Are you falling in love?

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— Para onde vamos? — Tom pergunta fechando a porta do carro.

— Zona norte, eu moro lá. — sorrio fraco colocando o cinto.

— Beleza então. — ele faz um joia com uma das mãos. — Me diz seu endereço.

Eu digo e damos partida em seu carro preto, era uma Porsche, os vidros escuros, Tom colocou uma música calma, eu apreciava o garoto por ter se oferecido pra me levar até minha casa, apreciava cada detalhe, suas mãos grandes possuíam veias grossas, ele girava o volante e com a outra mão acendia um cigarro.

Ele segurou o cigarro com os dentes, tirou outro de seu bolso e me entregou dividindo os olhares entre mim e a estrada.

— Se continuar me olhando assim vai fazer um buraco em meu rosto. — ele ri me entregando um isqueiro.

— Nossa desculpa! — gargalho baixo. — Você é muito bonito, não parece ser de verdade. — digo pegando o isqueiro de sua mão.

— E você também é muito bonita, achei que era de mentira quando entrou em casa. — ele ri. — Fala sério, olha só esses olhos! — me olha e da um trago em seu cigarro.

— Obrigada. — minhas bochechas ficam vermelhas e quentes.

Acendi o cigarro e continuei fumando, Tom me contou sobre várias coisas, eu era apenas uma empregada na casa dele mas ele não via isso, ele me tratava super bem a todo momento, contou que ele e Bill são gêmeos, e que ele faz faculdade na área de música, toca guitarra por Hobby e me disse que Bill gosta de cantar as vezes, também me contou sobre os melhores amigos de infância deles, Gustav e Georg! O garoto me contou sua vida inteira durante o caminho.

...

— Obrigada por me deixar em casa. — digo pegando minha bolsa, estávamos parados na frente da minha residência.

Eu não tinha vergonha de mostrar aonde eu morava, Tom também não olhou com outros olhos, nem julgou, somente continuou normal e me deu um sorriso.

— Posso entrar? — ele pergunta.

— É... — fiquei que nem uma idiota pensando, paralisei porque não esperava essa pergunta assim tão rápido. — Pode, mas, eu tenho muitos irmãos e todos estão lá dentro. — tento argumentar fazendo com que ele desistisse da ideia.

— Não tem problema, eu me dou bem com todo mundo. — ele diz tirando o cinto e descendo do carro.

Puta que pariu.

Saio do carro também, Tom vinha logo atrás de mim, chegando na porta pego minha chave na bolsa e a abro, recebo um silêncio mortal juntamente com o rangido insuportável que a maldita porta fazia quando era aberta, as luzes estavam apagadas, oque era incomum pois a pequena casa vivia movimentada.

— Olá? — chamo mas sou ignorada.

Tom vem atrás de mim, eu andava desviando de brinquedos no chão, passei pela grande sala e já estava entrando em outro cômodo. Chegando na cozinha, luzes são acendidas na hora e confeites são jogados.

— Surpresa!! — ouço todos gritarem ao mesmo tempo.

Todos os meus irmãos estavam lá, Charlote também junto de Yuri, seu filho e Oliver.

— Eita porra! — digo assustada. — Gente oque é isso? — olho confusa em volta, havia bolo, refringente, álcool oque não podia faltar e salgadinhos.

— Para comemorar a primeira palavra de Ayla. — Jimmy diz alegre, mas seu sorriso desfaz quando vê Tom atrás de mim.

O silêncio reinou na cozinha, todos olhavam para Tom confusos, eu não costumava a levar homens para dentro de casa, apesar que, era bem conhecida por uma foda no bairro, minha adolescência foi caótica e infelizmente não pude deixar de transar com mais caras que o normal.

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