Traveler - Fred Weasley.

19.

– Ei, menina! – Chamou Eliza, na forma da garota de pele negra e cabelos lisos que usava para andar por Hogwarts. – Ei, você! Aurora!

– Eu? – Aurora se virou confusa, mas logo reconheceu sua Guardiã. – Ah, oi!

– Eu tenho que falar uma coisa com você. – Disse e lançou um olhar para Angelina e as outras colegas de quarto de Aurora. – É em particular.

– Claro. – Concordou Aurora rapidamente e se virou para Angelina. – Pode ir na frente. Eu não vou demorar.
 

– Está bem então. – Concordou Angelina e então olhou para Eliza, como se a reconhecesse finalmente. – Você é aquela garota daquele dia! A que me avisou que Aurora estava... bem, você deve se lembrar.
 

– Ah, sim, fui eu. Eloise, prazer. – Eliza sorriu gentilmente e olhou para Aurora outra vez.

– Eu sou a Angelina, prazer em te conhecer. Eu já vou indo. – Disse Angelina e acenou, se afastando junto com as colegas.

 
– Até mais, Angelina. – “Eloise”, ou melhor, Eliza, acenou e então puxou Aurora pelo braço para cima das escadas que davam para o dormitório.

– O que você tinha para me falar? Eu não acordei hoje de madrugada para inscrever meu nome e agora não sei o que fazer. – Disse Aurora, completamente aflita. – Eu preciso participar, Eliza. Se eu não estiver lá o Cedrico vai morrer!

– Querida, se acalme, é sobre isso mesmo que eu vim falar. Eu não te acordei hoje cedo porque vi o Moody que não é Moody inscrever você para o Torneio!

– O quê? – Aurora uniu as sobrancelhas em confusão, mas parte dela estava aliviada por saber que mesmo não tendo ido se inscrever no torneio, ela ainda participaria. – Mas por que ele me inscreveria? Eu nem sou importante como o Harry para ele querer me inscrever.  

– E de que importa, querida? Você está inscrita no torneio e não precisou burlar nenhuma regra para isso. Seja lá qual foi o motivo para ele te inscrever, eu vou descobrir e vamos dar um jeito.

– Eliza, será que ele sabe que eu sou...?

– Não, querida, isso não é possível. – Afirmou Eliza, mas a possibilidade de não ter previsto que alguém descobriria sobre Aurora fez com que o horror tomasse conta de seu rosto. – Não contamos a ninguém. Não tem como ele saber. Não, não, não. E eu não dei nenhum deslize. Eu não contei a ninguém, eu...

– Eliza, calma! Está tudo bem, ok? Eu só estava pensando alto, não significa que seja verdade, afinal, não contamos para ninguém.

– Você tem razão. – Concordou Eliza e olhou apreensiva para Aurora. – Você não contou mesmo, não foi? Nem para o Fred?

– Claro que eu não contei. – Aurora assegurou. Respirou fundo e olhou para Eliza, sem ter certeza de se deveria fazer a pergunta que inundava sua mente. – Eliza, o que acontece se descobrirem que eu sou...
 

– Você vai ser mandada para casa e eu...bem, eu vou ter sérios problemas.

– Que tipo de problemas? – Aurora ficou assustada.
 

– Nada, querida. – Eliza gesticulou que ela deixasse para lá. – Não precisa se preocupar comigo, você já tem muito com o que se preocupar.
 

Um silêncio não desconfortável, mas sombrio, pesou no local depois daquilo e as duas se encontraram encarando cantos aleatórios enquanto pensavam nos problemas que tinham para resolver: Aurora em salvar Cedrico e Eliza em manter Aurora segura.