𝕾𝖎𝖑𝖊𝖓𝖈𝖎𝖔

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Benedita


O silêncio e reconfortante, tão reconfortante que o espaço se torna ambíguo e ambiente se torna escasso com a falta de ventilação, mantendo assim o quarto quente em temperatura. Existe muito silêncio para pouco espaço. O que permitia que o reconforto fosse do tamanho de três metros quadrados e acoplasse tudo em um mesmo lugar.

Mais existia silêncio absoluto. Não ouvi a respiração de verônica durante o tempo que estou deitada, apenas o enorme silêncio que se fez no quarto é, claro, a minha respiração.

Inclinando a cabeça para o lado esquerdo, de onde ficava a cama de verônica, percebi que ela não estava. Olhei para o banheiro, mais ele estava escuro, dizendo que, ela não estaria ali.

- Vere. - Chamo, esperando que ele responda de algum lugar. O que não acontece.

Me levanto, concertando a minha camisola para baixo. Deixando o tecido abaixo dos joelhos. Caminhando até a porta, abro, sem que emita um único som. Verônica deveria ter consertado o ranger que a madeira fazia, pelo ferro preso a madeira estar enferrujado. Abro olhando para fora, o enorme corredor estava vazio, silêncio, com o som do vento, feito a essa madrugada.

Um leve calafrio percorreu toda a minha espinha, subindo pelo meu pescoço, arrepiando os pelos. Não pelo frio, mais pela escuridão amedrontadora imersa no corredor. Fecho a porta tão rápido como abri, o escuro me trazia medo, não queria sair lá fora. Volto para baixo dos lençóis, me aconchegando na cama. Estando segura.

Três horas seguidas, que ela não passou pela porta, ou desejou boa noite. Preocupação tomou minha mente. Pensei que algo poderia ter acontecido a Vere, ou que ela tenha ficado em um trabalho até tarde.

A cada minuto que se passa, eu fico mais preocupada, mais pensativa. Não escutei nada sobre algum castigo, ou trabalho até tarde, o que aumentou ainda mais o pingo de curiosidade que havia se criado em minha mente. Rolei pela cama, várias vezes antes de decidir que levantaria.

Não dormíramos de hábito . Não era uma regra, mais verônica nunca fez questão de dormir com a sua camisola assim como as outras. Sua preferência, sempre era, que usa-se a roupa de baixo, o que seria uma roupa parecida com o hábito e encobria quase todo o corpo, só que branca Procurei em uma das minhas gavetas, um hábito limpo, já que o que usei durante todo o dia, joguei no cesto de roupas sujas.

Me vesti, com um pouco de pressa. Escondendo todo o cabelo e braços. Descido, contra meus instintos, paz é espírito que sairia por aquela porta. Respiro, engolindo, o ar, na contagem regressiva, que não chegou ao três eu abri a porta, e corri.

Não consegui enxergar por aonde estava passando, e manter os meus olhos fechados favoreceu para uma possível queda. Eu sabia aonde estava indo. Conhecia cada lugar, porta, parede é chegaria ao quarto de aurora rapidamente por ser próximo ao nosso.

Bato na porta. Não uma, não duas, mais várias vezes. Andar com os olhos fechados quase, quase, me fez passar da porta de aurora, mais lembrei que era somente quatro quartos até o dela fazendo com que eu voltasse o trajeto feito pelas minhas pernas. Bato na porta mais uma vez, sei que, pelo horário ela já deveria estar dormindo. Mais não me importo em continuar. Regras eram regras, deveríamos, todas, dormir com a porta aberta, assim no caso de alguma madre superior quiser sair de seus dormitórios para chamar alguma irmã, o acesso seria mais fácil de ser conseguido.

- Aurora, vamos!!. - Bato diversas vezes, sucessivamente. Lembrando da escuridão aqui fora. Quando tive a total certeza que ela não abriria, abri eu mesma. Sem fazer barulho, caminho ate a beira da cama, seus olhos estavam fechados, seu peito subia e descia em completa calmaria, ela estava dormindo, coberta com lençol na altura da sua barriga. - Aurora. - Chamo baixinho, tentando acorda-la da melhor maneira, sem incomodar.

𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮  Onde histórias criam vida. Descubra agora