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Kara Danvers pov

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Kara Danvers pov

O bip constante me causa uma leve irritação, bendito momento em que coloquei esse despertador para tocar, abro os olhos lentamente, mas os fecho devido a extrema claridade. Volto a abrir os olhos, estranho o local em que estou e olho em volta, vendo que é um quarto de hospital e Alex está ocupando uma poltrona.

— A-Alex. — Minha voz falha e sai mais rouca que o normal. A ruiva gira a cabeça em minha direção, a surpresa está estampada em seu rosto, seus olhos começam a lacrimejar. — Água...

— Kara... Oh, Rao, não acredito! — Ela se aproxima agitada. — Não acredito que acordou!

Franzo o cenho enquanto minha irmã me olha chorando e me toca para ter certeza de algo, peço água mais uma vez para ruiva, que me entrega um copo de água e anuncia que vai chamar o médico. Antes que eu possa voltar a questionar o que faço ali, o quarto foi invadido por um médico, respondo as perguntas do homem e também reclamo por todos os testes que faz comigo.

— Alex, por que estou aqui? Por que ele te olhou daquele jeito?

— Ka, você foi atropelada. — Diz segurando minha mão.

— Atropelada? — Afirma. — Lena! Onde está a Lena? Por que ela não está aqui?

— Ela foi afastada do hospital. — Franzo o cenho preocupada. — O diretor achou melhor que ela fosse afastada, Lena não estava dormindo ou se alimentando devidamente, ela ainda não está. Descobri que Sara é amiga do diretor, ela fez ele proibir Lena de colocar os pés no hospital até que ela esteja pronta para continuar a vida. Nia tem feito companhia a ela, as vezes Kelly também faz ou eu mesma faço, sempre consigo fazer ela se alimentar melhor.

— Quanto tempo? — A ruiva desvia o olhar. — Alex, quanto tempo?

Batem na porta, vejo a enfermeira e um maqueiro.

— Viemos buscá-la para os exames, Senhorita Danvers.

Reviro os olhos enquanto o homem posiciona a maca ao lado da cama que estou, com ajuda passo para maca, tento me lembrar do dia do meu acidente, mas nenhuma memória me vem na cabeça.

— Alex, por favor... — Olho para ruiva, que suspira.

— Quase quatro meses.

A voz da minha irmã vacila ao dizer o tempo que passei dormindo, quatro meses sem dizer que amo Lena, sem tocar ela ou compartilhar com ela algum momento, quatro meses sem olhar para as esferas verdes que ela carrega. Resmungo durante todos os exames que fui obrigada a fazer, o médico notificou que era para ter certeza que eu não tinha sofrido qualquer outra sequela devido o coma e o acidente, que minha amnésia seja a única e passageira.

A caminho do quarto, uma enfermeira parou para falar comigo e dizer que está feliz por eu ter despertado, agradeço pela gentileza dela e de todos que torceram para que eu acordasse do coma. Franzir o cenho ao ver Ava, Sara e Andrea junto de Alex, as amigas de Lena sorriem ao me ver, todas parecem felizes.

Superlove - Karlena / SupercopOnde histórias criam vida. Descubra agora