Perigo: ah qual é Carolzinha, vai me dar nem um beijinho?- fala enquanto entramos em casa.
Eu: não, você estragou uma bela e gostosa noite de sexo- falo me sentando no sofá para tirar o tênis dos meus pés.
Perigo: você pode ter essa bela e gos issotosa noite de sexo comigo- fala e eu nego com a cabeça.
Eu: não, agora eu vou dormir, porquê amanhã cedo eu tenho terapia- falo e ele me olha com uma sobrancelha erguida.
Perigo: vai para a terapia?- pergunta e eu confirmo com a cabeça.
Faz umas duas semanas que eu comecei a terapia, os pesadelos estavam piorando, fazendo assim a minha ansiedade e o meu pânico piorarem junto, então a minha melhor e única alternativa, era a a terapia, te contar hein, tem me feito um bem danada, não me arrependo de nadinha.
Eu: boa noite Leonardo- falo e sigo direto para o meu quarto.
[...]
Me levanto com o meu despertador tocando, sigo para o banheiro e já tomo um banho maravilhoso, escovo os dentes e saio do banheiro com a toalha em volta do meu corpo, sigo até o meu quarto e já trato de passar os meus produtos corporais, visto a primeira calcinha que eu vejo na minha frente, um top branco da Calvin Klein, uma calça jeans clara rasgada, meio larguinha no corpo e um cropped bem curto amarelo, naquele estilo de camisa de baseball, larguinha no corpo, e nos meus pés apenas um all star branco.
Passo perfume, desodorante e uma maquiagem leve, arrumo o meu cabelo o deixando solto mesmo, pego carteira, celular e chave de casa, devolvo a minha toalha para o banheiro e já saio de casa.
Perigo: já está indo?- pergunta e eu confirmo com a cabeça.
Eu: já sim, tchauzinho, não invente de fazer nenhuma festa nessa casa hoje- falo e saio de casa trancando a porta.
Perigo: VAMOS ALMOÇAR NA MINHA MÃE, NÃO ESQUECE- grita do lado de dentro de casa e eu apenas grito um "TA BOM" de volta.
[...]
Dra. Suzana: você não acha que já está na hora de apagar as marcas do seu passado?- pergunta e eu dou de ombros.
Eu: eu nunca parei para pensar nisso- falo e a minha médica me olha atenta.
Dra. Suzana: Carolina, todos os dias você tem que se olhar no espelho e ver as suas cicatrizes, você mesmo me disse uma vez que isso é algo que te incomoda muito, o que você acha de resignificar as suas cicatrizes?- pergunta e eu fico um pouco pensativa.
Eu: com tatuagens? Eu conheço alguns tatuadores ótimos- falo e ela da risada.
Dra. Suzana: da forma que você quiser Carolina, são as suas cicatrizes, é o seu corpo, é a sua vida, você que tem que saber a forma certa de resignificar tudo isso- fala e eu confirmo com a cabeça dela- tem tomado os seus remédios- pergunta e confirmo com a cabeça
Eu: só quando não consigo dormir direito, acho que só tomei umas duas vezes desde que começamos- falo e ela confirma com a cabeça.
Dra. Suzana: e os remédios para ansiedade e para o pânico?- pergunta e eu nego com a cabeça.
Eu: não, eu não estou tomando os remédios, eu não vou me intupir de remédios fortes todos os dias, eu já achei uma forma de aliviar o meu estresse, a minha ansiedade, o meu pânico, tudo, eu ainda não preciso de tantos remédios- falo e ela me olha atenta.
Dra. Suzana: e que forma é essa? Ioga? Exercícios? Tricô?- pergunta já anotando no caderninho dela.
Eu: cozinha, eu estou usando a minha cozinha para me distrair, de vez em quando eu já imendo em uma faxina, lavar uma roupa, mas é isso- falo e ela confirma com a cabeça.
[...]
Subo o complexo a pé até a casa da mãe do Leonardo, a dona Rosada é um anjo na minha vida, o Léo que tem sorte de ter essa mulher na vida dele como mãe, ainda mais com aqueles dois anjinhos lindos.
Eu estou bem apegada a família dele, todos ele me acolheram tão bem, me fazem tão bem, eles são anjos na minha vida, e eu sou muito grata a Deus e ao universo por ter colocado todos eles na minha vida.
Eu: licença, estou entrando- falo abrindo a porta da casa e entrando.
Dona Rosana: Carol meu amor, você demorou muito para vir, achei que nem vinha mais- fala já vindo me abraçar.
Eu: eu fui entrando, mandei mensagem para o Leonardo e ela mandou eu já vir entrando- falo e ela confirma com a cabeça.
Dona Rosana: e fez certo, eu me sinto ofendida por você não se sentir em casa aqui- fala e eu dou risada.
Eu: não é questão de não se sentir em casa dona Rosana, é questão de respeito e educação- falo e ela confirma com a cabeça sorrindo.
Dona Rosana: eu sei minha filha, e para de me chamar de dona Rosana, para você é apenas Rosa, no máximo dona Rosa- fala e eu dou risada dando um beijo na testa dela- vem, está todo mundo lá fora, o Luiz Carlos decidiu de última assar uma carninha para a gente- fala e eu apenas sigo ela para a área externa.
Cumprimento todos aqui presente, poucas pessoas, apenas o Léo, as meninas, dona Rosana, seu Luiz e o BR, apenas os de sempre, as meninas na piscina brincando, o Leonardo e o Bruno sentados em uma mesa bebendo cerveja, ambos apenas de bermuda e sem camisa, o seu Luiz assando a carne e a Dona Rosana apenas fazendo companhia ao marido.
Uma mesa bem arruma com diversas bacias de comidas, provavelmente arroz, maionese, vinagrete e mais alguma coisa que eu não sei o que é, mas tem muitas coisas em cima da mesa, alemudos pratos, garfos, facas e colheres, e claro, refrigerante e copos descartáveis.
Perigo: finalmente chegou, achei que ia morar naquele consultório- fala e eu confirmo com a cabeça.
Eu: como você é carinhoso Leonardo- falo cumprimentando ele com um beijinho no rosto, e ele apenas me devolve um beijo no pescoço.
BR: Carolzinha, já estava morrendo de saudades de você- fala e me dando um beijo no rosto.
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Liberdade
Teen FictionO meu coração está acelerado, a minha respiração está falha, o medo me corroendo, os meus gritos de ajuda ignorados, será que ninguém está me ouvindo? Eu estou implorando por ajuda, estou implorando por socorro, estou implorando por liberdade... É c...