Cá estou eu, num quarto escuro de hospital, ao meu lado o meu namorado deitado em uma cama, com fios e agulhas ligados a ele, graças a Deus o Perigo não conseguiu alcançar o objetivo dele, matar o Thiago, mas mesmo assim ainda conseguiu fazer um belo de um estrago.
Podemos dizer que o senhor Thiago é um homem de sorte, eu nunca vi o Leonardo errar um tiro, mas dessa vez ele mirou na cabeça do Thiago e atirou duas vezes, mas por sorte os tiros pegaram no abdômen e no braço, nada demais como diz o meu namorado, até porquê para ele tudo o que aconteceu hoje com ele não tem importância.
Eu ainda não contei sobre o que aconteceu comigo, e nem sei se quero contar, mesmo sabendo que de uma forma ou de outra ele vai descobrir, ainda mais com o BR lá fora só esperando dar o horário de visitas para entrar e ver o TT.
TT: já é quinta vez que você levanta para conferir se está tudo fechado- fala com a voz meia fraca e eu viro para trás dando de cara apenas com a escuridão.
Eu: eu só estou com medo- falo voltando para a poltrona onde eu estava sentada e pego a a sua mão.
TT: eu deveria ter te escutado- fala e eu confirmo com a cabeça.
Eu: devia mesmo, ia ser tudo mais fácil e não estaríamos aqui agora, e sim na nossa casa- falo e aperta a minha mão fazendo um carinho na mesmo.
TT: conseguiu pegar as coisas lá de casa?- pergunta e eu confirmo com a cabeça.
Eu: consegui amor, consegui sim- falo e ele leva a minha mão até a sua boca, beijando as costas da mesma.
TT: ele fez alguma coisa com você?- pergunta e eu já sinto o peso do seu olhar em mim.
Eu: em casa a gente conversa sobre isso- falo soltando a mão dele e me arrumando na cadeira.
TT: Carolina, ele te fez alguma coisa- fala pegando a minha mão novamente- sem segredos entre nós dois lembra? Sem nenhum tipo de segredo- fala e eu confirmo com a cabeça.
Eu: ele tentou me estrupar Thiago, só não conseguiu porquê o BR chegou- falo tentando soltar a minha mão da dele, mas ele impede o movimento apertando mais a minha mão.
TT: Ta tentabdo me soltar por que?- pergunta e eu respiro fundo- eu não vou deixar essa cara nem vivo para contar história Carolina, ninguém encosta em você contra a sua vontade, eu prometi que ia te deixar segura Carolina, e é isso que eu vou fazer- fala e leva a minha mão até a sua boca dando um beijo nas costas da mesma.
[...]
Acordo com os médicos entrando no quarto e já trato de me arrumar, eles tiram o Thiago do para levar para alguns exames e eu simplesmente sou dispensada, aproveito e já vou atrás de alguma coisa para comer, na verdade, já vou atrás do pessoal, eu preciso tomar um banho, escovar os dentes, trocar de roupa e comer.
Se o Thiago me ver mais um pouco nesse estado que eu estou, perigoso até ele querer de desistir de casar comigo haha, piadas a parte, eu preciso achar a minha dignidade antes de me afundar mais no fundo do poço.
BR: levaram ele para os exames?- pergunta assim que eu apareço na sala de espera.
Eu: acabaram de levar, um de vocês pode ficar com ele até eu voltar? Eu preciso de banho- falo e eles confirmam com a cabeça.
Bia: vai lá minha querida, vai descansar, você mais do que ninguém está precisando de descanso agora- fala e eu confirmo com a cabeça.
Eu: obrigada- falo respirando fundo e ja vejo o meu sogro se levantando.
Lobão: eu também vou para casa, eu preciso ver como estão as coisas por lá, aproveito e te levo Carol- fala e eu apenas dou de ombros.
Eu: não precisa, eu vou pedir um uber- falo e ele nega com a cabeça.
Lobão: não, não, não, nora minha não anda de Uber não, vamos Carolzinha, eu te levo- fala e sai andando na minha frente.
Eu: obrigada- apenas agradeço antes de sair andando para fora do hospital.
Eu sei bem que ele não tem nada para resolver na Penha, e muito menos queria ir agora, está apenas me levando para eu não me sentir insegura, e ele ter certeza que eu vou chegar bem em casa, todos nós estamos com medo do que o Leonardo é capaz de fazer, eu principalmente.
O meu sogro faz questão de me deixar na porta de casa, entro trancando a porta e já vejo as malas com as coisas do Thiago pela sala, o BR trouxe com a Cíntia enquanto eu estava no hospital com o meu noivo, enfim.
Subo para o meu quarto quase que me arrastando e já vou direto para o banheiro, tomo um banho completinho, com tudo o que tenho direito, escovo os dentes e saio do banheiro enrolada na toalha, e já vou direto para o closet, passo os meus produtos corporais, visto um conjunto de lingerie branco de renda, um short jeans claro desfiadinho e uma blusinha branca curtinha.
Passo perfume, desodorante e arrumo o meu cabelo o prendendo em um coque desengonçado, levo a toalha de volta para o banheiro, coloco o meu celular para carregar e já desço para a cozinha, eu preciso me alimentar para voltar para o hospital cem porcento.
Faço só um pão para comer mesmo e já subo para pegar o meu chinelo e o meu celular, mas esse último não está carregado, então apenas me jogo na cama para esperar, e nessa de deitar para esperar o meu celular carregar, eu acabei caindo no sono e perdendo real a noção do tempo.
Mas o meu corpo estava pedindo cama, dormir em uma poltrona não é fácil, ainda mais quando se fica acordando toda hora durante a noite, só para ter certeza que ninguém entrou no quarto, para fazer mal a você ou a pessoa que você ama.
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Liberdade
Teen FictionO meu coração está acelerado, a minha respiração está falha, o medo me corroendo, os meus gritos de ajuda ignorados, será que ninguém está me ouvindo? Eu estou implorando por ajuda, estou implorando por socorro, estou implorando por liberdade... É c...