Quando o dia seguinte chegou, Aurora estava no ápice de ansiedade para poder falar com Fred.
Após conversar com ela mesma durante toda a noite anterior -já que não podia contar para Angelina o motivo de não falar mais com Fred, sem contar o motivo de não falar mais com Fred-, Aurora finalmente decidiu que iria parar de esperar pelo pior e pelo medo de perder Fred. E também decidiu que iria parar de magoar o amigo.
A verdade é que Aurora não aguentava mais ficar longe das pessoas que amava. Então se ia mesmo viver naquela realidade até todos estarem devidamente salvos, viveria sendo realmente feliz e aproveitando o tempo em que ficaria por ali.
É claro que existia também o problema com o corpo dela na realidade original e o fato de acharem que ela era um caso muito esquisito por dar sinais de consciência mas nunca acordar, mas isso seria uma questão que deixaria para resolver mais tarde.
Ao chegar no salão principal, na hora do café da manhã, a primeira coisa que Aurora notou foi que Fred, George e Lino ainda não tinham chegado.
Talvez eu tenha chegado muito cedo. Pensou, tremendo de nervosismo, enquanto tentava se concentrar em achar Angelina para se sentar ao lado dela.
– Aurora, venha ver o que meu pai me mandou. – Draco, sentando lá na mesa da Sonserina junto a Crabbe e Goyle, chamou antes que ela tomasse o caminho até a mesa da Grifinória.
– Olá, Draco e companhia. – Aurora cumprimentou se aproximando da mesa deles. – Como vocês estão?
– Eu estou ótimo. Crabbe e Goyle também. – Draco respondeu com um sorriso e fez sinal para que Aurora sentasse, o que ela recusou.
– Não posso demorar muito aqui hoje porque tenho um assunto sério para resolver. Mas o que foi que seu pai te deu de tão interessante? E não me diga que foi uma mansão na lua.
– Rá, rá, Mayne, muito engraçado. Papai me enviou um novo jogo de xadrez bruxo. Achei que fosse gostar de jogar comigo depois. – Disse Draco com uma feição neutra, mas então levantou uma sobrancelha para Aurora. – De que assunto sério está falando?
– Acho que não é o tipo de assunto que vai te fazer pular de alegria, Malfoy. – Aurora preferiu não explicar. – Sobre o xadrez, eu posso arranjar um tempo depois das aulas para jogarmos, mas não prometo nada, tenho alguns surtos marcados para essa tarde.
– Está bem, me mande uma coruja se mudar de ideia então.
– Coruja? – Aurora riu indignada. – Estamos no mesmo castelo, seu almofadinha.
– Eu estou facilitando para que você não tenha que perambular por Hogwarts atrás de mim e é assim que você me trata? – Draco usava um tom ofendido, mas possuía um sorriso no rosto por ver que Aurora estava rindo.
– Sinto muito pela minha ingratidão então, gentil Malfoy. – Aurora sorriu outra vez, se despediu com um aceno e então foi para a mesa da Grifinória.
– Quem é vivo sempre aparece. – Disse Jhonny, quando Aurora tomou o lugar a sua frente e ao lado de Angelina na mesa de café da manhã. – Você sumiu quase o dia inteiro ontem.
– Eu tive um pequeno surto ontem, mas já estou bem. – Respondeu Aurora, forçando um sorriso.
Agora que não estava mais chorando aos prantos, ela tinha percebido que tinha ficado incomodada com o fato de Fred e Jhonny terem brigado. E agora que estava reparando no rosto do amigo, percebeu que ele não tinha nem sequer um arranhão no rosto, o que podia significar duas coisas: ou Eliza tinha aumentado muito a história ou Fred tinha levado uma surra enorme.
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Traveler - Fred Weasley.
RomanceAo sofrer um acidente que deveria dar um fim em sua vida, Aurora acorda em outra realidade, tendo agora uma vida aparentemente perfeita. Mas as aparências enganam, e sua vida em Hogwarts pode não continuar tão boa assim.