doze

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GERSON

Viro o copo de bebida na boca enquanto olho pra Ana Júlia que tá sentada na minha frente conversando com um cara.

Depois do jogo que tivemos hoje viemos aqui pra casa do Gabriel, não é nenhuma festa, só uma resenha entre amigos. De mulher só tem a Ana Júlia e outras duas que são namoradas dos amigos dele.

— Aí Felipe, vem jogar com a gente— o Gabi que tá lá na mesa de sinuca chama o cara que tá perto dela.

Dou um sorrisinho de lado quando ele se levanta e deixa ela com uma cara nada boa.

Gabriel é um ótimo amigo.

Me levanto da cadeira em que estava sentado e dou a volta na mesa, ocupando o lugar ao seu lado.

— Sozinha, leãozinho?

— Você com o Gabriel por acaso tão unidos nessa?— me olha.

— Nessa o que?

—Ah, não se faça de sonso, garoto.

— Sei de nada não, pô— bebo mais um gole— quer?—ofereço.

— Não.

Aproximo mais as cadeiras e levo minha mão até sua coxa desnuda. O vestido que usa é curto e na cor vermelha que combina muito com ela.

— Sua mão tá gelada.

— Essa é a desculpa que você da por estar arrepiada?

— Não estou arrepiada.

— Não?—debocho e aproximo meu rosto do seu pescoço, sentido o cheiro gostoso de sempre— não te conheço muito mas sei quando tá mentindo— sussurro e encosto meus lábios em sua pele macia, dando uns beijos demorado por ali.

Esse é o ponto fraco dela: beijo no pescoço. Sei disso pelas reações que causam em seu corpo.

Desço a mão até seu joelho e vou subindo aos poucos enquanto dou uns apertos firmes em sua pele.

— Tem gente olhando.

— Você liga pra isso?— uso minha outra mão pra tocar seu rosto—hein? Liga das pessoas estarem olhando?

Aperto sua cintura e mantenho a outra mão parada ali.

Ela vira o rosto pra me olhar e como eu já estou fazendo isso, ficamos a centímetros de distância.

— E você liga?— devolve a pergunta enquanto coloca a mão na minha coxa.

— Se eu ligasse não estaria aqui.

— E se eu ligasse já teria saído daqui.

Passo meu polegar pela sua bochecha e vou descendo até eles estarem contornando seus lábios.

—Você tá jogando comigo?—pergunta e eu faço uma expressão confusa.

— Como assim?

— Jogando comigo, me fazendo ser seu passatempo enquanto não volta com a sua ex mulher.

— Óbvio que não.

— Não confio.

— Não tô pedindo pra você confiar.

— Só vou te alertar que se você está me usando pra fazer com que eu seja sua buceta amiga enquanto você com a sua ex não tem mais uma recaída e voltam a ser o casal feliz, esquece.

— Ah, não fode— me afasto e ela aperta a minha coxa.

— Não fode você, porra, acha que eu sou otária e tapa buraco? O caralho que sou.

𝗣𝗢𝗗𝗘 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗥•• 𝗚𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀Onde histórias criam vida. Descubra agora