vinte e nove

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GERSON

Espera aí, como uma coisa que tava tranquila se transforma em várias mulheres só de biquíni andando de um lado pro outro?

Procuro a Ana Júlia que saiu de perto de mim agora a pouco e vejo ela perto de uma mesa conversando com a Dhiovanna e outra garota que eu não faço a mínima ideia de quem seja.

Mas aí a minha visão é tampada por duas mulheres cujo biquíni não cobrem quase nada. Elas caminham na minha direção e se sentam do meu lado.

Ah não, quando o diabo não vem ele manda secretário.

Eu tô quieto e na minha, precisava disso? Não precisava.

— E aí, gato, solteiro?— a loira pergunta enquanto afasta o cabelo pro lado.

Não olho pros peitos dela.

Tô solteiro?

— É... mais ou menos.

— Então não tá disponível?— a morena do meu outro lado pergunta e eu coço o pescoço, olhando novamente pra Ana que agora tá com um copo perto da boca, me olhando.

— Não tô— digo.

— Então tudo bem, gatinho— a loira fala e as duas se levantam, saindo de perto de mim.

Obrigado, senhor.

Ajeito o boné na minha cabeça e vejo a Ana Júlia vindo na minha direção, dou um sorriso de lado e coloco os braços pra trás.

Achei que ela ia se sentar do meu lado, mas fico surpresa quando senta no meu colo.

Não vou negar que não tô surpreso em ver que ela não tá fazendo questão de esconder que estamos ficando. Gosto disso.

Coloco minhas mãos em sua coxa e beijo seu pescoço.

— O que elas queriam?— pergunta.

— Perguntar se eu tava solteiro.

— E o que você disse?

— Que eu tava mais ou menos.

Ela solta uma risada e eu aperto sua coxa.

— Mais ou menos?

— Sim, a verdade, não é?

— Eu acho que sim.

Passo a língua entre os lábios e ela segura meu rosto com uma das mãos, apertando um pouco.

— Tá gostando da mulherada andando de biquíni?

— Nem tô olhando.

— Não? Ali do lado tem uma loira com a bunda gigante.

Não olho pro lado, eu sei que ela falou isso só pra ver se eu iria olhar.

— Prefiro a sua bunda.

— Acho muito bom, vacila comigo que eu corto teu pau.

— Você ama ele, não faria isso.

— Vacila pra ver— da um sorrisinho falso e solta meu rosto, me beijando na sequência.

Mulher é uma parada complicada, né? Não dá pra entender muito e quanto você mais tenta, mais falha na missão.

Ela morde meu lábio com força e eu aperto sua cintura.

— Deixa de ser agressiva— reclamo.

— Foi sem querer— sorri toda debochada— vamos embora?

— Vai pra minha casa?

— Não sei.

— Dormir agarradinha comigo, pô, vai perder?

𝗣𝗢𝗗𝗘 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗥•• 𝗚𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀Onde histórias criam vida. Descubra agora