A casa antiga ficava atrás da igreja, longe o bastante do convento para que nenhumas das irmãs fosse lá. Por ser longe e afastada, tivemos que andar um pouco. O caminho rochoso em concreto fizerem os pesos dos meus braços aumentarem o dobro do que estava e os pés doerem pelos sapatos velhos e apertados.
A casa se parecia com as nossa irmandade, era um pouco mais velha, antiga mais estava em bom estado de conservação apesar dos anos, as paredes, de um azul e branco, quase desbotado, mais visível ao olhos.
A porta não estava trancada, como pensei que estaria. Talvez Felícia tenha deixado aberto pois deveria saber que ocupariam o lugar. A madeira do assoalho rangia a cada pisada que dávamos pelo chão. Os anos não fizeram bem a essa parte da casa. Não imagino como esteja o resto.
Avia uma cama, logo de início foi a primeira coisa que vi. Consegui ver também a geladeira um velho sofá logo então o antigo armário. Depositei as suas bolsas sobre a cama. Não sabia aonde colocar, a cama pareceu um lugar mais adequado.
O chão estava empoeirado. Talvez Felícia não estava limpando como eu pensei estar, Passo o dedo sobre a mesa, a sujeira foi rápida em grudar no dedo indicador. Precisarei limpar a casa para que ele se sinta bem é confortável. Esperei que ele se acomodasse. Vejo tirar os sapatos. E se sentar sobre o sofá velho.- O que quer fazer primeiro?. - Tento quebrar o silêncio que se instalou na pequena sala. - Podemos preparar algo para você comer. - Sugiro . - Ou, pode descansar.
- Quero uma navalha. - Pede, não como um pedido mais como uma exigência, tento compreender a sua fala.
- Então você fala. - Instintivamente ele revira os olhos. Talvez ele não tenha gostado. -Não sei o que e uma navalha, e talvez não tenhamos isso aqui. - Não fazia a mínima ideia do que ele queria, aqui tínhamos somente o que precisavamos, não creio que existisse uma navalha, nem algo parecido com uma, seja lá o que seja isso.- Está brincando, não está ?. - Percebendo a minha confusão, ele começa a rir, de uma maneira irritante e desagradável. - Como você se depila freirazinha ?. - Dou de ombros.
- Depilar ?. - Pergunto para mim, não estava perguntando para ele de certa forma, só fiquei curiosa com a sua pergunta, não espero que ele responda. Seu olhar analisa o meu corpo, me fita de cima a baixo, fico desconfortável, por mais vestida que eu esteja, coloco as minha mãos a frente do meu corpo.
- Vocês... Não. - Suas sobrancelhas se elevam. - Inacreditável.
- Eu posso perguntar a uma das irmãs ou a madre se elas tem. - Sugiro. Talvez as mais experiente saibam me ajudar.
- Me deixe sozinho, por favor . - Aos meus ouvidos o seu tom de voz não foi educado, mais concordo, peço-lhe licença. Indo em direção a porta.
- Vou ate o convento. Estarei aqui em Instantes, trarei algo para que você coma. - Caminho em direção a porta, que lembrei de deixar aberta, para não houver falatório ente as irmãs.
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𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮
RandomA história distorcida entre o passado, presente e futuro fez com que vidas distintas se encontrassem.