10.

145 11 8
                                    

(CAPÍTULO REESCRITO).

Aurora estava chateada. Mal tinha chegado em Hogwarts e já estava longe do seu trio de amigos de novo.

Graças aos treinos torturantes coordenados por Olivio Wood, agora ela só conseguia realmente ver e falar com Fred, George e Lino durante o horário das aulas -o que era perigoso quando se tratava das aulas de Snape-, durante as refeições e quando eles passavam pelo salão comunal para irem ao dormitório, e na última situação, eles somente desejavam boa noite um para o outro e logo se separavam.
 
E o pior era que ela não tinha mais ninguém para conversar, já que Angelina também estava no time de quadribol e Hermione estava ocupada de mais pesquisando sobre Nicolau Flamel. Então no fim de tudo, ela até que tinha um boa desculpa para estar conversando secretamente com a pessoa que seus amigos menos gostavam: Draco Malfoy.

– Que livro é esse? – O garoto platinado se aproximou com o olhar superior de sempre e um par de sobrancelhas expressivas.
 
– “O Hobbit”. É um livro trouxa. – A breve explicação de Aurora fez com que Draco automaticamente contorcesse seu rosto em uma careta de desgosto.
 
– Ah, só podia ser.
 
– Deixa de ser nariz em pé, loiro do banheiro. É um livro bom!
 
– O que acontece nele? – Draco preferiu fingir que nem tinha escutado o apelido novo.
 
– Leia e descubra. – Aurora estendeu o livro para o garoto.
 
– E se eu não gostar dele e acabar perdendo minutos minha preciosa rotina atoar? Preciso saber do que se trata primeiro. – Disse ele, e Aurora revirou os olhos.

O Malfoy era extremamente chato quando queria. E ele sempre queria.
 
– É um livro de aventura, onde o protagonista é alguém acostumado com a vida calma, apesar de sentir sim uma vontade lá no fundo de viver algo novo. Um dia um mago aparece e propõe que ele o acompanhe em uma viagem, e de primeira ele não aceita, mas logo muda de ideia e vai a caminho da jornada mais perigosa e honrosa que ele poderia querer ir. Tem anões, elfos, um anel mágico e muitas outras coisas. É legal, pode confiar.
 
– Você já leu?
 
– Óbvio que sim. – O começo do livro, sim. Completou mentalmente. Nem tinha certeza se tinham mesmo aquelas coisas no livro.
 
– Que seja então. – Draco rendeu-se e pegou o livro na mão da mais velha. – Mas se eu não gostar, vai ficar me devendo três barras de chocolate.
 
– E se você gostar, você que vai me dever as três barras.
 
– Feito. – Draco estendeu a mão.
 
– Feito. – Aurora devolveu o aperto de mão.
 
Ficaram mais um tempo ali na biblioteca até que ouviram as vozes de Hermione, Harry e Rony e decidiram se separar. Afinal, não queriam ter a dor de cabeça de terem que explicar que na verdade, apesar de não mostrarem na frente das pessoas, eram bons  amigos.
 
– Onde está indo, querida Auroritcha? – Fred a abordou no meio do corredor. Ele estava coberto de lama e pingava uma boa quantidade de água suja pelo chão. Resultados de um bom treino de quadribol.
 
– Lugar nenhum. O que aconteceu com você? – Perguntou, apesar de já ter uma noção do que tinha acontecido.
 
– Nada, eu só cai lindamente da minha vassoura enquanto jogava quadribol.
 
– Você caiu?
 
– Lindamente. – Fred fez questão de enfatizar.
 
– Por que ainda não foi tomar banho?
 
– Eu vou, mas precisava te avisar que é para ir nos encontrar na sala secreta hoje a noite.
 
– Depois do jantar?
 
– Durante o jantar. – Fred sorriu ao ver uma careta de desespero se formar no rosto de Aurora.
 
