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         Saio do banheiro com a toalha em volta do meu corpo, vou até o meu quarto e já trato de passar os meus produtos corporais, visto um conjunto de calcinha e camisola verde musgo, de tule e com detalhes de renda.

         Saio do banheiro com a toalha em volta do meu corpo, vou até o meu quarto e já trato de passar os meus produtos corporais, visto um conjunto de calcinha e camisola verde musgo, de tule e com detalhes de renda

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          Passo desodorante, um body splash e arrumo o meu cabelo em coque meio desengonçado, devolvo a toalha para o banheiro e já trato de ir começar a fazer a lasanha.

           Eu estou cansada, estressada, com fome, com sono e tudo mais que eu tenho direito, isso porquê hoje ainda é segunda-feira, meu Deus do céu, eu preciso urgentemente trocar de emprego, aquele lugar vai acabar arrancando o meu coro e o resto do meu juízo ainda.

Leonardo Martins

BR: está na cara que tu tá afinzão da Carolina, vai atrás porra, para com essas noias de não querer se apegar, vai atrás dela e vai ser feliz seu arrombado, se não desse jeito tu vai acabar aí sozinho, totalmente infelizmente, enquanto isso a Carolina vai estar com um cara legal, morando longe daqui com a família dela, ou pior, vai continuar morando naquela mesma casa e esfregando a felicidade dela no meio da sua fuça- fala e eu nego com a cabeça.

Eu: para de coisa Bruno, eu hein, me deixa cara, já tô cansado de falar que eu e a Carolina é só coisa de fim de noite- falo e ele nega com a cabeça.

BR: tá bom, eu vou deixar você em paz, mas ó, quando você estiver aí, sozinho, infeliz, com quarenta anos na cara, e a Carolina estiver com trinta e dois anos, aí toda feliz com a família dela, marido, filho e o que mais ele tiver direito, você não vem chorar perto de mim não- fala e eu só olho para ele com cara de tédio- e ó, pode ser aquele cara lá que ela saiu viu?!- fala e eu respiro fundo tentando continuar calmo.

Eu: me deixa BR, porra cara- falo sem paciência nenhuma.

BR: calmo, calmo, eu só acho engraçado que você caçou no Rio de janeiro todinho onde ela ia estar com o cara, me deu quinhentos reais para ir atrapalhar o encontro, fico todo casalzinho com ela depois disso, mas não corre atrás- fala e levanta me olhando- você tem que se libertar dessa cara, se liberta desse negócio "ah, não vou ter mulher e nem filho para ninguém sofrer por mim, porquê essa vida só tem dois caminhos, a morte ou a cadeia"- fala tentando me imitar e eu nego com a cabeça.

           Ele bufa e sai andando da minha sala, eu saio também fechando a porta, me jogo no sofá que tem ali na entrada junto com alguns moleques, do outro lado só o BR batendo papo com uns dois vapores, eu aqui na minha só prestando a atenção em tudo o que tá rolando a minha volta.

             Vejo um grupo de vapores me olhando de longe e conversando algo entre eles, ergo só uma sobrancelha olhando para eles sério, odeio ser assunto dos outros, não tem nada que me estresse mais do que ter gente falando de mim assim, na caruda.

- ae chefe, sem querer te atrapalhar e nem nada desse tipo, mas hoje eu tava vendo a mina que lá tá dividindo casa com o senhor, ela tá solteira?- pergunta e eu apenas ergo mais a minha sobrancelha, olho para o BR que tá me olhando atento, com um sorrisinho de canto.

Eu: não, tá não, a Carolina não está solteira, e não é para o bico de nenhum de vocês- falo e levanto boladão- o primeiro que chegar da Carolina vai se ver comigo, o papo é outro- falo em alto e bom som para que todos possam escutar.

BR: tá indo na onde?- pergunta enquanto eu saio da principal.

Eu: para casa, eu preciso de um banho e a Carolina já deve estar em casa uma hora dessas- falo olhando o meu relógio e já saio andando.

           E assim eu faço, subo direto para a minha casa e assim que eu entro, já tenho a bela visão da Carolzinha fazendo alguma coisa na cozinha, vestindo apenas uma camisola transparente verde, cabelo preso e descalça, oh mulher gostosa do cão.

               Fecho a porta a trancando e já passo direto para o banheiro, ignorando completamente a beldade de mulher que tem na cozinha. Já trato de tirar a minha roupa e me jogar em baixo do chuveiro gelado.

              Não demora muito para a minha cabeça viajar, ir para longe, logo me vem pensamentos sobre a Carolina, a minha imaginação começa a viajar também, logo me vêm imagens da Carolina se casando, se casando com outro homem, grávida, barriga crescendo, família feliz, e eu apenas de longe, observando tudo.

Carolina Monteiro

         Eu escuto o Perigo saindo banheiro e indo direto para o quarto, eu nem ligo muito para isso, ele chegou batendo porta, trancando ela na maior brutalidade, aí foi direto para o banheiro e quase quebrou a porta quando bateu, eu escutei ele socando a parte e xingando.

              Esse aí teve um dia de cão, já tô até vendo que deve estar com um humor daqueles, as portas e paredes dessa casa que lutem hoje, amanhã e muitos mais dias que viram pela frente.

                   Termino de montar a lasanha, coloco a travessa dentro do forno e já estico os meus braços em frente a pia, me espreguiçando, ja me preparando para começar a lavar a enorme pilha de louça a minha frente.

              Mas tudo ocorreu muito rápido, uma hora eu estava me alongando em frente a louça, no outro momento a minha cintura estava sendo agarrada numa brutalidade só, o Perigo me gira me colocando de frente para e não demora para me agarrar.

            O seu beijo é bruto, cheio de necessidade, a sua mão deslizando por todo o meu corpo, apertando cada pequeno espeço, me puxando para mais perto dele, um beijo cheio de urgência da parte dele, eu nunca vi o Perigo desse, e muito menos já fui beijada assim por ele.

Eu: o foi isso?- pergunto ofegante após ele separar o beijo por conta da falta de ar.

Perigo: você é minha Carolina, você é minha e ninguém pode chegar perto de você, você é só minha Carolina, apenas minha- fala e eu fico confusa.

Eu: eu não sou sua, eu não sou um objeto Leonardo- falo e ele da de ombros.

Perigo: não estou dizendo que é um objeto, estou dizendo que você é minha, e eu estou foda-se para o que tu pensa, você é minha, só minha, a gente vai sair, vai construir a porra de um relacionamento, uma família, eu sou a porra do seu homem e você a minha mulher, e eu não quero saber se você concorda ou não, qualquer cara que chegar perto de você eu mato, e mato sem pensar duas vezes- fala e eu apenas continua estática.

Eu: não é assim que as coisas acontecem Leonardo- falo e ele da de ombros.

Perigo: um foda-se bem grande Carolina, agora vai ser assim que as coisas rolam, e agora sai daqui vai, deixa eu lavar essa louça- fala me empurrando para fora da cozinha.

         E eu não sei nem que reação ter, meu Deus do céu, o que foi que deu na cabeça desse homem agora? Valha-me misericórdia, agora o homem endoidou de vez, e pelo jeito está querendo me endoidar de uma vez só, a partir de agora.

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