- Bom dia Andreia. - Desejo assim que vejo a mulher de cabelos escuros e pele enrugada no ponto de ônibus. Por ter cinquenta e seis anos, Andreia era muito conhecida por todos, principalmente na área de trabalho, Esses muitos anos lhe proporcionaram conhecimento pela cidade.Ontem, quando o final do dia chegou, Celestia ligou para avisar que eu estaria apta a trabalhar está manhã.
- Menina verônica. - Me cumprimenta em um abraço forte.
- Como estão as crianças ? - Quando digo às crianças, estou me referindo aos seus gatos. Ela os chamava de filhos, chegava a ser estranho, mas nunca a questionei.
- Ótimos. Levei Lily ao veterinário.
- Que ótimo Andreia. E a dona ? - Sabia que estava dando abertura para que ela falasse. E eu gostava de ouvir tudo que saia de sua boca.
Passamos algum tempo conversando sobre os seus gatos, tudo que aprontaram essa semana. Para Andreia era como perguntar algum fato muito importante que marcou sua vida. Ela sabia falar cada detalhe sobre Lily e dona.
Quando o ônibus chegou, fomos para o nosso destino.
O caminho foi longo até a entrada. Nunca senti os meus dedos doer de maneira tão desconfortável dentro dos sapatos. Mas no final valeria a pena.
Chegamos em frente a uma mansão, era tão enorme que se perdia de vista, Já trabalhei em algumas mansões durante meu final de semana, mas nenhuma se assemelhava a essa.
Andreia já era habituada e esses lugares. Para ela era como mais uma casa comum. Apenas limpeza e nada a mais.
Um homem vestido de terno e gravata borboleta nos cumprimentou na porta. Disse que nos levaria até a proprietária.
Quando entramos observei três outras mulheres lá dentro, pela roupa que vestiam, imaginei ser outras faxineiras.
- Senhorita - O homem cumprimenta uma mulher que vestia um vestido tão longo que tocava o chão Seus braços e pernas estavam cobertos pelo enorme tecido. Aquela altura eu me senti tão inadequada. Meus braços e pernas estavam desnudos, meu vestido só cobria os ombros e iam até os joelhos.
- Ah, sim. - Ela não nos observa, só percebe que chegamos então começar a falar para que todas escutem. - Ótimo vocês são as últimas contratadas. - Referia-se a todas ali na sala.
A mulher nos condizia pelo lugar, orientava uma a uma o que deveríamos fazer.
De cinco mulheres passamos a ser três. Cada uma foi deixada em algum lugar da casa.
- Bom vocês três. - Aponta em nossa direção. - Por aqui.
Fomos guiadas a uma enorme porta, feita de uma espécie de madeira que me lembrava o mármore.
- Quero que retirem tudo que está nessa sala. - Somos apresentados a uma sala com alguns objetos já embalados. - Pretendo fazer um espaço pessoal aqui, peçam ajuda ao mordomo, ele dirá aonde colocar isso. - Gesticula com sua mão. De maneira exagerada. - Garanto que está empoeirado o suficiente. Então usem luvas. Não quero que o que está nessa sala se espalhe pela casa.
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𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮
RandomA história distorcida entre o passado, presente e futuro fez com que vidas distintas se encontrassem.