– Espero que você tenha um prato de macarronada no seu bolso enlameado, Frorge Weasley, porque eu não vou ficar criando logros até as três da manhã com fome não.
 
– Você não vai ficar com fome, não se preocupe. Só apareça.
 
– Está bem. Eu já vou indo, e você vá logo tomar um banho. Seu cabelo chega está marrom de tanta lama. – Dito isso os dois se despediram com um sorriso e cada um foi para um lado.
 
Quando o jantar deu início, Aurora correu rapidamente para a sala secreta, não sem antes avisar a Angelina e pedir que ela avisasse a Hermione também que não iria para o jantar naquela noite.
 
Quando chegou lá, se deparou com diversos balões coloridos, um bolo, um prato com macarronada e mais algumas outros lanches, sem contar uma grande jarra de suco de laranja que lembrava muito a jarra que sua avó Louise tinha dado para a senhora Weasley.
 
– Surpresa! – Fred, George e Lino gritaram baixo -se é que isso é possível- assim que Aurora adentrou o local.
 
– Surpresa? – Aurora uniu as sobrancelhas.
 
– Seu aniversário não é dia 01 de janeiro? – George uniu as sobrancelhas também.
 
– Mas hoje não é dia 01.
 
– Isso é apenas um detalhe, Aurorinha, o que importa é que vamos comemorar. – Respondeu, pegando duas velas, uma de número 1 e a outra de número 4 e colocando em cima do bolo, mas ao invés de formar “14" ele pôs “41"
 
– Com 18 dias de atraso? Sim, mas o que importa é que lembramos. – Continuou Fred, tirando a varinha do bolso para provavelmente acender as velas ou explodir a cara de Aurora, dá na mesma.
 
– Hoje é dia 20, então foram 19 dias de atraso. – Corrigiu Lino, recebendo um olhar que dizia “cala a boca!” dos gêmeos e logo tratou de tentar consertar o que tinha dito. – Mas o que são 19 dias, certo? Só 19 dias. Nem é tanto tempo assim.
 
– Vocês estão estranhos. – Aurora torceu o rosto para o comportamento deles. – O que fizeram dessa vez? Voltaram a roubar o estoque de ingredientes do Snape?
 
– Talvez, mas não é por isso que fizemos a surpresa. – Respondeu George.
 
 – Imaginamos que estivesse chateada por não termos comemorado seu aniversário. – Começou Fred a explicar.
 
– Não é que não lembramos. – Disse George um tanto desesperado. Ele e Fred sabiam como Aurora ficava chateada e irritada quando esqueciam o aniversário dela, e estavam até achando estranho o fato dela não ter comentado nada durante todo esse tempo que se passou.
 
– Nós nunca esqueceríamos. – Fred fez questão de enfatizar.
 
– É que com os treinos de quadribol.
 
– E o Olivio paranoico.
 
– Eles acabaram não tendo tempo de comemorar o seu aniversário e por isso se sentiram culpados, então o Fred deu a ideia de fazermos uma festa surpresa pra recompensar. – Disse Lino de uma vez, lançando um olhar crítico para os amigos. – Foi mal, mas é insuportável ter que ficar ouvindo vocês falando pausadamente. Olha a Aurora, coitada, eu nem gosto dela mas fiquei com pena de ver ela olhando pra cada um de vocês a cada frase cortada que vocês falavam
 
– Você diz isso  – Começou Fred, com um sorriso implicante no rosto.
 
– Porque não sabe.
 
– Como completar  
 
– As frases.
 
– Da gente.
 
– Eu inclusive acho.
 
– Que isso é.
 
– Ciúmes.
 
– Ciúmes? Por que eu teria ciúmes? – Perguntou Lino.
 
– Porque. – Começou Fred novamente, fazendo Aurora revirar os olhos e sorrir.
 
– Você. – Disse George.
 
– Não sabe. – Aurora entrou na brincadeira.
 
– Completar. – George sorriu com a implicância da amiga.
 
