Capítulo 9

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Memórias de Adam

Após o café da manhã fomos ao shopping comprar as coisas para meu, quase nosso, apartamento. 
Serenity era boa nisso, ela tinha gosto para as coisas.
Aproveitei que paramos para almoçar e liguei para o médico da família, pra cuidar de senhor Jonas. Um dos funcionários da minha empresa ficaria responsável por buscar e levar ele.

- Você é um anjo, sabia? - Ela me olhava com aqueles grandes olhos verdes.

- Sou é? - Levantei da cadeira na frente dela e sentei ao lado dela. Peguei a mão dela e dei um beijo.

- Sim, você é. Quem faria isso por um desconhecido?

- Quando casarmos podemos levá-lo pra morar conosco. O que acha?

- Sério? Está falando sério? Ah Adam! - Ela começou a chorar. Eu não conseguia vê -la chorar.

- Para de chorar, vem aqui que eu vou te abraçar.

- É choro de alegria. Eu te amo.

- Eu que te amo. Mais tarde contaremos a novidade pro senhor Jonas. Tá bom?

- Tá bom.

- Agora vamos comprar roupa pra mim, você vai me vestir. - Peguei a mão dela e sorri.

Desse dia em diante nunca mais nos desgrudamos. Casamos três meses depois de termos nos conhecido. Sr. Jonas viveu conosco por três anos, até chegar sua partida. No ano que ele faleceu nossa querida filha nasceu, ele sempre a chamava de raio de sol. Ainda dentro da barriga ela pulava ao ouvir a voz dele. Por isso optamos em por o nome de Sunshine, ele amou o nome.

Éramos uma família feliz e unida. Antes de sua morte, senhor Jonas deixou sua empresa pra Serenity. Ela administrava tudo com muito zelo.
Após a morte de Jonas, Serenity contratou Laura, filha de Carlos, para administrar a empresa. 
Lua se tornou babá de  Sunshine.
Morávamos em uma casa de dois andares, de frente para o mar. Todos os dias a tarde íamos para a beira da praia ver o pôr do sol, desde que me casei com Serenity. Isso virou um hábito, Sunshine passou a gostar também. Todas as vezes que saíamos, falávamos para Sun olhar para o horizonte, que logo iríamos voltar. E assim ela fazia, pra não se sentir sozinha, pois de onde estivéssemos estaríamos olhando o pôr do sol também. 
Woo-Bin também já tinha um filho, ele era um ano mais velho que nossa filha. Ele casou com a moça que arrumaram pra ele, se casaram no mesmo ano que eu me casei.
Ele sempre jogava indiretas para Serenity, ainda mais quando estava bêbado.
Teve uma vez que tivemos um desconforto, ele queria beijar Serenity a força. Ficamos por meses sem nos falar.
Hoje comemoramos o aniversário de sete anos de Sunshine, pela manhã fizemos um café da manhã pra ela e pretendemos levá-la pra sair mais tarde. A deixamos com seus amiguinhos comemorando seu aniversário e vamos pra reunião. Serenity preparou tudo, ela sempre sabe o que fazer e como nos agradar. Já estamos juntos há dez anos e parece sempre que é a primeira vez quando a olho, nosso amor se torna maior e mais forte a cada dia.
Bin ficou de vir nos buscar, iriamos de carro. Mas ele fez questão de nos levar, pois iria levar Seo-joon.

Fomos para a reunião com Bin. Sentei no banco da frente ao lado de Bin e Serenity sentou atrás. Olhei pra janela e lá estava Sunshine me dando adeus. Sussurrei pausadamente que a amava e ela me retribuiu fazendo um coração com as mãos. Senti meu coração tão apertado nesse momento. Tínhamos prometido de voltar logo, mas algo me dizia que não deveríamos ter saído de casa.

Ao chegar no navio fomos bem recepcionados, todos gostavam muito de Serenity. Ela saiu para atender uma ligação de Laura e logo voltou com a notícia de que a empresa de cosméticos tinha expandido mais e acabara de abrir uma filial na Suiça.
Aproveitamos para comemorar mais essa conquista.
Ninguém além de mim sabia da empresa. A não ser por Carlos e sua família. A empresa estava no nome de Sunshine, tenhamos muito o pé no chão quanto a morte, pois sabíamos que a vida é um sopro. Caso acontecesse algo conosco, Sunshine estaria com o futuro garantido.

Fui atender alguns investidores e Serenity ficou na mesa com algumas amigas. A tarde foi chegando e eu já estava ansioso pra ir embora. Perdi Serenity de vista e logo fui procurá-la.

Memórias de Serenity

Adam estava com alguns investidores, enquanto eu estava com umas amigas sentada em uma mesa. Decidi levantar pra tomar um ar, fui caminhando pra lateral do navio. Estava muito enjoada, a reunião demorou mais do que prevíamos.
O sol já estava se pondo e eu já estava entediada de estar ali. Senti uma mão quente em minhas costas e logo senti um puxão pela minha cintura. Na hora pensei ser Adam, mas infelizmente não era.

- Você está tão sexy nesse vestido vermelho de um ombro só. - Aquela voz era familiar.

- Você está ficando louco? - Empurrei Woo-bin e tentei me afastar. Ele segurou meu braço e me puxou pra perto dele.

- Você ainda vai ser minha. Nem que isso seja a última coisa que eu faça. Por que vocês são tão felizes? A família perfeita... - Sua voz era de uma pessoa bêbada. - Enquanto eu tenho que fingir amor por uma mulher que não tenho prazer em estar perto.

- Me solta! Você está bêbado. - Ele enfiou a sua mão nos meus cabelos e entrelaçou os dedos. Tentava me beijar a todo custo.

- Vem aqui, você  vai ser minha. - Ele me puxava pelos cabelos.

- Larga ela seu desgraçado! - Adam chegou e deu soco nele. Me puxou e me colocou atrás dele.

- Adam, Adam... Você vai se arrepender disso! - Ele limpou o sangue que escorria no canto de sua boca e foi com tudo pra cima de Adam.

- Para! Woo-bin, para com isso. - Eu gritava desesperadamente. Adam só empurrava ele dizendo que não queria machuca-lo.

- Só tem jeito de você ser minha Serenity. - Ele puxou uma arma do terno e apontou para Adam.

- Você está ficando maluco? - Adam falava com ele.

SunshineOnde histórias criam vida. Descubra agora