Uma semana depois. Havia se passado uma semana, nove dias para ser exato. Que vim parar em clemência, igreja é convento que até a uma semana atrás eu não sabia da existência. Nove longos dias que estou preso nesse lugar. Incapaz de sair, fui obrigado a me manter aqui, por ordens superiores, do meu pai, dono do que deveria, ser um convento. caído aos pedaços.
Meus braços doíam, as marcas avermelhadas em minha pele eram demonstração dos esforços em carregar , todos os dias , madeiras já cortadas paras as irmãs que trabalhavam na cozinha. A três dias atrás, recebi ordens. Ordens, aonde eu era obrigado a fazer o trabalho pesado que maioria das irmãs faziam no convento. Coisas que jamais pensei em fazer durante os 22 anos da minha existência. Não vi homens aqui, a não ser o padre, mais com a sua idade avançada e pedindo por uma aposentadoria, não acho que seja ele que esteja cortando lenha ou carregando água. Mais um dos orifícios que que foram atribuídos a mim, pelo meu pai.
Cogitei fugir no mesmo dia que cheguei. Mais, uma das freiras, designadas a " cuidar " de mim, não me deixava sozinho. E o pouco que deixava, não era suficiente para que eu fosse ao muro e pulasse. Então decidi que descansaria é tentaria no próximo dia. Tentei é falhei. Homens que faziam a segurança do meu pai estava atrás dos muros, esperando caso eu tentasse fazer o que eu fiz. Você foi tão previsível, Estevão.
Coloquei mais algumas madeiras cortadas em meus braços, fazendo mais esforço do que eu gostaria para levá-las até a deposito da cozinha. Vejo algumas garotas, muitas com idades de estarem em um colégio, de verdade. Mais que estavam pressas aqui, comigo. Vejo os sorrisos em seus rostos, elas transmitiam os seus pensamentos com os olhares lançados em mim, qualquer homem conseguia perceber a metros de distância.
As cozinheiras não usavam fogões. Não como as cozinheiras que trabalhavam para o meu pai. No meio da cozinha uma espécie de chaminé ocupava o espaço do qual deveria estar um fogão, era difícil caminhar pelo lugar sem esbarrar em algumas das irmãs.
Meu corpo coberto pelo suor, implorava por um copo d'água. Era como em todos os dias que comecei a trabalhar aqui. Pelas regras. Só poderia beber água depois que terminasse de trabalhar. Protestei, com as irmãs e o padre, mais assim como eu, eles só recebiam ordens.
Desejei bom dia a todas as irmãs que estavam na cozinha, uma forma que descobri para ter um bom comportamento é sair o mais rápido possível daqui, fingir ser educado, não que eu não fosse.
Figindo não reparar nos olhares de reprovação que elas me lançavam todas as vezes que passo pela porta dessa cozinha. Caminho ate a parte do depósito. Nunca entendi o porque dos olhares, não mandei todas ir se foder, mesmo que eu quisesse muito isso.
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𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮
RandomA história distorcida entre o passado, presente e futuro fez com que vidas distintas se encontrassem.