Capítulo 54

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Sunshine narrando

Estou com tanto medo de Joon me deixar. Mas como ele me garantiu que não vai, eu estou mais aliviada. Me falta coragem pra falar com ele.

Nós dois não temos nada haver com nossos pais, com o tempo eu devo conseguir perdoar Woo-bin. Foi uma fatalidade, assim como Pablo fez comigo. Talvez Joon esteja com medo da minha reação, mas eu sou madura o suficiente pra entender que ele não teve nada haver com toda história. Ele foi tão pego de surpresa quanto eu.

Tenho andado sem apetite e só quero dormir, não consigo tocar no assunto com Joon e isso tem me feito mal. Joon anda meio preocupado e com pensamentos distantes.
Já se passaram três dias, desde que o pai de Joon veio aqui e eu ainda não consegui falar com ele sobre o assunto.

Acordei com a febre alta novamente, levantei e Joon não estava do meu lado, fui em direção ao banheiro, ao chegar de frente a pia minha vista escureceu.  Quando dei por mim estava no chão, toda ensanguentada. O espelho caiu no meu braço, onde tem o corte e fez um furo profundo.
Minha cabeça dói e tudo em minha volta está rodando. Tentei gritar por Joon, mas eu estou muito fraca.

- Joon... Joon... - Minha voz saia  muito baixa.

Seo-joon narrando

Acordei e coloquei a mão em Sun, ela estava queimado de febre. Desci pra pegar água para dar remédio a ela. Aproveitei para fazer umas torradas e suco de laranja, ela tem andado deprimida esses dias, por isso a febre. Tenho andando com pensamentos distantes, tenho que arrumar um jeito de contar para ela. Não sei qual vai ser a sua reação, mas eu não posso esconder isso dela. Estou esperando seu psicológico ficar mais forte.

Ouvi um barulho, parecia alguma coisa caindo. Peguei as coisas, arrumei na bandeja e subi. Ao entrar no quarto não vi Sun na cama. Quando olhei para o banheiro, lá estava ela, caída no chão e uma poça de sangue em volta dela.
Corri em sua direção e a peguei do chão, tinha cacos de vidro por todos os lados.

- Sun, acorda. Sun... Não faz isso comigo de novo. Sun... - A sacudi, mas ela não esboçava reação. A coloquei na cama e verificarei os ferimentos, fiz uma bandagem em seu braço e a coloquei no carro. Dirigi para o hospital mais perto, levei dez minuto para chegar. Sai do carro e a peguei nos braços. Entrei correndo pela porta da emergência, logo a receberam, dessa vez eu entrei junto.
A colocaram em uma sala, enquanto ela tomava medicamento intravenoso, seu braço foi limpo e costurado. Tomou três pontos no pulso.

- Ela perdeu muito sangue. Vai ter que tomar transfusão e vai ter que ficar em observação. Essa febre tem que abaixar. - O médico veio falar comigo. Expliquei a ele tudo o que ocorreu com a saúde dela durante esses últimos dias. Ele a internou e eu fiquei ali também.

A transfusão deu reação nela, ela se debatia muito. Eu já estava ficando nervoso vendo aquilo, o médico disse que era normal, pois ela teve uma febre muito alta. Mas que ela tinha que se acalmar, pois podia dar parada.
Fui até ela pra tentar acalma-la, mais uma parada cardíaca de Sun eu não aguentaria.

- Oi meu amor, eu estou aqui. Tenta se acalmar, você precisa ficar calma. E outra coisa, eu sei que você está muito sonolenta esses dias, mas estou pedindo para você acordar pra ficar comigo um pouco. Me desculpe não cuidar direito de você. Eu te deixei para pegar um remédio pra você... Não me dá mais sustos não, por favor... - Falava sobre a parada cardíaca e estava inquieto com medo de coma novamente.

- Eu que sou estabanada. - Ela falou e riu. - Eu não sei me virar sozinha. - Seu corpo ainda dava uns repuxos, efeito da transfusão

- Ah Sun... Você ainda vai me matar de desespero. - Eu tentava segurar as lágrimas. - Não me dá sustos assim...

- Joon, você não pode morrer. Eu não posso ficar viúva antes de casar. - Eu sorri pra ela.

- Então para de me dar susto. - Passei a mão em seu rosto.

- Joon, casa comigo? Eu estou com muito medo de te perder, isso tem me feito muito mal.

- É o que eu mais quero, mas tem uma coisa que eu preciso te contar... - Meus olhos denunciavam a tristeza e o medo. - Vamos esperar chegar em casa, daí conversamos.

- Eu já sei o que é... Já sei o que você tem pra falar comigo.

- Como assim você sabe? É algo muito difícil de falar, estou buscando um jeito de contar isso há dias.

- Eu desci pra buscar o carregador do notebook, no dia em que seu pai estava lá. E eu ouvi tudo o que ele disse a respeito dos meus pais, desculpe. - Ela abaixou os olhos.

- Como assim... Você sabe? E como você me pede em casamento? Era pra você estar querendo distância de mim, esse tempo todo você sofreu por causa do meu pai.

- Isso mesmo, por causa do seu pai. Não tem nada haver com você. Pelo contrário, se não fosse por você eu não estaria aqui. Eu não quero ter que viver sem você Joon. - Os olhos delas estavam rasos de lágrimas.

- Sun, você vai conseguir lidar com isso?  Você tem certeza do que está falando? - Eu não estava acreditando na maturidade dela.

- Joon, eu amo você. Eu enfrento tudo por você, meu amor. Eu só não posso ficar sem você na minha vida. Eu não quero ter que me afastar de você, Joon. - Ela começou a chorar.

- Sun... Me perdoa. Eu peço perdão em nome da minha família. - Me aproximei dela a tomei seus lábios. - Eu te amo, eu te amo. Me perdoa!

- Eu não tenho o que te perdoar. Só não deixa isso atrapalhar nosso amor. Não me deixe, eu te imploro. Vamos ser felizes, eu só quero você.  - Eu a beijava enquanto ela falava.

- Eu caso com você. Eu caso hoje, amanhã... O dia que você quiser. - Eu enxugava as lágrimas com as costas das mãos.

- Vou pedir minha alta, daí vamos logo paro cartório. - Ela sorriu pra mim e eu tomei seus lábios.

- Eu  estava com tanto medo... - Falava entre os beijos. - Obrigado por me aceitar em sua vida. Obrigado minha vida. Obrigado. - Nós dois estávamos em prantos.

- Eu não vou viver sem você. Eu enfrento o que for preciso.

- Eu também meu amor, estou disposto a tudo por você. Eu nunca vou soltar a sua mão.

SunshineOnde histórias criam vida. Descubra agora