É Didi amor.

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— Amor! amor olha, pega o bebê. — Jimmy diz com um pequeno no colo

Pego o neném que tinha quatro anos e não parava de chamar mamãe, Jimmy coloca a mão na cintura e me vejo em uma casa. Quadros espalhados por todo o lugar, quadros com fotos dos meus irmãos, mas principalmente um quadro na sala, aonde havia, eu segurando o pequeno bebe e Jimmy sorrindo.

— Hoje o didi foi mordido na creche. — Jimmy diz indignado. — Cara, tô tentando ensinar ele a se defender mas parece que nosso bebê é muito bonzinho. — deu um sorriso — você está estranha...

— Não é nada amor, estou enjoada. — falo me levantando com o pequeno no colo — Cadê a chupeta do Diego...? cadê a sua chupeta amorzinho? — questiono olhando pro neném.

— Hmm, mamãe não é Diego. — o neném fala com a mãozinha na cintura.

As bochechas rosadas e o sorriso sapeca igual o do pai, as mãozinhas pequenas que eu admirava, o jeito que ficava sem jeito quando alguém elogiava demais e vermelho com beijos na bochecha, a sua barriguinha que mais parecia uma bolinha e eu amava o fato dele amar estar vestido de todos os super heróis possíveis a qualquer horário do dia!

Um dia o homem aranha, outro dia o hulk, homem de ferro, Batman, mas o favorito era Robin! Ele amava ser o ajudante do batman, amava ser um jovem prodígio, e eu amava ensinar pra ele que o Robin sempre foi importante pra história! Na verdade eu me convenci disso e fiz questão de passar de geração pra geração começando pelo pequeno.

— É didi amor! — Jimmy fala vindo com uma chupeta verde de elefantinho. — Toma, mas promete que vai parar.

— Não papai. — bufou e cruzou os bracinhos — Eu não quero, a pepeta é minha amiga. — colocou na boca deitando em meu ombro fungando baixinho preparado pra chorar.

— Papai ele não quer. — debocho acariciando as costas do bebê. — Deixa ele amor... vai, você vai fazer ele chorar.

— Tá bom! Ganhou Izabella! Ele fica com a chupeta. — Jimmy dá um sorriso. — Oque quer fazer hoje amor?

— Um churrasco cairia bem! — coloco o bebê no sofá, o mesmo espera eu virar as costas e já sai indo pro chão. — Não, não! Você não escapa didi, tem seu banho. — Falo sem nem olhar pra trás.

— Mamãe eu... eu não quelo. — reclamou se sentando de perninhas cruzadas no chão e jogou o carrinho no tapete.

— Mas você não tem que querer, vai e pronto. — vou em direção a cozinha orgulhosa do tom autoritário.

— Vai besta, testando a paciência da sua mãe. — Jimmy fala com a mão na cintura e um pano de prato no ombro.

O neném que já olhava com a sobrancelha franzida igual ao pai, e também um bico fica vermelho de raiva mostrando a língua e posso ouvir a reação de frustração de Jimmy da pia da cozinha.

— Opaa Didi! Pra que essa ignorância cara. — Jimmy fala indignado. — Eu poderia ter ido comprar cigarro mas fui seu pai com 17 anos. — revirou os olhos indo pra cozinha atrás de mim.

— Para com isso, você tinha 18. — falo rindo e começando a preparar as coisas do churrasco.

— Eu tinha acabado de fazer 18 mozão, você poderia ir presa na época se eu desse queixa. — me abraçou por trás e beijou minha nuca devagar me causando um arrepio. — Mas ao invés disso continuou transando comigo... todos. Os. Dias. — falou pausadamente e eu podia sentir seu membro roçando em mim por de baixo de sua samba canção.

— Para Jimmy, o Diego está acordado. — me arrepio sentindo seu toque. — Depois... — solto uma arfada olhando para o homem ao meu lado que sorria satisfeito.

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