Para de me olhar assim.

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Depois que eu e Tom nos recompomos, íamos saindo do banheiro, assim que a porta foi aberta Bill e Isadora estavam parados atrás dela como se estivessem se preparando para bater.

— Ah, oi! — ele diz em graça.

— Oi Bill como vai. — abro um sorriso tentando disfarçar o quão desnorteada estava depois de ter transado até não aguentar mais.

A cara de Bill estava óbvia, ele sabia oque havia acontecido mais nem se atreveu a perguntar, mais no fundo do fundo percebi que estava um pouco desapontado, Bill era muito expressivo então se notava.

— Quando você chegou? — Tom questiona seu irmão com um sorriso.

— Me ligaram, você brigou com o Andrew? — Bill pergunta.

— É, briguei. — ele diz convencido.

— Uau que legal, você estava limpando nossa casa de manhã e agora está transando com o chefe? — a loira diz sem filtro nenhum.

— Isadora por favor. — Bill a repreende levando uma mão até seu rosto.

— Não, é que garotas assim sabe como são chamadas não é? — a garota gargalha.

— Vadias? — cruzo os braços. — Pode ficar tranquila, o único macho que você tem que se preocupar é com seu namorado ao seu lado, não com seu cunhado. — digo calma.

— E eu sou boa no que faço, já ouviu falar? As garotas que tem fama de vadia são as melhores, elas conseguem tudo que querem, foi assim que conseguiu essa vida Isadora?

— Me respeita. — a menina diz brava enquanto os gêmeos somente olhavam.

— Quer saber, me dá licença. — passo na porta, nossos ombros se bateram na mesma hora.

— Vê por onde anda!! — ela berra enquanto eu me afasto. — Vai se foder! — a loira diz.

— Vai se foder você puta! — mando o dedo descendo as escadas.

Que merda, devia ter esperado o Tom, agora vai ser difícil ir pra casa sozinha, minha cabeça martelava passando naquela multidão.

Chegando ao lado de fora, me sentei na calçada um pouco distante do movimento, não, eu não fazia aquilo a anos mais lembrei do saquinho de cocaína dentro de minha bolsa.

Estava tudo uma merda mesmo, então abri minha bolsa e peguei o saco, com o dedo mindinho levei o pó até meu nariz.

— Uou. — digo cheirando ainda mais com a cabeça inclinada para trás certificando de que a droga estaria em meu corpo.

— Fica calma Izabella. — digo a mim mesma enquanto guardo a droga e me levanto da calçada imunda, assim fiz comecei a andar meio tonta.

— Bella espera!! — ouço uma voz familiar, era Bill.

Não parei de andar, mais ele vinha atrás de mim.

— Cara, sugiro que volte pra dentro, não quero brigar com ninguém agora. — continuei andando mais ouvia o garoto logo atrás.

— Me desculpa pela Isadora. — ele dizia ainda me seguindo. — Vamos eu te levo pra casa.

— Porque você e seu irmão são assim? — finalmente paro de andar e me viro ficando de frente para o garoto. — "Eu te levo pra casa, deixa Izabella". — imito.

— Que merda, essa porra não é um filme de universitários romântico onde vou me apaixonar e brigar com sua namorada baranga só pra transar com você!.

Bill ficou quieto mais focou em meus olhos, ele mordia a parte de baixo dos lábios e descia o olhar até minha boca.

— Para de me olhar assim! — resmungo cruzando os braços.

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