retribuir.

"Eu trouxe seu carro Cat, está na garagem." - Disse Georg enquanto grelhava as carnes, eu fui até o maior e lhe dei um beijo na bochecha em forma de agradecimento, ambos sorrimos.
Gustav me jogou uma latinha de cerveja que felizmente consegui pegá-la com minhas mãos.
"Para a gatinha." - Eu soltei uma leve risada com a fala de Gustav, ele era tão atencioso.

"Ficamos felizes que está bem Cat, você é muito corajosa." - Disse Bill envolvendo seu braço em volta de meus ombros e me puxando para perto dele, sinceramente eu senti uma grande vontade de chorar naquele momento, aquelas palavras de afirmação totalmente confortáveis que eu nunca havia recebido antes, a não ser de Hanse.
Eu senti minhas bochechas corarem com aquele carinhoso tratamento, apenas sorri para todos que estavam ali, sem nem sequer conseguir falar.

"Tom ainda está dormindo?" - Perguntou Harley, enquanto me levava um prato com pequenos pedaços de carne.
"Penso que sim, ele parecia cansado. Obrigada!" - Levei um saboroso pedaço de carne até á boca, aquilo estava tão bom e o seu tempero era perfeito! Fiquei horas sem comer, sinto que meu estômago implorava por alimentação.

"Estou acordado agora." - Ouvi a voz fria de Tom entrar no ambiente, ele entrava pelo quintal a dentro acendendo um cigarro, ele estava apenas de bermuda seu peito completamente nu, todos então voltamos nossos olhares para ele, Bill o comprimentou e logo em seguida o puxou para mais perto de nós, Tom resmungava ao ser puxado.
Desviei meu olhar do alemão e fui até Georg para pode pegar mais carne.
"Isso está tão bom Georg!" - Elogiei aquele, enquanto roubava um pedaço de carne do grelhador.
"Eu sei, fui eu que fiz." - Respondeu ele todo convencido, lhe lancei um rosnar oque fez que ambos caíssemos na gargalhada.

Ultraviolence - Tom Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora