𝕻𝖆𝖎𝖘 𝖆𝖚𝖘𝖊𝖓𝖙𝖊𝖘

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- Pode andar mais devagar, por favor?. - Ouço a voz fina da freira, que estava atrás, tentando acompanhar os meus passos. Sugeri que poderia carrega-la por conta do ferimento , mais firme e teimosa como sempre, disse que aguentaria andar. - Estamos perdidos. - Olho de relance para ela, mancando, como uma senhora de bengala.

- Não estamos perdidos. - Afirmo, algo que eu conseguia fazer muito bem era decorar as coisas, minha memória não era fotográfica mais conseguia me beneficiar muito bem. - Você que está nos atrasando. - ouço ela resmungar baixo, palavras que não consegui ouvir. - Se resmungasse menos é andasse mais já estaríamos na irmandade.

- Se você não tivesse me desobedecido e ido aquela casa, eu não estaria mancando. - Rebate. Decido ignorar ela durante o restante do caminho. Talvez assim chegássemos mais depressa.
Um ronco alto, veio, parecia que um animal raivoso tivesse atrás de mim, e não a freira. Conhecia uma barrigada roncando a metros de distância, convivia com a minha bastante tempo para raciocinar que ela estava com fome.

- Venha. - Ordeno. Ela me olha confusa, quando começo a me aproximar dela. - Está com fome e machucada, nesse ritmo, não chegaremos nunca.

- Eu já disse que consigo andar, que não preciso que faça nada. - De maneira firme, ela volta a andar, passando dessa vez na minha frente.

- Não estou pedindo garota. - Caminho em sua direção, por estar de costas ela é pega de surpresa. - Estou mandando. - A pego pela cintura, colocando em meu ombro. Ela grita, Ordena que eu a solte. - Se ficar caladinha, chego mais depressa. - Informo. Conseguia sentir o contato do livro com o meu corpo. A capa dura estava machucando a minha pele. - Com licença. - Antes que ela grite qualquer coisa eu puxo o livro do seu bolso. Livrando a minha pele do ponta pontiaguda.

- O padre não gostará nada disso. A madre Cecília vai castigar você, vai mim castigar. - Sua fala e descontrola. Parecia prestes a xingar, acredito que faria, isso, se não fosse freira. Ou se soubesse algum xingamento.

- Cale a boca, antes que eu a derrube daqui, mais dessa vez não será somente o pé que irá machucar. - Sou autoritário. Não queria escutar sua voz, mesmo que ela não fosse pesada, é o seu peso fosse de uma pena, ouvir alguém irritante enquanto se está com um peso considerável e enjoativo. Parece ter funcionado. Ela se cala.

Consigo avistar os fundos da igreja.

Dois quilômetros de distância na minha frente, estava as árvores altas que encobriam os fundos do lugar.
O livro está em minha mão esquerda, enquanto com a direita eu seguro sua perna, para ter um apoio, evitando com que ela caia. Assim que peguei o livro, antes de entregar a ela percebi, que tinha uma caligrafia, talvez o nome do dono, ou do autor. Não parei para observar, apenas a entreguei. Agora o livro estava em meu bolso. Guardado, até que eu a coloque no chão é entregue. Para que ela faça o que bem entender.

𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮  Onde histórias criam vida. Descubra agora