Sunshine

Capítulo 35

Sunshine narrando

Descemos e fomos tomar café da manhã. Joon me contou sobre Pablo, que estava o perseguindo.

- Mas por que ele faria isso?

- Isso que eu gostaria de saber. Eu acho que ele quer saber onde você está.
Pablo não parece ser um cara que desiste fácil. Estou pensando em instalar algumas câmeras na sua casa.
O que você acha?

- Por mim, tudo bem.

- Vou ligar para a empresa que mexe nas câmeras lá do consultório. Vou marcar com eles.

- Eles podem instalar o programa no meu e no seu celular. Assim eliminamos todas preocupações. Assim que eu tiver um tempo hoje, vou ligar para Ramony.

- Eu só temo por você. Sei que não devemos viver coagidos, mas não sabemos com quem ele anda, o que é capaz de fazer...

- Verdade meu amor, você tem toda razão. Depois dele tentar me agarrar a força, eu não espero mais nada dele.

- Isso mesmo que eu penso. As vezes achamos que conhecemos as pessoas, mas nos enganamos.

Tomamos café da manhã e saímos para o tal passeio que Joon tinha planejado. Nunca tinha passeado de  Gôndola. É bem legal.
Fomos no Piazza San Marco

Após o passeio, fomos no vinhedo. Foi divertido ver Joon amassando uvas com os pés. Parecíamos duas crianças brincando em uma poça.

Almoçamos em um restaurante de frente para o mar. Nosso dia estava perfeito.
Decidi ir em algumas lojas para comprar utensílios para a casa nova.
Joon me ajudou a escolher as coisas e me ajudou a carregar as malas.

Voltamos para casa e paramos em frente a casa nova. Começamos a tirar as coisas do carro.
Um carro estacionou na garagem da casa ao lado e Mariano desceu, veio caminhando em nossa direção.

- Querem ajuda?

- Não, obrigada, já estamos acabando aqui. - Falei pra ele e entrei na casa.

- Obrigado mesmo. - Joon parou para falar com ele.

- Como é mesmo seu nome?

- Seo-joon.

- Seo-joon, precisando de algo é só falar. Deixa eu te perguntar uma coisa, você conhece alguma cozinheira por aqui? E faxineira também.

- Bem, tem uma senhora que limpa a minha casa de quinze em quinze dias. Cozinheira eu não tenho, as refeições geralmente faço na rua ou eu mesmo faço.

- Entendi, vou querer o contato da faxineira.

Eu estava na sala escutando eles conversarem , não quis sair pra evitar os ciúmes de Joon.
De lá dava pra ver o desconforto dele.

- Uma ótima noite pra vocês, Seo-joon. Vou descansar, o dia foi extremamente cansativo hoje. Manda um abraço pra sua noiva... Sunshine, não é isso?

- Isso, Sunshine. Pode deixar que mando.

- Até mais! - Ele acenou e entrou em sua casa. Dava pra ver a fumaça subindo da cabeça de Seo-joon. Corri para o banheiro antes que ele me visse, tentei prender a risada.

- Sun... - Ele andava pela casa me procurando.

- Estou no banheiro!

- Ah tá! Desculpe.

- Não precisa se desculpar. - Falei abrindo a porta. - Só vim pro banheiro pra não rir de você surtando lá fora. - Tapei a boca com as mãos e deu uma gargalhada.

- Então você estava me vigiando?  Você acha isso engraçado? Acha? - Ele começou a me fazer cócegas.

- Para! Para... - Minha barriga doía de tanto que eu ria.

Ele sentou em cima de mim e se inclinou pra frente. Eu estava presa entre as pernas dele. Ele apoiou uma mão de cada lado da minha cabeça.

- Eu não queria sentir isso, mas eu sinto. Não é que eu vá te proibir de nada, eu confio em você. Mas eu não consigo imaginar alguém querendo se aproveitar de você.

Seu rosto estava muito próximo do meu, seus  lábios quase encostavam nos meus. Aquele hálito maravilhoso me deixou fora de órbita. Ele olhava dentro dos meus olhos, sua respiração era profunda.

- Me beija... Me beija por favor. - Ele deu aquele sorriso que deixa as covinhas amostra, que é de enlouquecer qualquer uma. Puxei ele pelo pescoço e mergulhei nos seus lábios.

- Quero casar logo com você... - Ele sussurrou nos meus lábios. Ele juntou as sobrancelhas e mordeu os lábios. Ele olhava no mais profundo dos meus olhos.

- Quer marcar para amanhã? - Falei e lambi meus lábios, sentindo seu gosto.Como ele é lindo

- Quem me dera se dependesse só de mim... Tenho que ir na Coreia ainda. - Seus olhos encheram de lágrimas e seu semblante se abateu.

- Quer que eu ligue para seu avô? - Falei  pra fazê-lo sorrir. - Vou falar que você já tem uma noiva aqui e que eu não vou deixar você sair de perto de mim.

- Quem dera poder resolver pelo telefone. Nossa tradição é diferente daqui, temos que reverenciar os idosos. Temos que trata-los formalmente. Se não precisasse ir lá, eu mudaria até de número de telefone. Eles nunca mais me encontraria - Ele riu e se jogou no chão ao meu lado.

- Então... Se eles te prenderem lá e te obrigarem a casar? - Minha voz era trêmula, segurei pra não começar a chorar.

- Eu fujo, só vou ficar lá por dois dias, no máximo. Já está tudo planejado.

- Eu estou com muito medo. Não quero ficar sem você. - As lágrimas vieram nos meus olhos.

- Não chora, não consigo ver você chorar. Vem aqui! - Ele me deitou no seu braço. - Você não vai ficar sem mim, eu prometo. Ainda que eu tenha que me submeter a algo, sem você eu não fico.

- E se você casar antes de ir? Eu caso com você antes de você ir. - Levantei a cabeça para olha-lo.

- Eu queria muito. Mas infelizmente não posso. Você acha que não já pensei nisso? Mas eu tenho que fazer tudo certo. Vou resolver tudo e vou voltar pra você.