𝕯𝖊𝖘𝖕𝖊𝖉𝖎𝖉𝖆

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Benedita


- Lá está ela. - Aponta, aurora, na direção que vere estava sentada. - Fique a vontade. - Força um sorriso. - Vou voltar para o meu quarto. - Forçada, influenciada por verônica, agradeço aurora pela ajuda. Pela enorme ajuda. - Entre, para que nenhuma madre pegue você do lado de fora. - Avisa, voltando seu caminho, sumindo do meu campo de visão.

Foram as poucas vezes que entrei dentro da igreja sem sentir calafrios pelo meu corpo. Sempre tive a sensação, fraca que seja, de que algo me aquecesse, mais que esfriasse tudo a minha volta, nunca vim aqui durante a noite. Mais o clima está bastante quente agora, uma inversão do que eu sentia durante o tempo que estava, com aurora, lá fora.

Consegui ouvir os baixos sussurros que saia da boca de verônica. Ela estava orando. Um misto de confusão se instalou em meu rosto, tínhamos o nosso quarto, fazíamos a nossas orações sempre no pequeno cômodo. Porque ela estava aqui?, e estando muito tarde ?.

- O que estava fazendo aqui, tão tarde ?. - Ela não tinha percebido a minha aproximação, muito menos que me sentei ao seu lado. Consegui ver, graças a luz da vela, o pequeno sobressalto que o seu corpo fez, quando escutou a minha voz.

- Benedita, meu Deus !. - Sua mão para em seu peito, de maneira exagerada, contendo as emoções. - O-oque... - Consigo ouvi-la engolir a saliva, regulando sua respiração. - O que você. - Aponta para mim, quando se normalizou. - Faz aqui ?.

- Você não estava no quarto. - Digo simplesmente. - Fiquei preocupada.

- Deus... - Se levantando ela pega em minha mão, fazendo meu corpo subir, ficando quase em sua altura, sou bastante pequena, mais verônica não era alta o bastante. - Não percebi o horário. - A Repreensão feita a si mesma, mostrava o quão no mundo da lua, "como dizia Natália, a única garota da minha idade aqui na irmandade", verônica estava.

- Calma. - Contenho sua mão. Fazendo-a parar. - Estão todas dormindo.

- Desculpa. - Suspira, acalmando mais a emoções. - Eu me esqueci.

- Porque está na igreja?. - Reforço a minha pergunta. Agora, Acompanhando, com calma, para a saída da igreja.

- E-eu. - Olho de relance, procurando o sinal de que ela mentiria, mais ela não faria isso, mentir era um pecado que Vere não cometeria. - Vim, orar.

- Não pode mentir verônica. - Seu olhar de assustada, não era para o meu tom de voz. Mais sim por eu tê-la chamado de verônica, com bastante seriedade. - Vere.

- Venho... - Olho sua incerteza, como se não quisesse contar o que estava se passando. - Aqui , quando tudo não está dando certo. - Concordo positivamente, para que ela continue. - Conversar com Deus. Me ajuda. - Seus pés se firmaram sobre o chão da igreja, impedindo que ela prosseguisse em andar. - Ou quando as madres superiores são severas. - A união das minhas sobrancelhas se formaram com a menção do castigo aplicado pelas as madres. - Como uma boa mãe, corrigindo os seus filhos.

- Meus pais não me corrigiam. - Convivi muito pouco com os meus pais, não me lembrava do que vivemos , e se vivemos, algo durante os meus cinco anos. Mais sei que eles não, eles não me batiam. - Elas bateram em você ?. - Seu silêncio a me deu a certeza disso. Não precisaria que um sim, passa-se pelos seus lábios. - Muito ?. - Mais silêncio. - E-eu, eu vou... - Sua maneira instintiva fez com que ela me abrace.

- Está tudo bem agora. - Tenta me confortar, quando quem deveria conforta-la seria eu.

- As mães não castigam. - Fungo, sentindo um pequeno nó em minha garganta. - Você cuida de mim, não me castiga. - Aperto os braços em sua cintura, sentido sua quentura me aquecer. - Eu não sou uma adolescente boba. - Olho para cima, procurando os seus olhos. - Elas, são malvadas. Sei que são. - Vere era protetora, incluindo quando as madres tentavam me castigar.

𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮  Onde histórias criam vida. Descubra agora