Amigos em comum, esse é o principal motivo que fez com que Gerson e Ana Júlia se encontrassem, digamos que em um momento um tanto quanto... alcoólico?!
Trancados sozinhos dentro de uma adega cheia de bebidas e com muito álcool na mente, o que poderi...
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ANA JÚLIA
Eu tenho que parar de ir na onda do Gabriel porque da última vez que ele falou que algo ia dar certo, nós fomos parar na delegacia porque fomos pego em um cassino clandestino.
Aquele dia foi louco!
Havia prometido a mim mesma nunca mais ir a um rolê que ele me chamasse, mas já paguei com a língua milhares de vezes e essa é mais uma delas.
Estamos em uma casa na qual eu nunca havia vindo antes, o que me tranquiliza são algumas crianças correndo pela sala. Sinal que é um rolê mais saudável, creio eu.
Olho pro meu melhor amigo que já tá olhando em sua volta certamente caçando a da noite e bufo, mais uma vez vou ter que ficar esperando ele cansar de beijar na boca e decidir ir embora.
— Hoje vou te apresentar pro meu parceiro— diz enquanto passa o braço em volta do meu pescoço e me olha com aquela carinha de criança levada— tá afim?
— Eu conheço seus amigos.
— Mas nem todos, pô.
— Não me de o desprazer de conhecer mais jogadores do flamengo.
Eu sou santista, nasci em Santos e cresci vendo o peixe jogar.
— Vou te converter flamenguista ainda.
— Gosto do flamengo, nas nunca vou abandonar meu Santos. Não seguirei seus passos.
— Você é minha irmãzinha e tem que torcer pro time pelo qual eu jogo.
— Não cometerei tamanho ato, amigo, desculpa.
— Mas você veio morar no Rio, pô.
— Não só por você, querido, meu curso é aqui.
— Mas que se foda, vou te apresentar pros caras.
— Eu já conheço vários que jogam contigo, não precisa de mais alguém.
— Najulia, querida, cala a boquinha e confia no pai aqui.
— Sempre que eu confio em você da merda, Gabriel.
— Mas não significa que hoje não vá dá certo.
Spoiler: não vai dá certo.
O Gabriel simplesmente é o cara mais caótico que eu conheço. Ele sempre arranja os rolês de origens duvidosas e me puxa com ele. A boba aqui sempre vai porque digamos que de vez em quando eu puxo ele junto comigo também.
