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Alguns dias tinham se passado desde a publicação do artigo sobre os campeões, e a vida não poderia estar mais difícil. Atormentados por boatos e bullying, a única coisa boa foi que Harry e Aurora se aproximaram muito mais depois da publicação do artigo.

– Eu juro, Feynor, que se você abrir a boca mais uma vez para falar do Harry, você vai finalmente conhecer meu descontrole. – Disse Aurora, enquanto arregalava os olhos como uma louca para dar ênfase. – Eu vou contar até três para você sair antes que eu exploda. Um...dois...

Spencer Feynor já estava bem longe muito antes do três. Aurora e Harry esperaram ele sumir de vista para rirem.

– Eu queria resolver meus problemas assim. – Disse Harry, secando as lágrimas de riso que acumularam no canto de seus olhos.

– Ser taxada como louca tem seus benefícios. – Disse Aurora, passando a mão pelo cabelo propositalmente bagunçado e o ajeitando para parecer mais bonita e menos louca. – Bem, eu estou indo encontrar o Fred. Harry, tente não dar de cara com nenhum valentão enquanto isso.

– A escola inteira está contra mim, é meio difícil não dar de cara com nenhum valentão. – Respondeu Harry em um murmúrio irritado. – Talvez eu devesse me fingir de louco também.

– Não, Harry, não faça isso. Eu sei que estou destruindo o resto da minha reputação, mas não aconselho que faça isso, pois assim como minha avó está arrancando os cabelos, a senhora Weasley também vai arrancar os dela se a fofoca sobre Harry Potter ter enlouquecido de vez rolar por aí.
 
– Está bem, acho que vou tentar não azarar ninguém pelo bem da senhora Weasley.

– Isso mesmo, Harry, siga o meu conselho. Bem, até mais.

– Até, Aurora.

Então Aurora se afastou, indo em direção a sala secreta onde encontraria Fred para seu piquenique fora da natureza.

E não que eles não gostassem da natureza, mas a sala secreta era o único lugar que Aurora se sentia confortável para conversar sem ter medo de falar alguma besteira terrível.

– Eu achei que não viria mais. – Disse Fred, assim que Aurora adentrou o local carregando sua cesta -nada discreta- de comida.

– Desculpe, Frorginho, tive que lidar com alguns haters.

– Haters? – Fred fez uma careta.

– Pessoas que me odeiam sem nem ao menos me conhecer.

– Eu posso azarar esses haters se você quiser. – Propôs Fred, se aproximando da namorada e depositando um beijo em seus lábios.

– Não se preocupe, eu tenho minhas próprias táticas de defesa.

– Nada que te leve para Azkaban, não é? Eu não quero visitar minha namorada na prisão.

– Eu não te garanto nada. – Aurora brincou, mas talvez não fosse tão brincadeira assim. Ela ainda usava a maldição Imperio sempre que alguém voltava a lhe parecer suspeito. – E então? O que trouxe para o nosso piquenique sem o ar livre? Eu trouxe chocolates, torta de limão, torta de frango e chá. Porque cuidar da saúde é essencial.

– Eu trouxe muffin de mirtilo e de morango, suco de laranja, sanduíches de queijo e presunto... e bolo de chocolate. Tudo diretamente da cozinha! – Disse Fred em um tom exageradamente alegre.

– Que coincidência! A comida que eu trouxe também! – Disse Aurora, imitando o tom do namorado.

– Nem quero ver o que vai ser de nós quando casarmos. – Comentou Fred, distraidamente. Então notou o que disse e observou Aurora, curioso sobre sua reação, mas também com uma pequena expectativa.

Traveler - Fred Weasley. Onde histórias criam vida. Descubra agora