𝕷𝖊𝖓𝖆

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Um último suspiro saia da minha boca. Não como uma pessoa doente prestes a morrer, mais como se eu tivesse acabado de me afogar, sem chances de subir a superfície. Nunca me afoguei, mas a sensação sempre estava ali, sempre tive esse sensação quando acordava, após um sonho que eu nunca lembrava.

Fitava o teto, conseguia ver os descascados cada dia maiores. Em meus pensamentos a irmandade não duraria por anos se continuasse nesse ritmo, se acabando em cupim e mofo. Levanto sobre murmúrio doloridos. Meu corpo doía implorando para que eu voltasse a me deitar. Passo a mão sobre o latejo que se formou na superfície da minha cabeça. Aperto os olhos com firmeza, talvez assim a dor passasse. O que não acontece, só intensifica a dor.

Com a mão, seguro firmemente na cabeceira da cama. Controlando para que meu corpo não fosse parar no chão. Céus eu não deveria estar com tanta dor. Meus joelhos tocam o lugar frio e cimentado. Faço a minha curta oração, incluindo a dor que estava sentindo. Pedindo a deus que a diminuísse.

Seguro a minha toalha e hábito limpo para o tomar o banho. Lembro de levar a escova de dente, que precisaria ser substituída por uma nova. Talvez eu peça a madre Estefânia. Responsável também por cuidar dos sabonetes ou produtos de higiene.
- Bom dia. - Desejo a madre que ficava na porta do banheiro. Passo por ela, contando o horário que ficaria no banho. Dez minutos no máximo.

Meu pelo se arrepia, sempre que a água cai em minha pele. Suspiro, relaxando. Mesmo depois de anos tomando banho a balde e água fria eu nunca me acostumei. Sendo em dias muitos quentes ou muitos frios.
Seco o rosto. Levemente, passo a toalha entre o pescoço é ombros, sem deixar respingos de água. Enrolando a toalha sobre os fios, molhados, do cabelo, retiro o máximo de água que consigo para não ensopar o meu hábito.

Paro em frente ao espelho, olhando o meu reflexo refletir, perfeito. As pálpebras profundas diziam que eu não havia dormido essa noite, mais me lembro que não acordei durante a madrugada, não precisei usar o banheiro, é não fiquei com sede.
Esfrego o rosto, apertando as duas mãos sobre a bochecha formando um biquinho com a boca, meus olhos se fecham a um certo ponto deixando com que a minha cara ficasse inchada. Aproximo meu rosto, passando o indicador é o dedo do meio abaixo dos olhos, fazendo uma breve curva acima das sobrancelhas.

Retiro o meu dedo, mais logo volto a colocar quando percebi que existia um ponto pequeno, preto, no meio das sobrancelhas. Sinto a dor que se acentua no quadril por bater na pia marmorizada. Me abaixo, acariciando com a mão esquerda o parte que havia machucado.
A tolha cai sobre o chão, desenrolando a minha cabeça, afasto a cabeça da pia para não acontecer um acidente. Não queria bater sobre o mármore, seria uma dor de cabeça mais intensa. Com a ponta dos dedos eu pego a toalha, descido não usar, o chão não estava tão atraente, sujo e com muita água acumulada pelas irmãs que já entraram para os seus banhos.

Me levanto, coloco a toalha sobre a pia, hoje seria dia de lavar as roupas e os lençóis das irmãs, então não ficaria na cesta com roupas sujas. O ponto. Lembro então, porque bati a cintura. Volto a olhar no espelho, mais não foi o ponto que olhei dessa vez, meu cabelo
- O-oque?. - A coloração ruiva estava, agora, com milhares de fios brancos. Por nascença o meu cabelo sempre foi ruivo. Nunca o pintei, mesmo que recebesse mil olhares reprovadores sobre a cor que ele possuía. Mais, agora estava em uma coloração diferente do que estava ontem. - M-meu, cabelo.

𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮  Onde histórias criam vida. Descubra agora