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         As horas se passaram e nós quatro aqui na sala ainda, as meninas dormiram, eu prestando atenção na série, o Perigo jogando mexendo no celular enquanto faz um carinho na minha cintura.

Eu: vamos colocar elas lá na cama?- pergunto olhando para o Leonardo que me olha confuso.

Perigo: eu achei que elas iam dormir aqui- fala e eu nego com a cabeça.

Eu: a gente coloca elas lá na cama e nós dois dormimos aqui- falo e ele confirma com a cabeça.

        Levantamos do chão com cuidado, eu vou acender a luz da sala enquanto ele pega a Mari no colo, eu pego a Gabi e seguimos os dois para o meu quarto, colocamos as meninas na minha cama e cobrimos elas bem bonitinho, saímos deixando a porta aberta e voltamos para o colchão.

            Deitamos juntinhos, ele já tratou de tirar Barbie e colocar uma série qualquer na TV, mas eu estou tão cansada, mas tão cansada que preferi apenas tentar dormir agarradinha nele.

Perigo: cê quer dormir né?- pergunta deixando o celular de lado e eu confirmo com a cabeça.

Eu: eu estou tão morta de cansada- falo e ele apenas desliga a TV.

Perigo: então vamos dormir, eu vou colocar os celulares para carregar- fala levantando.

Eu: obrigada- falo dando um selinho nele quando ele volta a se deitar comigo.

          Ele me puxa mais para ele e começa a fazer um carinho na lateral do meu corpo, bem fofinho mesmo, e assim eu também não demoro a dormir, quando eu pensei que não já estávamos nós dois no décimo quinto sono, um coladinho no outro.

Bruno Ricardo

No outro dia de manhã:

Cíntia: eles devem estar dormindo- fala do meu lado enquanto eu bato na porta da casa da Carol e do Perigo.

Eu: relaxa, eu tenho a chave da porta aqui, aí tu entra, pega as tuas coisas e gente parte para a minha casa- falo já sacando a chave do meu bolso.

        Abro a porta da casa e já dou bem aquela olhada, só para ter certeza que eles não estão se comendo por aí, quando vejo que não, que esse é um ambiente apropriado para pessoas decentes como eu, entro com a guria e já fomos buscar as coisas dela no quarto, mas no meio do caminho nós dois paramos encarando a cena.

         O Perigo e a Carolzinha dormindo em um colchão no chão, ele deitado de barriga para cima, um braço atrás da sua cabeça e o outro em volta do corpo de Carolzinha, já ela deitada bruços, toda agarrada no Perigo, tirei até uma foto para guardar de recordação dessa cena.

Cíntia: se eles estão aqui, as duas pequenas devem estar dormindo no quarto da Carol, vou lá buscar as minhas coisas, já volto.

Eu: as pivetas estão aí? Por isso que os dois estão de roupa- falo e ela da risada indo para o quarto.

         Me sento no braço do sofá só para esperar a Cíntia mesmo, conheci a mulher no domingo, domingo mesmo já deixei ela em casa e foi aquela coisa, aí terça a gente se viu de novo e ontem de novo, guria tem uma foda boa pô, sou solteiro, não devo nada a ninguém.

Perigo: aí caralho, que susto seu arrombado- fala do nada e eu olho vendo ele acordado.

Eu: culpa não é minha se tu se assusta com qualquer coisa- falo e ele nega com a cabeça.

Perigo: aham, até porque é muito normal acordar com um marmanjo sentado no sofá, do lado de onde eu tô dormindo- fala e eu dou de ombros- tá fazendo o que aqui?- pergunta sentando devagar no colchão, para não acordar a Carolzinha.

Eu: vim com a Cíntia, ela veio pegar as coisas dela e a gente já vai lá para casa de novo- falo e ela confirma com a cabeça.

Perigo: ih carai, já tá assim?- pergunta me zoando e eu já ergo o dedo do meio para ele.

Eu: quer falar o que? Não foi eu que dormi todo agarrado- falo e ele da de ombros.

Perigo: mas é ela minha mulher, olha a diferença- fala e eu dou risada.

Eu: tua mulher, essa foi boa viu?!- falo dando risada e logo a dona Cíntia aparece.

Cíntia: pronto, já podemos ir- fala e eu levanto do sofá- tchau Leonardo, bom dia- fala saindo da casa e nós dois demos risada.

Eu: falou aí, até mais tarde- falo e saio também.

        Tranco a porta novamente e saio com a doida lá para a minha casa.

Carolina Monteiro

Algumas horas mais tarde daquele dia.

Perigo: dormiu bem?- pergunta me dando um selinho enquanto eu passo o café.

Eu: melhor impossível, eu estava tão cansada, mas tão cansada, que é impossível eu não dormir bem- falo e ele confirma com a cabeça.

Perigo: sei bem como é que é, eu estava tão cansado que nem sei como aguentei até aquela hora- fala colocando o pão dele na sanduicheira.

           Acordamos faz pouco tempo, na real ele acordou primeiro e voltou a dormir, depois nós dois acordamos juntos, já arrumamos a sala, eu já escovei os dentes, ele na até tomou banho e foi na padaria comprar pão e frios para a gente tomar café da manhã.

           As meninas ainda estão dormindo, e estão dormindo tão fofinhas que chega dá dó de acordar elas, ainda bem que o Leonardo falou que ia passar o dia com elas aqui, só ia levar elas lá na casa delas a noite.

             Eu vou no shopping com a Cíntia e o BR só mais tarde, depois do shopping eu vou lá na casa do próprio BR fazer o bolo do Leonardo, e espero só voltar para casa quando ele já estiver na mãe dele, como vou fazer para esse bolo a noite inteira na geladeira? Eu não faço a menor ideia, mas para tudo tem um jeito nessa vida.

Perigo: tô cheio de b.ó na boca- fala mexendo no celular- pelo menos estamos faturando bem, logo logo eu já tô no topo de novo- fala e me olha.

Eu: que bom então, enquanto isso o meu trabalho só falta me matar, qualquer dia eu perco o meu réu primário por tacar um tijolada em alguém- falo e ele da risada alto.

Perigo: de você eu não duvido nada- fala ainda rindo.

LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora