𝗣𝗢𝗗𝗘 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗥•• 𝗚𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀

trinta e três

ANA JULIA

Eu tô me sentindo extremamente bem, acho que a partir do momento que você revela seus verdadeiros sentimentos as coisas se tornam mais leves, sabe? Foi isso que aconteceu depois que eu disse pro Gerson o que sinto por ele.

Confesso que tentei fugir, tentei me enganar e colocar na minha própria cabeça que não passava apenas de tesão, mas eu não consegui porque ele me deixou tão apaixonadinha que todos os sentimentos vieram como uma avalanche pra cima de mim e eu não consegui escapar.

Tô apaixonada de novo.

Tô amando de novo.

Agora eu tô aqui me arrumando pra minha festa surpresa de aniversário que eles tão organizando.

Eu conheço os amigos que tenho, ontem estavam todos estranhos e de cochicho, sem contar que o Gerson disfarça mal pra caramba e toda vez que eu tentava sair do quarto ele inventava alguma desculpa esfarrapada.

Agora falou que era pra eu me arrumar que a gente iria sair pra dar uma volta. Aham, caí nessa mesmo.

Só tô triste porque meus pais não vão estar aqui, minha mãe postou a uns minutos atrás que tava no trabalho e meu pai fez a mesma coisa.

Que vida triste.

— E aí, linda, tá pronta?— ele entra no banheiro assim que eu termino de passar o gloss na minha boca.

— Tô, a gente vai aonde?

— Uau, cê tá muito gata.

— Obrigada— dou uma voltinha pra ele me ver melhor.

Tô usando um vestido branco que fica colado no meu corpo.

— Que isso, hein, sou um homem de sorte— sorri e caminha pra perto de mim, ficando atrás do meu corpo e me abraçando— você é linda.

Sorrio e observo nosso reflexo no espelho.

Combinamos pra caramba.

— Você também é lindo.

— Todo seu.

— Todo meu?— fico de frente pra ele que confirma com a cabeça e me beija.

O beijo dele...

Ele levanta meu vestido e bate na minha bunda, dando um aperto na sequência.

— Eu sou teu e você é minha. Toda minha. Só minha— murmura contra meus lábios— entendeu?

— Sim— mordo meu lábio inferior e dou um sorrisinho surpreso quando ele me pega no colo.

— Nós vamos aonde?— passo a mão em sua barba.

Essa barba...

— Surpresa.

— Me conta.

— Não me pressiona não, hein?

— Por favor, preto, me fala— faço um charme só pra ver se cola, mas não parece funcionar.

— Desiste, najulia.