– As frases. – Disse Aurora outra vez.
 
– Com a gente. – Terminou Fred. – E acho que seus ciúmes acabaram de aumentar agora que viu que a Aurora consegue.
 
– Ridículo. – Lino revirou os olhos, aumentando ainda mais a vontade que os gêmeos Wesley e a Aurora estavam de rir. No fim, todos os quatro acabaram gargalhando.
 
– Vocês não precisavam fazer tudo isso, eu não fiquei chateada. – Disse Aurora assim que parou de rir. Fred e George se entreolharam confusos e em seguida olharam para a jovem Mayne como se ela fosse doida.
 
– Por acaso você é algum clone da Aurora?
 
– O que? – A suavidade no rosto da bela Mayne desapareceu no mesmo segundo, dando lugar a uma expressão de puro terror.

Eliza que tinha acabado de chegar na sala, invisível para todos, e que não sabia o contexto todo da conversa, entrou em desespero assim que ouviu aquela frase sair da boca de George.
 
– É, você só pode ter sido trocada. Se você fosse a verdadeira Aurora já teria chorado e brigado com a gente por não termos te dado os parabéns. – Concordou Fred com o irmão e então algo passou pela cabeça da garota: A Aurora daquela realidade não era completamente igual a ela.
 
– Eu imaginei que estivessem muito ocupados com os treinos, só isso. Eu não fui trocada, que loucura! Não é como se eu tivesse vindo de uma outra realidade e acabado parando aqui sem querer, não mesmo.
 
Naquele momento Eliza não sabia mais se surtava ou se dava um soco em Aurora que não parava de falar.
 
– Você tá estranha. – Comentou Lino. – Mais que o normal.

– Eu estou estranha no nível normal, acredite. Eu estou completamente normal. Sou a Aurora que vocês conhecem e amam. Doidinha, chata... a Aurora de sempre. Que tal começarmos a comer? Estou morrendo de fome. Fred, me passa a jarra de suco, por favor?
 
– Claro. – Disse o ruivo desconfiado enquanto passava a jarra para a menina.
 
– Obrigada. Você pegou ela da sua mãe? A minha vó deu uma igualzinho a ela. Quer saber? Deixa para lá, vamos conversar. Por que não me contam o que aconteceu nos últimos treinos de quadribol?
 
Assim que os garotos começaram a falar e aparentemente se esqueceram do comportamento estranho da garota, Aurora finalmente pode respirar aliviada, mas Eliza que observava tudo encostada na parede não parecia compartilhar a mesma sensação. Ela conhecia bem os gêmeos Weasley e sabia que aquela história não tinha terminado. Eles iriam descobrir e se descobrissem, as consequências poderiam ser enormes.

.
.
.
.
.

Oieeeeeee quanto tempo! Como vcs estão? Espero que bem.

E então o que acharam do capítulo? Ficou bom?

Me desculpem pela demora pra postar, é que eu fiquei um bom tempo sem nem ter ideia do que começar a escrever, mas felizmente aqui estou eu com mais um capítulo e cheia de inspiração para um próximo.

Eai? Qual é a consequência que vocês acham que pode ter caso os meninos descubram que a Aurora não é daquela realidade?

Quero teorias, mas se alguém acertar eu me faço de maluca e saio correndo.

E agora alguns avisos:

1- Pras pessoas que leem a outra fanfic do Fred, eu estou só esperando minha amiga terminar o capítulos dela pra eu poder escrever um pouco mais e atualizarmos.

2- E pra quem começou a ler a do Carl Grimes de The Walking Dead, eu tenho q avisar q vou excluir o primeiro capítulo pq eu não gostei nem um pouco e estou trabalhando em outra versão que talvez eu poste ou não, ainda não decidi.

Bem, é só isso, espero que tenham gostado e até o próximo capitulo.

Traveler - Fred Weasley. Onde histórias criam vida. Descubra agora