- Bom dia senhor - A caminho do meu quarto sou cumprimentado por uma senhora de meia idade que insistia em passar o pano umedecido no chão, a maneira na qual o chão era esfregado, me fez repensar se precisaria mudar a tintura. - Desculpa por ser intrometida, mais o senhor não acha melhor caminhar pela área superior da casa, o chão está molhado, é eu não quero causar um acidente. O senhor pode se machucar. - Olho para a sua mão, tremendo sobre a base do esfregão. Enquanto observo que as escadas também estavam molhadas. Ela havia passado pano sobre os degraus e eu não percebi.
- Com que frequência você passa pano ?. - Ela parece não ter entendido, sua feição de confusa dizia sobre si.
- Perdão?.
- Com que frequência você passa pano sobre o chão dessa casa ?. - Seus ombros sobrem, quando sua boca está se abrindo para justificativas.
- De oito em oito dias, quando e faxina, para uma limpeza simples só no meio da semana.
- Diminua. - Passo o dedo sobre o corrimão da escada, recolhendo a poeira no indicador. - Comece a passar pano de dois em dois dias. - Limpo o dedo sobre a minha calça moletom, livrando o meu dedo da poeira. - Esse lugar está um lixo.
- S-sim. Senhor. - Caminho novamente para o meu quarto, desta vez com menos pressa.
Procurei tomar um banho relaxante após o exercício que fiz está manhã, meus músculos pediam pelo toque da água fria, em cada mínima parte do meu corpo. Quando sai do banheiro, já vestido avistei o senhor M, parado em sua mesma pose de sempre esperando pelas minhas ordens.
- Constantina pediu que eu entregasse o seu lanche. - Informa.
- Obrigada senhor M, agora sim estou faminto. - Vejo-o balançar a cabeça, em um continência, para sair do quarto. - Senhor M. - Chamo por meu amigo, antes que ele saia.
- Sim senhor?. - Mordo o meu sanduíche em uma pedaço generoso, Engulo antes de prosseguir.
- Desde que retornei, meu pai estalou novas câmeras de segurança?. - Ele parece pensar, procurando em sua mente uma resposta.
- Não senhor. Ainda contínua sendo o mesmo sistema. - Concordo positivamente, voltando a dar a atenção ao meu sanduíche. - Porque?.
- Por nada. - Engulo mais um pedaço do pão, saboreando cada pedaço que descia pela minha garganta. - Está bem senhor M, pode se retirar. - Ouço um pedido de licença antes que ela saia. Cheio e satisfeito, depósito o prato sobre a escrivaninha, me jogando sobre o macio e enorme colchão.
***
- Em meu escritório. - Retiro o meu olhar da televisão, quando ouço a voz de Estevão atingir os meus ouvidos. - Agora!!. - Seu timbre parecia de alguém que estava ocupado em serviços, sem tempo para descanso. Sem escolha, e entediado por não está fazendo nada de útil, faço o que ele pede.
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𝗔 𝗙𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮
RandomA história distorcida entre o passado, presente e futuro fez com que vidas distintas se encontrassem.