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(ESSE CAPÍTULO FOI REESCRITO)

Eu estava em um Uber com as minhas melhores amigas quando tudo aconteceu. Em um momento estávamos falando sobre como seria estudar em Hogwarts, e em outro deitadas em uma enorme poça de sangue.

As pessoas se juntavam cada vez mais ao nosso redor, curiosas e preocupadas. Olhei para o motorista do Uber e percebi que ele estava desacordado. Depois desviei o olhar para as gêmeas e percebi que Daiana sussurrava o nome da irmã, numa tentativa de fazê-la acordar. Fiquei um tempo observando a cena, mas não pude ver como terminava já que acabei apagando.

Quando abri os olhos, percebi estar deitada em minha cama.

Foi só um pesadelo. Ainda bem.

– Que bom que acordou, querida. – Uma moça apareceu magicamente, me fazendo quase morrer do coração.

– Q-quem é você? O que está fazendo no meu quarto e... como...apareceu do nada?

Não possuía palavras para expressar o meu terror, mas a minha expressão devia estar deixando meu estado muito claro.

– Eu sou Eliza, sua guardiã. Basicamente estou aqui para impedir que você morra ou faça besteira e para te ensinar mais sobre sua espécie.

– Minha espécie? Tipo... diferente de humano?

– Exato, querida. – Disse e sorriu diante da minha confusão. – Guardiãs são Viajantes mortas enviadas para ajudar outras da espécie. Bom, como já diz o nome, vocês viajam. Você viajou para o universo de Harry Potter assim que sofreu o acidente pois seu corpo estava tentando salvá-la.

– Eu estou onde? – A frase saiu como um grito.

– Em Harry Potterlândia. Bom, além de viajar entre realidades, viajantes também tem a capacidade de mudar acontecimentos originais de uma realidade, mas fazer isso não é tão fácil quanto parece e você também não deve mudar tudo sem pensar nas consequências, porque algumas coisas precisam acontecer para que outras também venham a acontecer, entendeu? Continuan...

– Eliza, desculpe interromper, mas você disse que seu estou em outra realidade, não é? Então onde estão minhas amigas? Elas estão bem? Elas viajaram comigo? E o motorista do Uber?

– O motorista não sobreviveu, e não, elas não viajaram, mas estão sendo levadas ao hospital agora mesmo, junto com seu corpo desacordado. – Disse e respirou fundo. – Quando você viajou para cá, somente seu espirito veio, e ele foi de encontro ao seu corpo dessa realidade. Enquanto você estiver desacordada em sua realidade original, vai ficar aqui, mas tem chances de voltar antes caso comece a se conectar com seu corpo original, que no momento está em estado vegetativo. Eu vou te ensinar a se conectar com seu corpo original, mas caso queira ficar aqui para sempre, é só dizer. Alguma dúvida?

– Meu quarto não é completamente o mesmo da outra realidade, então minha família também é diferente? – Acabei soando mais aliviada do que imaginava e torci para que Eliza não tivesse notado.

– Nessa realidade você morava na França com seus pais e estudava em Beauxbatons, mas se mudou porque estavam com saudades de sua avó Louise. Não se preocupe, suas memórias, quer dizer, as memórias desse corpo vão aparecer pouco a pouco na sua cabeça. E não se sinta culpada, como se estivesse roubando a vida dessa outra Aurora, porque as viajantes só existem  em uma realidade e a versão que temos em cada outro universo é como um robô onde o cartucho de memória pode ser trocado assim que desejado.

Eliza continuou falando e falando sem parar sobre como eu não deveria me sentir culpada, mas tudo que eu conseguia fazer era pensar sobre o que ela tinha dito sobre minha avó.

Traveler - Fred Weasley. Onde histórias criam vida. Descubra agora